Escola de Teatro Gomes Campos encerra 2019 com o espetáculo A Eleição

Espetáculo estreia nesta quarta, no Theatro 4 de Setembro

Peça | Divulgação
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O encerramento das atividades da Escola Técnica de Teatro Gomes Campos ocorre nesta quarta-feira, 18, a partir das 18h, no Theatro 4 de Setembro, com a estreia do espetáculo “A Eleição”, escrito na década de 70, por Lourdes Ramalho, com direção e adaptação de Adalmir Miranda. Serão mostrados ainda trabalhos de conclusão de curso na área de dança, música e teatro. A proposta do diretor é aprimorar o espetáculo e apresentar em festivais no Piauí e Brasil.

A partir dos anos 70, a paixão da autora Lourdes Ramalho pela palavra e pelo palco ganha novo impulso e novos rumos: saindo do círculo restrito da sala de aula e dos grêmios estudantis, suas peças passam a ser vistas por um outro público e encenadas por outros intérpretes e, em pouco tempo, ganham a estrada, chegando aos palcos do Sul e do Sudeste, levadas por grupos amadores inscritos nos festivais de teatro realizados no Brasil. São desta época textos como Fogo-fátuo, As velhas, A feira, Os mal-amados e A eleição, com os quais a autora desponta no cenário teatral do país, tendo na bagagem a proposta provocadora.

Ela recria no palco, criticamente, o universo de homens e mulheres comuns do Nordeste, seus hábitos, suas experiências, sua visão de mundo e, em meio a tudo isso, as injustiças sociais, discriminações e preconceitos que os atingem no cotidiano, não deixando de valorizar o patrimônio cultural produzido em meio a essa vivência.

“A Eleição” recria, criticamente, o universo político da gente comum do sertão nordestino, enfatizando as relações de tensão e opressão estabelecidas neste contexto social e, de outro lado, a riqueza cultural do universo popular da região. A peça é uma sátira que nada fica a dever a campanhas políticas, nas quais a compra e venda de votos, as fraudes, agressões, fofocas e cambalachos sacodem a vida das cidades interioranas brasileiras.

“Nela vamos encontrar o alienado, o padre-político, o doutor-candidato, o escrivão desonesto, a Vitalina linguaruda, os eleitores-de-cabresto, que trocam de partido como quem troca de roupa. É o reinado do “quem dá mais”. A proposta cênica é uma farsa de costumes, com interpretação caricatural. A marcação cênica é simples, cenário elementar para que se sobressaia a caricatura farsesca do trabalho de atores. O ritmo do espetáculo é seguido por batidas secas e estridentes de uma zabumba, acompanhada de triângulo, pandeiro e maracás”, explica Adalmir, enfatizando que o texto remete a atualidade pelo fato do fazer política nunca ter mudado no país. O texto é antigo, faz uma abordagem da UDN, de Os Liberais e não há qualquer referência aos partidos e nomes do cenário político atual.

O espetáculo também será apresentado na X Festival de Artes do Capim Pubo, que ocorre no período de 20 a 22 de dezembro, em Elesbão Veloso, com a participação de vários artistas, como Aci Campelo, Sidh Ribeiro, Ísis Baião que ministrarão oficinas gratuitas. (I.C.)



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