Harém celebra 35 anos com show e lançamento de livro nesta segunda, 23

Na pandemia, grupo fez lives, organizou o livro e organizou novos projetos.

Grupo Harém de Teatro | Margareth Leite
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O Grupo Harém de Teatro chega aos 35 anos e nesta segunda-feira, 23, às 19h, faz o lançamento do "Livro Harém", dentro do circuito de intervenções artísticas do Ocupa, no Espaço Cultural Trilhos.

O lançamento tem a experiência musical "Rapsódia Afro", conduzida pelos Irmãos Bezerra. Segundo o ator Francisco Pellé, o show será conduzido por uma performance sonora de modalidade sincrética, extraído da diáspora musical afro-brasileira, em que elementos de inspiração ancestral fundem-se com variantes modernas e contemporâneas.

Grupo tem montagens de sucesso no Piauí e no Brasil (Foto: Margareth Leite)

"Os ritmos são um convite à pluralidade, ao encontro das possibilidades cancionistas que o Brasil cria e recria, e que o Piauí transpira. Para além de canções vinculadas a matrizes da sensibilidade negra, o show trará marcas autorais e balizas de interpretações e revisitações, com assinatura da triádica irmandade, Dimas Bezerra, Feliciano Bezerra e Assis Bezerra", diz Pellé.

Harém revelou Francisco Pereira da Silva para o Brasil

Em 35 anos, o diretor Arimatan Martins relembra os trabalhos e diz que todos foram importantes, mas alguns foram mais emblemáticos. Ele cita Raimunda Pinto, Sim Senhor!, espetáculo que coloca o teatro piauiense no cenário nacional, com participação em festivais. "Raimunda foi apresentado mais de mil vezes em mais de 20 estados e no Distrito Federal e foi o mais encenado nos municípios", diz.

Grupo Harém faz história no teatro piauiense (Foto: Margareth Leite)

Arimatan diz ainda que Raimunda foi o primeiro espetáculo a estrear temporada, premiado no Piauí e no Brasil e revelou ao País o autor Francisco Pereira da Silva, um grande autor piauiense de Campo Maior. "Raimunda criou e formou platéia para o teatro piauiense", diz.

Outro espetáculo célebre do Harém foi Auto do Lampião no Além, de Gomes Campos, em que o grupo tem um salto de qualidade técnica, com a participação de Maneco Quinderé, um dos maiores iluminadores do Brasil, e da figurinista Biza Viana.

Arimatan cita ainda o primeiro drama do grupo, o espetáculo A Casa de Bernarda Alba, de García Lorca. "Foi o trabalho mais completo do grupo, maior sucesso de crítica", diz.

Livro retrata 35 anos de existência do grupo (Foto: Margareth Leite)

Desafio é conseguir apoio, patrocínio e políticas públicas

Em 35 anos, o diretor declara que o grupo nunca deixou a desejar, sempre fez o que quis e sempre cumpriu seu propósito. "Sempre fomos um grupo formador e todas as nossas montagens contam com atores novos", comenta, afirmando que o desafio do Harém é comum a todos os grupos de teatro. "O desafio é apoio, patrocínio e políticas públicas para garantir mais acesso das pessoas ao teatro", diz Arimatan.

Na pandemia, o grupo nunca parou de trabalhar. "Fizemos um livro, escrevi a peça Abrigo São Loucas 2, fizemos projeto de novos espetáculos, estamos fazendo livro de fotografia de Assaí Campelo, com mais de 100 fotos de um acervo de mais de 700 imagens, fizemos ensaios virtuais, lives", diz o diretor, declarando que o grupo seguiu todos os protocolos sanitários para evitar contágio da pandemia.



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