Em As Brasileiras, Sandy arrasa como Gabriela e ri de si mesma

“Ela pregava a virgindade, só me deixou sair quando fiz 21 anos”, diz o texto, lembrando o próprio passado da princesinha do sertanejo.

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É unanimidade que a boa escalação de um ator é capaz de fazer o sucesso de uma produção, especialmente na TV, onde o tempo de preparação e filmagem costuma ser pouco. Se é assim, Sandy Leah ajudou a fazer o episódio de hoje de As Brasileiras um dos mais agradáveis.

A história foi melhor do que a da maioria dos episódios já apresentados por Daneil Filho. Também foi menos histérica, menos confusa e muito mais lírica ? a variação é bem-vinda, anote-se. Gabriela, A Reacionária do Pantanal, é um tipo que se vê na vida real naquela região do país, uma moderninha de interior. A graça é que ela descobre que a mãe (Regina Braga) deixou a viuvez de lado e engatou romance com a professora de pintura (Xuxa Lopes).

O roteiro certamente seria mais interessante se não fizesse uma pregação exagerada da causa gay ? o programa é curto, não dá para esticar tanto o assunto. Também seria recomendável uma economia nas piadas ?de temática lésbica?, as mais manjadas de todos os tempos ? algumas, com poeira dos anos 70. Não caiu bem.

Já Sandy foi bem no papel, e há de se elogiar cantores que se aventuram na atuação. Por que não? E se a pessoa vai bem, feito a Ivete Sangalo no epsódio A Desastrada de Salvador, também de As Brasileiras? E como esquecer o Fábio Jr., sempre cantor e ator, como o Jorge Tadeu de Pedra Sobre Pedra (1992)?

O risco é bacana só pelo risco, e a televisão é lugar para isso, experimentar, causar buchicho. E Sandy além de experimentar, riu de si mesma ? e até mostrou o dedo médio. Numa sequência, a personagem desabafa com uma amiga. ?Ela pregava a virgindade, só me deixou sair quando fiz 21 anos?, diz o texto, lembrando o próprio passado da princesinha do sertanejo.

Em outra cena, foi Jackson Antunes, no papel do sogro grosseirão, que tirou onda: ?Dizem até que ela fala palavrão?, alertou o filho. O roteiro, portanto, soube tirar partido da atriz que tinha, sem dúvida um acerto.

Outro foi a fotografia do episódio, dirigido por Tizuca Yamazaki. Em tom esverdeado, traduziu lindamente a luz que se vê no Pantanal e mostrou uma Corumbá muito graciosa. O resultado foi redondo, correto, bem Sandy.



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