Ancine quer ampliar participação feminina nas produções audiovisuais

De acordo com a pesquisa da Ancine de 2018, do total de filmes brasileiros lançados em 2016, somente 2% foram dirigidos por homens negros, enquanto nenhuma mulher negra assinou a direção de um filme.

Participação da mulher na produção audiovisual | Divulgação Agência Brasil
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Criar instrumentos para aumentar a participação feminina nas produções audiovisuais é uma das preocupações da Agência Nacional do Cinema (Ancine). A última pesquisa mostra que a participação de mulheres na direção de filmes foi de 19,7. Em média, a participação de mulheres nos filmes lançados comercialmente no Brasil alcança 15%. Dependendo do ano, chega a 21%; em 2014, registrou apenas 10%.

Por conta disto, a agência promoverá em junho o Seminário Internacional de Mulheres no Audiovisual. Além de trazer experiências de outros países, será assinado um memorando de entendimento entre a Ancine e a entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, conhecida como ONU Mulheres, para aumentar a igualdade de gênero no setor audiovisual, por meio da promoção de ações transversais em diversas áreas.

"A Ancine vê isso [a participação feminina] como uma distorção. É por isso que estamos realizando esse seminário", disse à Agência Brasil a diretora da Ancine, Débora Ivanov. O evento acontecerá no dia 13 de junho, em São Paulo, e 14 de junho, no Rio de Janeiro.

Desde 2018, a Ancine já concretizou duas ações. A primeira estabeleceu paridade de gênero nas comissões de seleção de filmes para recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). "Já tem um peso mais feminino na seleção de obras", disse Débora. A segunda ação foi o estabelecimento de cotas para participação de gênero e raça. "Foram dois passos importantes, mas ainda há muito a ser feito", reconheceu a diretora.

De acordo com a pesquisa da Ancine de 2018, do total de filmes brasileiros lançados em 2016, somente 2% foram dirigidos por homens negros, enquanto nenhuma mulher negra assinou a direção de um filme.

Débora citou a experiência de política pública que a convidada internacional Amanda Nevill, diretora-executiva do British Film Institute (BFI), órgão do Reino Unido, apresentará no seminário. O BFI é considerado referência mundial na implementação de políticas para a diversidade no setor audiovisual britânico. Funcionando como agência do audiovisual do Reino Unido, o BIF estabeleceu uma política muito clara para promoção da diversidade em toda a cadeia produtiva, disse a diretora da Ancine. "É uma inspiração para nós", afirmou.  (Por Alana Granda /Agência Brasil)



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