Mestres da cultura popular realizam ação nas redes sociais

Diante da situação de emergência pública em função da pandemia do novo coronavírus, a ação é promovida a partir da parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

Mestres | Divulgação Iphan
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Na próxima sexta-feira, dia 3 de abril, às 18h, a sala de estar do mestre Hailton Carimbó, no município de Castanhal (PA), vai receber visitantes de todo o Brasil. O carimbozeiro é o primeiro convidado da ação Patrimônio Cultural #Emcasa, na qual mestres e mestras da cultura popular vão conduzir um bate-papo sobre bens registrados e tocar suas músicas.

Diante da situação de emergência pública em função da pandemia do novo coronavírus, a ação é promovida a partir da parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e detentores de bens registrados como Patrimônio Cultural. Os eventos visam a dar visibilidade a práticas saberes de mestres e mestras e, ao mesmo tempo, incentivar o isolamento social da população e dos próprios detentores.

Como a principal medida de contenção do novo coronavírus é o isolamento social, a ação procura conectar os detentores à população em geral. Assim como outras iniciativas em todo o Brasil, o bate-papo musical será realizado por meio de lives nas redes sociais (transmissões ao vivo feitas de dentro de casa). O conteúdo será compartilhado nos canais do Iphan, podendo ser acessado em celulares, tablets e computadores.

Toda sexta-feira, às 18h, um mestre ou mestra da cultura popular vai falar sobre sua história pessoal, sua relação com o bem em registrado e apresentará músicas. A estreia será no dia 03 de abril, com o mestre Hailton Carimbó, carimbozeiro do município de Castanhal, que fica a cerca de 70 km da capital Belém. O mestre, que faz parte do conjunto Carimbó Modelo, vai contar um pouco da história da manifestação no Pará.

“Nosso conjunto é uma tradição de família. Meu pai, mestre Zeca Lima, fundou o grupo há 35 anos. Ele era compositor, tocava banjo e cantava. Dos dez integrantes atualmente, sete são da família”, diz o mestre Hailton, 53 anos, vocalista do conjunto. “Nosso grupo sempre tem palco. Tocamos em festas, aniversários, casamento, confraternização. Tocamos em todo o nordeste paraense. E o povo de Castanhal gosta de carimbó.”

A ação é, também, uma forma de alerta para as medidas de prevenção ao novo coronavírus em círculos de mestres e mestras, uma vez que muitos deles fazem parte de grupos de risco. Durante a quarentena, é importante que se evite ao máximo visita a pessoas desses grupos, assim como beijos e abraços, mantendo o hábito de higienizar as mãos com água, sabão e álcool em gel. Além disso, estimular a aquisição de produtos desses mestres, como CDs, livros e artesanato, é um reforço à saúde dos detentores e à reprodução de nossa cultura.

Carimbó: Patrimônio Cultural

O Carimbó foi inscrito no Livro das Formas de Expressão em 2014, tornando-se Patrimônio Cultural do Brasil. A manifestação remonta à Amazônia colonial, a partir “das influências culturais de índios, negros e europeus (portugueses)”, como demarca o dossiê de registro do bem. A cultura do carimbó congrega um conjunto de festas, músicas e danças que se estendem da capital Belém ao interior do Pará. “O carimbó é comumente divulgado como uma das mais significativas formas de expressão da identidade paraense e brasileira”, completa o dossiê.



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