Exposição no Museu do Piauí retrata força das quebradeiras de coco

Serão abertas as exposições ‘Saberes e Re Viveres das Quebradeiras de Coco Babaçu’, com fotografias de Fátima Guimarães, e também SER TAUN, de Pedro Vidal

Exposição | Divulgação
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No período de 6 a 15 de março, o Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes realiza a V Semana da Mulher, que traz exposições, bate-papo e apresentações culturais. Na abertura, às 10h, roda de conversa com o tema ‘A força da mulher no meio rural’, com a participação da vice-governadora, Regina Sousa, da pesquisadora Rejane Tavares e outras convidadas.

O encontro terá como mediadora Aline Alencar. Serão abertas as exposições ‘Saberes e Re Viveres das Quebradeiras de Coco Babaçu’, com fotografias de Fátima Guimarães, e também SER TAUN, de Pedro Vidal.

Dia 7 de março, às 9h, mais uma mostra poderá ser conferida pelo público. Desta vez, ‘Mulheres’, de Lu Rebordosa, professora de Artes da UFP, acompanhada de um bate-papo sobre ‘Mulher na arte, que diferença faz?’ A idealização do projeto, que traz como temática ‘Um Encontro de Saberes e Re Viveres das Quebradeiras de Coco’, tem a proposta de descentralizar as discussões sobre a cultura dos povos do campo, indígenas e quilombolas e repassar a história através de ferramentas de comunicação, da produção de conteúdos para preservação de suas culturas.

“Teremos uma roda de conversa com as próprias mulheres das comunidades do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, a vice-governadora, Regina Sousa, a professora Aline Alencar, a pesquisadora Rejane Tavares, alunos da rede pública e privada. Será a oportunidade de conhecer mais como vivem e como repassam seus viveres e saberes. Com intenção de dar continuidade e incentivar as ações e políticas públicas voltadas para atividades com as Mulheres Quebradeiras de Coco”, diz Fátima Guimarães, que é aluna do curso Educação do Campo, na UFPI.

Ela acrescenta que o projeto presta homenagem também a quatro mulheres que encabeçaram o movimento de luta por seus direitos. A primeira, Chica Lera, 80 anos, mobilizou e lutou pelo preço justo do coco quebrado, foi perseguida e ajudou a organizar o movimento das mulheres em quatro estados.

Dona Etelmira foi presa por causa da posse da terra, faleceu com mais de 70 anos, vitima de câncer, sem abandonar a luta. Francisca Martins, com mais de 60 anos, lutou corporalmente com latifundiários para defender um padre que estava sendo detido. E Maria Alice, nascida de uma família de 10 irmãos, desde os 15 anos chamou a atenção da pequena cidade onde estudava por defender as minorias. Aos 18 anos, foi a primeira mulher vereadora da região, na década de 80. Combateu os estigmas da mulher mãe solteira, pobre, parlamentar, encabeçando uma luta de classe.

Além das fotografias de Fátima Guimarães, haverá ainda coco babaçu e seus derivados, como o azeite, e também terá exposição de objetos de decoração, momento culinária, biojoias, dentre outros produtos.

A iniciativa é da Secretaria da Cultura do Estado do Piauí, junto com o Museu do Piauí e apoio da Coordenadoria de Comunicação do Estado do Piauí, da Prefeitura de São João do Arraial, do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco (MIQCB), das Comunidades. (Por Liliane Pedrosa)



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