Brasileiro prefere fruta como sobremesa

Pesquisa mostrou que opção é seguida por chocolate, gelatina, doces de frutas e pudim

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Nada de bolos recheados, musses ou tortas doces. A sobremesa preferida do brasileiro é fruta. Maçã, banana, melão, abacaxi, uva, mamão, laranja são consumidas quase todos os dias, pelo menos, após uma das refeições (geralmente o almoço) por um em cada quatro habitantes do país.

A estatística foi apresentada em pesquisa da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), realizada com 2700 pessoas entre 18 e 80 anos ? 56% mulheres e 44% homens? , entre abril e julho deste ano, em 14 estados da federação.

Quando perguntados sobre sua opção favorita de sobremesa 26% dos entrevistados declararam ingerir frutas. Em seguida aparecem opções como chocolate (13%), gelatina (10%), doces de frutas (9%), pudim (9%), doce de leite (8%), sorvete (7%), bolo (6%), bala (4%), outras (3%). Apenas 5% dos participantes da pesquisa disseram não comer sobremesa.

?As informações que levantamos são importantes do ponto de vista da saúde pública e para a comunidade médica, pois identificam padrões de consumo regionais e ajudam a entender melhor como o brasileiro se alimenta?, explicou o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Abran, na apresentação da pesquisa feita no XIV Congresso Brasileiro de Nutrologia, esta semana, em São Paulo.

Carboidratos refinados

O trabalho também registrou as preferências regionais. Ceará, Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo apontaram frutas como primeira opção de sobremesa. Minas Gerais e Goiás ficaram com doce de leite. Gelatina venceu no Rio Grande do Sul, enquanto o Paraná foi de chocolate. Mas todas as regiões que têm doces no topo da lista também apontaram frutas como segunda ou terceira escolha.

O Rio de Janeiro surpreendeu os pesquisadores, com pudim, doce de leite e torta doce como sobremesas preferidas. ?São todos carboidratos refinados?, diz Durval Filho. Coincidentemente a capital fluminense é a que apresenta maior índice de sobrepeso, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.

A respeito do consumo da iguaria, 48% dos entrevistados responderam que têm o hábito de comer geralmente após as refeições; 12% acreditam que ela pode ser ingerida em qualquer horário; 9% consomem sem culpa porque faz parte da cultura do brasileiro, e 31% dizem evitar doces. Sobre a frequência, o estudo aponta que 60% dos brasileiros comem sobremesa regularmente, ou seja, pelo menos duas vezes por semana.

E o peso preocupa?

Além das preferências, o estudo da Abran buscou a relação entre a satisfação com o próprio peso e a frequência do consumo de sobremesas. O resultado: quanto mais refeições com sobremesa o brasileiro faz por dia, menos contente está com seu peso.

?Mas quando o assunto é perder peso, somente 38% evitam a iguaria para tentar atingir seu objetivo?, analisa o nutrólogo.

Por outro lado, quem diminui a quantidade de comida no prato e até mesmo evita a sobremesa geralmente está mais satisfeito com a balança. Essa relação também vale para quem fraciona em maior número as refeições ? aqueles que costumam ter apenas uma ou duas refeições diárias em geral se sentem mais incomodados com o peso corporal.

A pesquisa aponta ainda que concentrar o maior volume de alimentos ingeridos na primeira metade do dia (café da manhã e almoço) ajuda a manter a satisfação com o próprio peso corporal. ?Quem deixa para comer mais no período da noite costuma estar menos feliz com a balança?, constata.

Vontade de doce

Segundo o nutrólogo da Abran, o ser humano já nasce com pré-disposição a gostar de alimentos doces.

?O líquido amniótico do ventre materno é doce?, justifica.

Com o passar do tempo, várias atitudes colaboram para se criar o hábito da sobremesa. Por exemplo, quando a mãe oferece uma papinha de frutas ao bebê após uma refeição salgada. Emoções também podem estar envolvidas na necessidade de um doce após as refeições: quem nunca ganhou uma sobremesa como prêmio após ter limpado o prato?

Inclusive o estresse aumenta esse desejo. ?Ele faz cair a produção de triptofano, precursor da serotonina, o hormônio do bem-estar. Ao ingerir o doce o organismo desencadeia a liberação da insulina, que por sua vez estimula a produção do triptofano?, explica Durval Filho.

Uma receita para aplacar a ansiedade sem comprometer a silhueta é saborear uma banana salpicada com canela, levemente aquecida no microondas.



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