'Fui abusada sexualmente e não denunciei', diz ex-BBB Marcela

Em desabafo nas redes sociais, a médica se defendeu ao ser acusada de “feminismo seletivo” em participação no BBB: “Sou feminista e erro”, disse

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A médica Marcela Mc Gowan usou as redes sociais nesta terça-feira, 28, para fazer um desabafo sobre as acusações de "feminismo seletivo" que vem recebendo após sua participação no BBB 20. A ginecologista aproveitou para revelar aos fãs que foi vítima de abuso sexual no passado. As informações são da Revista Maire Claire.

"Gente o que tiver que ser conversado, será em algum momento. Eu tenho muita consciência de tudo que aconteceu, erros e acertos e eu sei muito bem do meu coração e das coisas que eu acredito. Apenas acho importante falar uma coisa: feminismo é sobre libertar  as mulheres do patriarcado. É uma luta coletiva, não individual", escreveu.

Muitas pessoas criticaram Marcela por ter supostamente, trocado a amiga Gizelly Bicalho pelo namoro com Daniel Lenhardt, no BBB. 

"Eu vivo meu feminismo quando eu luto para que as mulheres tenham autonomia no parto, eu vivo meu feminismo quando luto pelo atendimento humanizado de pacientes vítimas de abuso sexual, eu vivo meu feminismo quando eu incentivo mulheres a se informarem e legitimarem seu prazer e vida sexual. Eu vivo meu feminismo nas infinitas palestras que dei e dou de graça para ensinar alunos de medicina e áreas da saúde sobre um atendimento respeitoso e feminista das mulheres, eu vivo nas palestras de educação sexual que eu dei para crianças e adolescentes Eu vivo meu feminismo tentando não incentivar rivalidade entre mulheres, tentando fazer as mulheres enalteceram umas as outras, se unirem por causas que acreditem,não deixarem que homens as machuquem", continuou.

"Fui abusada sexualmente"

No desabafo no Twitter, Marcela contou que já foi abusada sexualmente no passado. "Eu sou feminista e já vivi uma relação abusiva, eu sou feminista e já fui embora chorando sem me defender quando um homem gritou comigo no trabalho, eu sou feminista e alguns anos atrás fui abusada sexualmente e não denunciei", revelou.

"Eu sou feminista e me apaixonei em um jogo, com vínculos feitos há menos de um mês, em um contexto que EXIGIA escolhas, e eu escolhi quem eu mais estava conectada (e  sempre deixei claro que a prioridade máxima era Gi). Sou feminista e erro, e ainda tenho muita coisa pra acrescentar no meu feminismo para que ele não seja RASO (o que mais tenho feito desde que saí da casa é escutar e ler sobre ). Não vou deixar que um movimento seja invalidado, nem aceitar que tudo que eu já fiz e faço perca seu valor", desabafou.

"Meu feminismo está onde e como eu contribuo com a vida de outras mulheres , não em escolhas de afinidades dentro de um jogo. E mulheres, tudo bem ser feminista e errar tá? To aqui pra gente dar as mãos, aprender e consertar e não pra te atacar", continuou Marcela.

No domingo ela publicou uma carta aberta atodas as colegas de confinamento (veja abaixo). "E se vocês entenderam o texto, também tem que entender que não é pra atacar ninguém a partir disso. Eu to me defendendo de uma fala que não é de hoje e que me machuca. Continuo respeitando, admirando e querendo muito conversar pra ficar tudo bem!", disse ela.

Uma fã deu sua opinião. "Eu torcia muito por você, mas o seu erro no jogo foi não observar, você tinha do seu lado duas amigas e um homem que não gostava de sua amiga, e você fez sua decisão (com toda sua liberdade feminina) de escolher ele, o público julgou e agora é colher as consequências disso", escreveu. "Se eu me apaixonasse por uma mulher lá dentro e fizesse as mesmas escolhas, o peso seria o mesmo? To perguntando numa boa mesmo", questionou Marcela. 

"Seu feminismo é branco, sem mais. Você é linda, profissional, inteligente, e todo mais. Porém a seletividade do feminismo branco é real, e deve ser questionada o tempo todo",disse outra seguidora. "Concordo! Mas a gente tem que aprender a somar as lutas. Não desvalidar. Entender interseção é meu principal objetivo agora. Vai ser essencial na minha profissão. Mas a gente não tem que desmerecer qualquer luta, mesmo que incompleta".



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