Morre o famoso cartunista e ilustrador Paulo Caruso, aos 73 anos

Caricaturista, ilustrador, chargista e músico, Paulo Caruso, nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949 e estava internado em São Paulo.

Morre o famoso cartunista e ilustrador Paulo Caruso, aos 74 anos | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O cartunista Paulo José Hespanha Caruso, de 73 anos, estava internado em São Paulo e morreu na manhã deste sábado (4).

Caricaturista, ilustrador, chargista e músico, Paulo Caruso, nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949. É irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista.

Cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão. Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas.

Morre o famoso cartunista e ilustrador Paulo Caruso, aos 74 anos (Foto: Reprodução)Atualmente publicava charges na revista Época e no programa de entrevistas “Roda Viva”, da TV Cultura. Tinha também um trabalho com histórias em quadrinhos e tocava na banda Conjunto Nacional.

Paulo teve uma trajetória individual bem marcada, mas nunca deixou de fazer parceria com o irmão gêmeo, Chico.

No programa “Conversa com Bial”, Paulo afirmou que os dois começaram cedo na arte do desenho. “Desde os 4, 5 anos de idade a gente desenhava sem parar, incentivado pelo nosso avô materno, que era pintor amador, pegava na mão da gente e ensinava a desenhar. Foi quem me ensinou a tocar violão também.”

A política, emendou, “a gente pegou com 14 anos, em 64 veio o golpe”.

Na mesma entrevista, Chico contou que em 1969, com 18 anos, eles estavam começando a trabalhar em jornal, “aí a politização foi quase uma obrigação”.

Paulo Caruso começou a vida profissional no “Diário Popular” no final da década de 1960 e também colaborou com os jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento”.

Nos anos 1970, foi para “O Pasquim”, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, publicou, na revista “IstoÉ”, a coluna de humor Avenida Brasil, onde sintetizou, com sátira e humor, vários momentos da história política do país.

Em 1992, lançou o livro "Avenida Brasil", em que reuniu centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. O principal foco, na época, era o presidente Fernando Collor de Mello. Também é autor de “As Origens do Capitão Bandeira” (1983), ”Ecos do Ipiranga” (1984), “Bar Brasil na Nova República” (1986) e “A Transição pela Via das Dúvidas” (1989).

“A matéria-prima é toda fornecida pelo governo. Eu acho que nós, cartunistas, deveríamos virar ‘estatal’ porque nós dependemos tanto do governo para nossa produção”, brincou.

Recebeu vários prêmios, entre eles, o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1994.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES