Ator Luciano Szafir vive drama familiar com doença neurodegenerativa de sua irmã

“Depois disso, nada me incomoda, nada me tira do sério”, diz Luciano.

Luciano Szafir | Reprodução
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Luciano Szafir estava bastante relaxado quando recebeu este colunista para uma rápida entrevista. É que naquele momento, o ator estava sendo curado pelas mãos de Wanda Frank, massagista de vários famosos na cidade. "Tenho problema no ombro, no joelho... Luto jiu-jítsu a uma quadra daqui. Já saio do treino direto pra cá", contou Luciano, que agora é empresário da noite - ele é um dos donos da boate Miroir, na Lagoa - mas diz que a filha, Sasha, não pode entrar no local.

No bate-papo, o ator, de 43 anos, que atualmente está no ar na novela "Rebelde", revelou que o grande drama de sua vida é a doença neurodegenerativa progressiva e fatal de sua irmã Alexandra, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA). "Depois disso, nada me incomoda, nada me tira do sério", diz Luciano.

Há quanto tempo você já faz massagens?

Há mais de 12 anos que venho aqui. Tenho problema no ombro, no joelho... Luto jiu-jítsu a uma quadra daqui. Já saio do treino direto pra cá. Tenho muita contusão, muita lesão...

Você é vaidoso?

A profissão exige, mas a minha vaidade está mais ligada à saúde. É claro que se tenho um personagem que vai ser atleta, eu, obrigatoriamente, tenho que fechar a boca. Agora, no caso de "Rebelde" (novela da Record), como eu faço um pai, não tem essa necessidade de ficar com o corpo seco, sarado.

Em "Rebelde", você é pai da Sophia Abrahão, que tem 21 anos, mas na história tem 17. Já imaginou a Sasha, que tem 13 anos, aos 21?

Tudo passa muito rápido, né? Ela vai crescer, vai namorar. É normal, vai acontecer. Ela não é muito de noite, não. É tranquila, é uma filha boa e está muito voltada para o esporte.

Mesmo sendo dono de boate, você acha que é melhor descobrir a noite mais tarde?

Sem dúvida. Você está mais atento aos perigos da noite, às pessoas.

Tem matinê na Miroir?

Não. É só para maiores.

Então a Sasha não pode entrar...

Não (risos). Menor ali não entra. A gente até tem pensado em fazer algo para adolescentes. Vamos ver.

Você é um pai ciumento?

Acho que não. A gente cria filho para o mundo. É um pouco difícil, mas eu procuro lembrar do meu momento nessa idade. Minha primeira paixão, aos 17 anos de idade, foi a coisa mais linda do mundo. Eu ficava horas no telefone, parecia aqueles comerciais "ah, desliga você primeiro..." (risos).

E a primeira vez?

Foi com a mesma pessoa. Eu era extremamente tímido, só andava com os nerds da escola (risos).

Mas você tem cara de certinho mesmo.

Tenho? (risos).

Quando você surgiu na mídia, muita gente achou que você fosse gay. Como encarou isso?

Ouvi muitos boatos, mas bem depois. Pra mim, era tão óbvio eu não ser gay que nunca pensei nisso. É engraçado, quando tinha 19 anos, ia para Maresias com os amigos. Aí, de vez em quando, a gente via alguma gravação de televisão e sempre estavam lá os atores, os galãs. As nossas meninas ficavam se engraçando para eles e a gente, com ciúme, brincava: "ah, esse cara é gay" (risos).

Fizeram piada quando você apareceu na televisão pela primeira vez?

Ah, alguns brincaram: "E aí? Como é que tá a relação com os diretores? Tá se dando bem?" (risos).

Sua ex-namorada, a americana Julia Rusatsky, te conheceu sem saber que você era famoso. Isso faz diferença?

Faz uma diferença, sim. Você tem 100% de certeza de que aquela pessoa te acha interessante. Mas não fico encanado com isso.

Você pensa em se casar?

Por enquanto, não.

Pensou alguma vez?

Já. Meus pais são casados, né? Eu quase casei com a minha segunda namorada.

Você disse que viveu com a Xuxa por 14 anos e até chegaram a morar juntos. Morar junto é casamento?

Morar junto é casamento. Antes disso, eu até achava que não.

Então, você foi casado com a Xuxa?

Por esse ponto de vista, sim. Fui casado com ela.

Qual foi o momento mais difícil da sua vida?

Passei por muitas situações difíceis na vida, mas nada mais me incomoda depois da doença da minha irmã (Alexandra). Ela tem esclerose lateral amiotrófica (ELA). É uma doença degenerativa. Você perde os movimentos do corpo, depois a fala é atingida e, no final da doença, vem a falência dos pulmões, quando a pessoa é asfixiada. É difícil viver com tantas inovações científicas na medicina e não ter a cura para a minha irmã. Posso até ter um pequeno desgosto de uma coisa ou outra na vida, mas nada mais me tira do sério depois dessa história.



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