Música potencializa a capacidade cognitiva e beneficia a memória

Estudos indicam que o aprendizado musical aumenta o tamanho e a conectividade de várias áreas do cérebro

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A música está presente em vários momentos do nosso cotidiano e é capaz de mudar a maneira como lidamos com diversas situações. Ela marca ocasiões especiais: um casamento, uma festa de aniversário, uma viagem, uma conquista. Pode acalmar em um momento de tensão e despertar sentimentos.

No entanto, mais do que uma ferramenta de entretenimento, distração e relaxamento, a música potencializa capacidades cognitivas responsáveis pelo conhecimento, interpretação e concentração do ser humano. Estudos apontam que incentivar o aprendizado musical na infância, por exemplo, pode favorecer o desenvolvimento neurológico, já que a música estimula novos caminhos e conexões com o cérebro.

“As crianças se expressam de diversas formas, muitas vezes com mais liberdade do que por palavras. Desta maneira, por acessar conteúdos não verbais, o ensino musical é uma ferramenta tanto para o desenvolvimento da linguagem, como para o desenvolvimento cognitivo e emocional”, aponta Claudia Freixedas, superintendente educacional do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

Realizada com crianças e adolescentes, entre 6 e 18 anos, uma pesquisa da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, constatou que a prática musical atua nas funções executivas do cérebro. Com isso, aperfeiçoa habilidades como memória e atenção, além de incentivar a criatividade.  Outros estudos apontam ainda que a música ou estímulos musicais potencializam a reabilitação física e cognitiva de várias síndromes e transtornos do desenvolvimento, como a dislexia e o déficit de atenção.

Mas, para alcançar tais objetivos, é importante que se respeitem as necessidades e interesses de cada indivíduo, possibilitando o autoconhecimento, favorecendo uma aproximação com a música e com a aprendizagem musical de maneira harmônica, saudável”, ressalva Freixedas.

Escutar música clássica com frequência também ajuda a prevenir doenças neurodegenerativas e ativa os genes da função cerebral, diz a pesquisa realizada na Universidade de Helsinque, na Finlândia. Além da vantagem para a saúde neurológica, a música também pode melhorar a capacidade de socialização e de trabalhar em equipe, ensina a ser perseverante e aumenta o senso de responsabilidade e de inovação. Para isso, “é necessário que o ensino e a linguagem musical sejam embasados na criatividade, na liberdade e na flexibilidade”, observa a superintendente educacional do Guri, programa que atende a cerca de 50 mil crianças e adolescentes por ano.

  



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