“Livro não está em crise”, diz secretário especial da Cultura

Ministério da Cidadania apoia 16 eventos literários em onze unidades federais do País por meio de edital em 2019

Secretário especial da Cultura Henrique Pires destacou o aumento de vendas de livros no País | Ronaldo Caldas/Ministério da Cidadania
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“O livro não está em crise”, afirmou o secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Pires, durante evento de lançamento da 35ª Feira do Livro de Brasília. Em discurso de abertura do encontro, organizado pela Câmara do Livro do Distrito Federal, Pires explicou que o que está em crise é o modelo comercial de venda de livro no Brasil, mas ressaltou que, apesar da crise envolvendo as duas maiores livrarias nacionais, há um aumento de vendas de livros no País. “Isso, para nós, é motivo de muita alegria.”

O número de eventos literários no País é um bom termômetro em relação à demanda do brasileiro por livros: segundo o Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas da Secretaria Especial da Cultura, são 222 em atividade em todas as regiões do País, sendo seis no Centro-Oeste, 12 no Norte, 39 no Nordeste, 70 no Sudeste e 95 no Sul. Destes, a Secretaria Especial da Cultura está apoiando com quase R$ 3 milhões, por meio do Edital de Feiras do Livro 2018, 16 feiras, jornadas, bienais e outras ações literárias em 11 unidades da federação: Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e em Santa Catarina.

O secretário ressaltou a importância destes eventos literários no estímulo à leitura, em especial a 35ª Feira de Livros de Brasília, que ocorrerá de 7 a 16 de junho. “Feira do Livro é importante em todo lugar do mundo por permitir que as pessoas tenham acesso a mais livros, a autores, a debates. É muito mais do que uma feira de venda de livros, é um evento da cultura, da preservação da memória, da divulgação da língua dos países. A leitura abre a mente das pessoas e fico muito feliz de colaborar para a Feira do Livro de Brasília, uma feira significativa no cenário nacional, tendo em vista que para cá convergem pessoas do País inteiro, e essa feira acaba se reproduzindo em outras feiras que acontecem nas 26 unidades da federação.”

Pires destacou também o papel do bibliotecário na preservação da cultura. “Saúdo a todos os bibliotecários pela importância da categoria na salvaguarda e na proteção da cultura do mundo.” Ele lembrou dos antigos bibliotecários da Biblioteca de Alexandria, que organizavam livros enrolados, feitos em couro, quando não havia nada impresso. “Lembro também daqueles bibliotecários que nos conventos, nos mosteiros, ao longo de tantos e tantos anos copiaram os livros e permitiram que a memória da humanidade fosse salvaguardada”, completou.

Livro no espaço público

A feira de Brasília, organizada pela Câmara do Livro do Distrito Federal e pelo Instituto Latinoamerica, reunirá cerca de 100 representantes do setor e um público de cerca de 250 mil pessoas. A novidade este ano é que, em vez de ser realizada dentro do shopping, como em anos anteriores, ocorrerá na área externa da Biblioteca Nacional, para ficar mais acessível à população.

“Pretendemos realizar um evento multicultural. Resolvemos sair do shopping e vir para o espaço público. Vamos montar aqui vários espaços para manifestações culturais. É através do livro e da leitura que podemos construir um mundo melhor”, disse o presidente do Instituto Latinoamerica, Atanagildo Brandolt.

Nesta edição, haverá dois homenageados: o poeta Maílson Furtado, de apenas 27 anos, ganhador do prêmio Jabuti de 2018, por sua obra “À cidade”; e a bibliotecária Maria da Conceição Moreira Salles, falecida em 2012, que dá nome à Biblioteca Demonstrativa de Brasília.

“Pela primeira vez, piso em Brasília, nesta terra, que já está em mim. Foi inventada por candangos, por JK, e incrivelmente pelas curvas da história, se esbarra na minha pequenina Varjota, lá no sertão norte do Ceará. Varjota foi um lugar inventado por operários como os candangos”, disse Furtado, também presente no lançamento da Feira. Ele destacou que “qualquer espaço para difusão de livros, da leitura, da literatura, é de fundamental importância para o crescimento do País, da sociedade em si”.

Durante o evento de lançamento da feira, foi lançado também o Movimento Brasília Capital da Leitura, que realizará diversos eventos pré-feira, durante a feira e após a feira, integrando estudantes e pais no fomento do livro e da leitura.



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