Com enredo sobre Maria Betânia, Mangueira ganha Estandarte de Ouro

O Estandarte de Ouro é o tradicional prêmio de O Globo.

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A Estação Primeira de Mangueira ganhou o Estandarte de Ouro de melhor escola do Grupo Especial. A verde e rosa, que encerrou os desfiles, levou para a Sapucaí o enredo "Maria Bethania, a menina dos olhos de Oyá". O enredo autoral foi desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, estreante no grupo especial. O Estandarte de Ouro é o tradicional prêmio de O Globo que coroa os destaques do carnaval.

O desfile da verde e rosa, que explorou a religiosidade da homenageada, foi dividido em seis setores: "cabeça feita num candomblé de Ketu", "Bethânia: dos orixás e dos santos de altar", "Um Brasil guardado na voz, um Brasil na opinião", "Celebrando a obra musical da abelha rainha", "Mangueira apresenta 'o palco' de Maria Bethânia", "Santo Amaro e o céu de lona em verde e rosa". São 28 alas e seis alegorias.

A filha de Dona Canô veio no último carro, o do circo, vestida por Gilda Midani.

Dona de 18 titulos, o último campeonato conquistado pela Verde e Rosa foi em 2002, com o enredo "Brasil com Z é pra cabra da pesté, Brasil com S é nação do nordeste". Presidida por Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, a Verde e Rosa busca a reabilitação. Em 2015, a agremiação ficou em décimo lugar cantando as mulheres brasileiras.

- A escola vai se reestruturando a cada ano. A dívida da Mangueira estava muito grande. A cada ano a gente paga um pouco mais da dívida e investe no carnaval. A expectativa deste ano é um carnaval melhor que o do ano passado, quando pegamos um dilúvio - afirmou o presidente da Mangueira, que acrescentou:

- Apesar de todas as dificuldades, não posso deixar de ressaltar o esforço da Liesa em fazer com que este continue sendo o maior espetáculo da Terra. A mangueira chegou, vamos em frente - disse Chiquinho da Mangueira.

COMISSÃO DE FRENTE

O Salgueiro ganhou o Estandarte de Ouro de melhor comissão de frente do Grupo Especial. A vermelha e branca levou para a Sapucaí o universo da malandragem, uma ópera clássica dividida em atos ao longo do desfile, desde o lado romântico dos cabarés à filosofia de botequim. A comissão de frente usou com uma fantasia de malandro da favela.

A comissão de frente da escola foi uma das poucas que não utilizou tripé. Apesar do pouco espaço, cada uma das três saias das damas da noite comportava uma bailarina e um integrante da escola, responsável por fazer a estrutura andar. As saias eram equipadas com luzes de LED e soltavam fumaça na Sapucaí.

O responsável pela ala, Hélio Bejani, ficou emocionado com o prêmio.

- Foram oito meses desde a ideia até a concepção e cinco meses de ensaio direto. Uma das nossas grandes ousadias foi fazer todo o trabalho da comissão no chão, sem tripé. Além disso, a gente também teve muito trabalho para fazer um novo tipo de malandro, um malandro mais contemporâneo, além, claro, dessa questao de ter uma pessoa deitada praticamente dentro de cada saia - disse.

MESTRE SALA

Phelipe Lemos, da Vila Isabel, ganhou o Estandarte de Ouro de melhor mestre-sala do Grupo Especial. A escola abriu o segundo dia de desfiles na Sapucaí e retratou a vida e obra do cearense de berço e pernambucano de coração Miguel Arraes. O ex-governador completaria 100 anos.

Aos 26 anos, Lemos desfila no carnaval carioca desde 1998, quando estreou pela Acadêmicos do Cubango. Como mestre sala, foi revelado justamente pela Vila Isabel, onde ocupou o posto em 2009 e 2010. Entre 2011 e 2015, desfilou pela imperatriz - levando o Estandarte em 2013 e 2014.

- É muita emoção ser premiado justamente no ano em que retorno para a escola que me projetou. Ainda não consigo acreditar. Acho que o desfile desse ano foi mágico. A crise, que parecia ser algo ruim, acabou fazendo com que todos trabalhassem ainda mais e deixassem a festa mais bonita - diz.

PORTA BANDEIRA

Marcella Alves, do Salgueiro, ganhou o Estandarte de Ouro de melhor porta bandeira do Grupo Especial. Ela estava fantasiada de rainha dos mendigos. Com 23 anos de Marquês de Sapucaí, é a terceira vez que ela vence a premiação. A primeira vez foi 2001, também pelo Salgueiro, quando tinha apenas 17 anos. Em 2013, venceu desfilando pela Mangueira.

- O desfile desse ano foi muito leve. Dava para sentir que todos os integrantes da escola estavam muito satisfeitos em estar ali. Depois dessa felicidade de levar o Estandarte, agora sigo confiante na possibilidade de levarmos o título - afirma.

SAMBA ENREDO

A Portela ganhou o Estandarte de ouro de melhor samba enredo do Grupo Especial. De acordo com a comissão julgadora, os motivos foram a letra, a melodia e o efeito que provocou no público na avenida. A escola levou para a Sapucaí o enredo "O voo da Águia Portela, em 2016, nos conduzirá a lugares distantes, uma viagem sem fim que atravessa a história da humanidade". O samba enredo é de composição de Samir Trindade, Wanderley Monteiro, Elson Ramires, Lopita 77, D-Menor e Edmar Jr.



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