Ator piauiense brilha na TV, cinema, teatro e fala com exclusividade ao caderno Arte & Fest do JMN

Com atuação em novelas, cinema e teatro, o ator piauiense Francisco Carvalho comemora o sucesso de Seu Galdino

Ator piauiense Francisco Carvalho | Reprodução
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Quem é nordestino certamente se identificou com o jeito ?arretado? de Seu Galdino, o personagem da novela Salve Jorge da TV Globo interpretado pelo ator piauiense Francisco Carvalho.

O zangado morador do morro foi inspirado não só em pessoas conhecidas do seu convívio, no jeito de ser de amigos e familiares de sua terra natal, mas também de um cearense muito conhecido, Seu Lunga. O mal humor, característica marcante dele e incorporada pelo personagem, esteve em muitos momentos da trama.

Nem por isso, Seu Galdino foi antipatizado, pelo contrário, Carvalho foi um dos atores que mais receberam cartas, e-mails e elogios, fruto da participação popular. ?Muita gente me parabenizava pelo personagem, dizia que se identificava com o que eu falava na novela e isso me deixava muito feliz?.

O trabalho em Salve Jorge lhe trouxe mais notoriedade. Ele, que tem uma carreira marcada por muitas participações no cinema e teatro ? duas grandes paixões ?, sabe da importância de passar pela televisão. ?Gosto muito de fazer cinema. Nele você sabe exatamente o final. Na novela, não.

Vai depender de como o público vai reagir, mas fiquei muito feliz com o convite da Glória Perez para participar da novela. E principalmente pela liberdade que ela me deixou para dar vida ao personagem. Muitas vezes mudei falas, colocando o jeito nordestino de falar e foi muito bem aceito?, comenta.

O ator, que deixou Teresina na década de 70 para ganhar a vida em São Paulo, constituiu família, seguiu carreira no teatro e hoje é reconhecido pelo seu talento.

Quando pode, vem a Teresina ver a mãe, dona Lourdes, de 87 anos, uma fã incondicional, além do restante da família, irmãos, sobrinhos, amigos. O tempo é pouco para tantos compromissos, que diga sua mãe. ?Quando ele chega aqui, não para em casa. Eu digo que ele não vem me ver?.

Ela, que não perdia nenhum capítulo da novela, até gostou quando Seu Galdino apanhou da esposa que ele havia abandonado no início da trama. ?Ele estava merecendo?.

Carvalho, que não abre mão de tomar cajuína e oferecer a quem o visita, gosta de sentir a cidade, numa busca pela Teresina que ele deixou para trás há quatro décadas.

Ator quer trazer espetáculo para o Piauí

Em cartaz pelo país com a peça ?Doido Varrido?, direção de Duda Ribeiro, o ator piauiense tem se destacado na pele de um doente mental. Mesmo sendo uma comédia, ele lembra que tem um fundo de verdade e procura através do riso falar de coisa séria.

?O Duda passou quatro anos dentro de um sanatório para fazer esta peça. Eu começo conversando sozinho com meu alter ego que se materializa no ator Jone Brabo. E o interessante é que a plateia participa. Os espectadores são os analistas. Eles participam da peça?, diz.

Carvalho está tentando trazer a peça para o Nordeste, mas tem encontrado dificuldades. ?Não sei o que acontece. É muito difícil fazer teatro em nossa região.

Tenho muitos amigos atores que estão com turnês fechadas para todo o país, menos o Piauí. Eu tenho tentado trazer minha peça para cá, mas ainda não consegui?. Em sua vinda a Teresina, ele também aproveita para sensibilizar o empresariado local e o poder público para incentivar o apoio ao teatro.

No cinema

Além do teatro, Francisco Carvalho contracenou com Valmor Chagas pouco antes de ele morrer, no longa-metragem ?Cara ou Coroa?, em exibição em várias salas de cinema pelo país. O filme fala da repressão militar, período que ele conheceu bem.

?Eu vi muitos amigos meus aqui em Teresina desaparecerem e depois ficava sabendo que estavam presos?. Por sua atuação nesta produção ganhou dois prêmios como melhor ator coadjuvante.

Há quarenta anos na terra da garoa, tem no bom humor sua marca. Acolhe a todos com o jeito característico de todo nordestino e faz questão de manter vivas suas raízes. ?Gosto de dizer onde chego que sou nordestino, que vim de Teresina e com muito orgulho?, finaliza.



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