Veja os mitos sobre o orgasmo feminino derrubados pela ciência

Nos últimos anos essa realidade começou a mudar.

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É comum encontrar informações sobre o orgasmo das mulheres em revistas femininas. Mas é bem mais difícil encontrar pesquisas e informações científicas sobre o assunto. As razões para isso são muitas e variam desde desinteresse até falta de financiamento. Felizmente, nos últimos anos essa realidade começou a mudar e diversos pesquisadores estão se dedicando a tentar esclarecer esse fenômeno ainda pouco conhecido. As informações são da rede britânica BBC.

Problemas subestimados

Enquanto há uma grande dedicação em sanar os problemas sexuais masculinos, como ejaculação precoce e dificuldade de ereção, os problemas das mulheres são frequentemente subestimados. Callista Wilson, uma estilista que mora em San Francisco, nos Estados Unidos, é um claro exemplo disso.

“Parecia que tinha um círculo de fogo no meio das pernas e essa era uma sensação constante – era uma queimação, um comichão e, então, durante o sexo ou mesmo com um absorvente interno era como se uma faca de churrasco estivesse me cortando, era muito doloroso.”, lembrou a Callista em entrevista à BBC.

Ela teve essa sensação pela primeira vez quando tentou usar um absorvente interno, aos 12 anos. Mas só decidiu procurar um médico oito anos depois, quando completou 20 anos de idade. Para sua surpresa, a jovem ouviu que o problema provavelmente era “coisa da sua cabeça”.

“Ela (a médica) pareceu muito cética que algo pudesse estar errado. E disse: ‘você parece perfeitamente normal, por isso recomendo que procure um terapeuta para falar sobre o que está causando esta dor. Deve ser coisa da sua cabeça’.”, contou.

Se passaram mais 10 anos até que Callista conseguisse um diagnóstico. Os problemas sexuais nesse período atingiram cada aspecto da sua vida, causando desde depressão até o fim do seu relacionamento amoroso. Finalmente, depois de ir a 20 médicos, ela chegou ao consultório de Andrew Goldstein, diretor do Centro de Transtornos Vulvovaginais em Washington, nos Estados Unidos.

O especialista explicou que ela havia nascido com 30 vezes mais terminações nervosas na entrada da vagina – o que significava que quando o local era tocado ela sentia dores fortes, como se estivesse sofrendo queimaduras. A solução foi uma cirurgia que removeu parte da área ao redor da abertura vaginal com o objetivo de retirar as terminações nervosas hipersensíveis. Depois disso, Callista soube finalmente o que era fazer sexo sem dor.

Nenhuma mulher é igual

O problema da estilista, chamado de vestibulodinia ou vestibulite vulvar, não é comum. Mas uma coisa que os pesquisadores só foram entender recentemente é que o sistema nervoso pélvico feminino varia imensamente de uma mulher para outra.

Quando Deborah Coady, ginecologista de Nova York, começou a estudar o assunto, verificou que os nervos na região genital masculina eram totalmente mapeados – mas não existia informação sobre os das mulheres. A médica então formou uma equipe com cirurgiões especializados para pesquisar sobre o assunto.

“Aprendemos que provavelmente não existem duas pessoas parecidas quando se trata de ramificação do nervo pudendo”, diz Coady.

Esse nervo tem três ramos que atravessam a região pélvica de homens e mulheres. “A maneira como as ramificações (do nervo) passam pelo corpo leva a diferenças na sexualidade, ou seja, a sensibilidade de certas áreas vai variar de mulher para mulher”.

Quando se fala de orgasmo, o nervo pudendo é a parte mais importante do corpo. É ele que liga os órgãos genitais às mensagens cerebrais de toque, pressão e atividade sexual.

Coady também descobriu que cada mulher tem um número diferente de terminações nervosas em cada uma das cinco zonas erógenas da área genital – clitóris, entrada da vagina, colo do útero, ânus e períneo. “Isso explica por que algumas mulheres são mais sensíveis na área do clitóris e outras na entrada da vagina”, observa.



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