'Todo mundo bebe suas pingas e bate seus carros', diz Renner após polêmica

Ex-dupla com Rick fala de depressão, da carreira solo como cantor gospel e da crise financeira. 'Um amigo traz saquinho de açúcar, outro de café...'

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Foram 29 anos da dupla Rick & Renner, 11 milhões de discos e um patrimônio de R$ 300 milhões de reais arrecadados antes de a parceria chegar ao fim, em dezembro do ano passado, quando Renner, 43 anos, como ficou conhecido Ivair dos Reis Gonçalves, se envolveu em um acidente de carro e escancarou a crise vivida pela dupla. "A gente sempre viveu no limite. O incrível foi ter durado tanto. Fomos sempre água e óleo. Rick sempre foi dominador. Eu sou tratado melhor pelo porteiro do meu prédio”, entrega ele. Mas não há mágoas. “Desejo toda a felicidade do mundo para ele de todo o meu coração. A gente tem de perdoar. Eu peço desculpas a ele pelas coisas que fiz e perdoo ele também", diz Renner, que agora quer investir na carreira de cantor gospel e jura nunca mais ter colocado uma gota de álcool na boca. "Não bebo mais, detesto bebida. Era só uma compulsão. Nunca fui alcoólatra".

Em entrevista, ele fala dos anos da dupla, dos seis filhos, das dívidas ("Cada hora um amigo ajuda. Um traz um saquinho de açúcar, outro de café...), da vontade de recomeçar e do compromisso espiritual. "Se eu quisesse ganhar dinheiro eu pegava um moleque mais novo e ia tocar sertanejo universitário. Vendia a R$ 15 mil o show, em um mês faria 10 shows e ganharia R$ 100 mil. Mas eu não quero isso. Meu compromisso agora é espiritual", diz ele.

O acidente em dezembro do ano passado foi, nas palavras de Renner, um momento de fraqueza. "Eu estava bebendo havia três dias direto e sem comer. Estava embriagado e bati o carro que estava no meio da pista, ninguém fala isso. O carro estava no meio da pista!", salienta ele, que estava com um mendigo no banco do carona, que tinha acabado de conhecer. "Troquei ideias com ele, que me contou sua história. Aí estava levando-o pra casa, falei que ia dar uma calça, uma camisa e um sapato pra ele. Paramos no posto de gasolina e tomamos uma dose de vodca. Foi só uma dose, disseram que eu tinha bebido uma garrafa. Dei uns abraços pra ver se ele tinha arma. Ele estava no crack, a gente estava conversando na hora que aconteceu tudo. Aí bati o carro. Não sei se o mendigo ficou mais bravo por eu ter batido o carro ou por não ter ganhado os presentes que prometi", diz Renner, com bom humor.

Relembrar o fatídico dia não é só sorrisos. "Eu já tive depressão antes e já me tratei. No final do ano as coisas estavam insuportáveis. Fiquei sozinho porque minha mulher foi ver a família no Espírito Santo. No final do ano todo mundo some, né? O artista é sozinho", relembra ele, que é casado há oito meses com a estudante de direito Juliana Reis, 22 anos. O casal não pretende ter herdeiros. Renner já é pai de seis filhos e tem um neto. Abila, 26 anos, Amanda, 23, Ítalo, 21, Igor, 18, Enzo, 6 e Victor, 5. Bernardo de 1 ano e meio, é filho de Amanda. “Tenho contato com todos eles. A gente tem de ficar atrás porque filho bate a asa e voa, né? A gente cria pro mundo. Ás vezes você quer reprimir, mas aí lembro que fui pior”, graceja.

Música gospel

A vontade de cantar música gospel não vem de hoje. "Eu já tinha feito um projeto paralelo à dupla em 2010. “Fui convertido e batizado. Estava desviado. Todo mundo bebe suas pingas e bate seus carros. Tem gente que nem bebe e bate!", diz. Também não foi a primeira separação do antigo parceiro de dupla."O Rick e eu somos que nem aqueles casamentos que não dá certo e a gente dá segunda chance, sabe? Mas agora não dá mais", diz ele. Para Renner, não há mais volta para a dupla.

"Arrumei um investidor e vou cantar para Deus. Hoje mesmo vou para o estúdio gravar daqui a pouco. Quero cuidar mais do meu espirito. O mundo é legal, mas são muitas as tentações. A gente tem de se guardar", analisa ele, que diz ter um propósito maior com a carreira.

“Quero confortar as pessoas e estimulá-las a cuidar do espírito. Quero trazer Deus para elas, ser um exemplo bom. Já fui exemplo do que não fazer, agora quero ser exemplo do que fazer”, diz ele. Não há arrependimentos nem vergonha. “Estava tudo escrito, era para acontecer. É uma matemática. É uma contagem do próprio universo, todo mundo tem seu tempo de nascer e morrer. Eu sou muito responsável pelas coisas que eu faço”, filosofa.





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