Grupo Kaylla Martins homenageia cultura africana em espetáculo junino

O Grupo Parafolclórico Kaylla Martins traz mais um espetáculo junino, dessa vez cheio de representatividade da cultura africana. Denominado por Sagrado, o projeto audiovisual conta com a participação do dançarino Rafael Sousa. O vídeo foi lançado no último sábado (19), no canal do YouTube do grupo: Kaylla Martins. O objetivo do trabalho junino é valorizar e homenagear os povos africanos escravizados e suas crenças.

De acordo com Wagner França, um dos idealizadores do grupo e intérprete da personagem Kaylla Martins, o espetáculo junino Sagrado traz por meio de teatralidade e dança, uma reflexão sobre a importância da preservação cultural africana. O projeto aborda um tema extremamente atual e que tem sido amplamente debatido: o racismo no Brasil. Através do audiovisual, o grupo conta a história dos africanos escravizados que foram trazidos ao Brasil em épocas coloniais, e que mesmo em pleno século XXI permanecem lutando para a sua plena integração na sociedade brasileira.

“O projeto Sagrado traz a simbologia de fé, força, coragem e nos leva a um passado desde os trabalhos realizados pelos pretos escravizados e suas culturas afrodescendentes, fazendo uma ligação forte da época aos dias atuais. O projeto surgiu com o intuito de trazer a importância daqueles esquecidos no tempo, que fizeram histórias e lutaram para sua liberdade. Mesmo diante da pandemia, com a parada das atividades culturais em nosso estado, o grupo Parafolclórico Kaylla Martins se manteve vivo em sinergia para manter a cultura popular presente para todos”, relatou o idealizador.

O grupo Parafolclórico Kaylla Martins foi fundado por Wagner França e Júnnior Leal e é composto por diversos jovens da cidade de Teresina, Piauí. Com atuação desde 2017, o grupo trabalha com sinergia e diversidade na produção de conteúdos culturais folclóricos, nas áreas da música, dança, teatro, artes plásticas e artes cênicas. O grupo tem a missão de promover a cultura junina no estado, através de projetos audiovisuais e mesmo em tempos de pandemia os jovens lutam para manter a cultura popular pulsante e ao alcance de todos.