Artistas piauienses comemoram o forró como patrimônio imaterial

O Dia Nacional do Forró é comemorado nesta segunda-feira, 13 de dezembro. A data foi escolhida em homenagem ao aniversário do cantor Luiz Gonzaga do Nascimento, o eterno Rei do Baião. Apesar de Luiz Gonzaga ser o precursor do ritmo, a gênese da expressão artística genuinamente nordestina é antiga. Ela começou a tomar forma em bailes populares de Pernambuco no final do século XIX, conhecidos como forrobodó” e “forrobodança”.

Por representar um ritmo musical, estilo de dança e várias outras manifestações culturais nordestinas, pode ser caracterizado como a essência da identidade cultural do Brasil. Recentemente, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o forró como Patrimônio Cultural do Brasil. A decisão agradou músicos e os apaixonados pelo gênero.

Ivan Silva, maestro da Arquestra Sanfonica de Teresina - Foto: Divulgação

Para o Sanfoneiro Ivan Silva, coordenador e maestro da Orquestra Sanfônica de Teresina, o 'super gênero' é uma herança deixada para todos os brasileiros. Segundo ele, o reconhecimento da importância do forró deve ser exaltado. "Eu acho que o forró é algo que já nasce naturalmente dentro do nordestino. A minha vida é um exemplo disso, conheci a sanfona ainda criança e hoje trabalho há mais de 30 anos com ela", destaca.

Na Orquestra de Teresina, Ivan realiza um trabalho conjunto com 14 sanfoneiros dedicados à música brasileira. Questionado sobre o que Luiz Gonzaga acharia das recentes variações de forró, Ivan, fã do Rei do Baião, acredita que o artista estaria realizado e celebrando a renovação e resistência do forró ao longo do tempo.

 Por falar em resistência, Wilson Seraine, pesquisador da vida e obra de Luiz Gonzaga, possui o melhor destino para admiradores da vida e obra de Luiz Gonzaga. Idealizador do projeto Procissão das Sanfonas de Teresina, Wilson possui um museu particular em casa dedicado ao Rei do Baião.