Carolina Dieckmann muda o corpo para viver personagem prostituta em novela global

“Quis tirar a impressão de poder”, diz Carolina Dieckmann

Carolina como Teodora, de "Fina Estampa" (à esq.) e Jéssica, em "Salve Jorge" (à dir.) | Reprodução
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Sai Teodora, a periguete "encorpada" que abandona marido e filho em "Fina Estampa". Entra Jéssica, uma das vítimas do tráfico internacional de pessoas que "Salve Jorge", próxima novela das nove da Globo, vai mostrar a partir do dia 22. Entre um papel e outro, Carolina Dieckmann passou por uma transformação física.

Antes musculosa, com 5 kg a mais, a atriz parou de malhar para perder a musculatura e aparentar a fragilidade que a nova personagem requer, o de uma menina que deixa o Rio de Janeiro com o sonho de ser modelo fora do país e, no exterior, descobre que foi enganada, acaba se prostituindo, sofre abusos e morre nas mãos de seus algozes.

Sobre ter perdido musculatura para viver Jéssica

Mesmo com uma participação pequena, a atriz prevê que as cenas fortes que envolvem Jéssica terão impacto na campanha promovida pela novela, de alerta para evitar novas vítimas. O drama da personagem tem afetado a atriz. "Já sofri pra caramba e continuo sofrendo todos os dias que venho gravar", contou Carol, no lançamento da novela. Leia a entrevista completa a seguir:

Sua personagem fica muito tempo na trama?

Não sei. Participação é aquela coisa que você pode fazer um, cinco ou dez capítulos. Mas, já estamos no capítulo 18 e ainda estou. E não parece que já vou sair. Na verdade, a minha personagem é quem introduz o assunto do tráfico de mulheres. E é um assunto que precisa de um pouco mais de tempo para ser contado. Para o público ir assimilando devagar e ir compreendendo a história, ela precisa mesmo ser contada com mais tempo.

Mas, o sofrimento dela é muito grande...

Ela já chega sofrendo, é uma loucura. Ela é a primeira que vai para o exterior, mas eu não posso contar o que acontece com ela. Mas, o que vocês puderem imaginar, é um pouquinho mais.

Como você visitou este problema?

Li livros, vi filme e documentários, e a gente aqui na Globo teve workshops que contaram com a participação de famílias de gente que foi traficada, meninas que conseguiram fugir, meninas que viram outras fugirem e morrerem. A gente teve bastante contato com pessoas de vários angulos da história. E realmente precisava, porque é um assunto que a gente tem que ter muita responsabilidade, muita compreensão do que acontece, para passar. Mostrar para as pessoas que isso acontece, como acontece, com que frequencia, de que maneira a gente pode evitar. Quem sabe, depois da novela...

E você, sofreu muito para fazer?

Nossa. Eu já sofri pra caramba e continuo sofrendo todos os dias que venho gravar.

Com essa personagem tão próxima da Teodora de Fina Estampa, nem deu tempo para férias...

Não tive. Eu sai da novela, fiz um filme - "A Pele do Cordeiro" - em São Paulo e agora, caí aqui. Achei que fosse ter férias, mas não consegui. Depois dessa novela, acho que vai levar um tempinho para eu poder trabalhar de novo. O ator, na verdade, vive em uma maré. Ele vai indo...

Você está mais magra para a personagem?

Na verdade, estou menos musculosa. No momento em que a gente vê essa personagem, ela está muito fragilizada diante da vida e das coisas. E o músculo é uma coisa que imprime uma força. Então, eu quis tirar essa impressão de poder.

Como você fez para perder os músculos?

Parei de malhar, fiquei deitadinha, quietinha. Eu tenho tanta facilidade para pegar músculo, que se eu andar, consigo. Então, fiquei quietinha. Eu perdi três quilos, na verdade. Fez muita diferença porque era músculo. Na época áurea da Teodora, eu estava com 54kg, cinco a mais, estava bem sarada. Aí, fui perdendo, porque no meio da novela, já não conseguia mais malhar tanto. No final da novela estava com 52 e agora, com 49.

O novo shape mudou o seu guarda-roupa?

Na verdade, eu tive que mudar o meu guarda-roupa para ficar com a Teodora. As minhas calças estavam mais justas, porque eu estava com mais coxa, mais bunda. Então, estava tudo justo. Agora, voltei para as minhas roupas.

Com tanto trabalho, como faz para cuidar dos seus filhos?

Como é que a gente consegue? A gente tenta....se consegue, não dá muito para saber. Tem que dar certo. A gente vive em um mundo em que as mulheres trabalham e essas coisas acontecem. Eles não são os primeiros e nem vão ser os últimos a ter uma mãe trabalhando fora. As vezes um pouquinho mais, as vezes um pouquinho menos....mas, é a mãe que eles têm e eu tento ficar o máximo de tempo que eu posso com eles.

Ela corre o risco de ficar a novela toda?

Eu acho difícil, porque a história da Jéssica é mostrar o que vai acontecer com a personagem da Nanda. Ela entra, viaja e acaba morrendo e a personagem da Nanda, que é a mocinha da novela, vai conseguir passar por cima das coisas todas, dos desafios. Eu acho que a minha saída fortalece a novela.

Como você vê mais essa participação em uma campanha social?

Fico feliz da vida. Gosto de ver, de fazer, acho que é a chance que a gente tem mais direta, com o trabalho da gente, de realmente ajudar, fortalecer, explicar.

Como foi o reencontro com Vera Fischer?

Sempre vem uma emoção. Até porque foram momentos das nossas carreiras muito importantes: a Helena e a Camila [mãe e filha em "Laços de Família", de Manoel Carlos]. Então, agora estamos em um outro momento, vivendo essa relação de maneira diferente na ficção, mas o carinho de lá para cá só cresceu. Nós temos uma relação linda e é uma delícia trabalhar com ela.



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