Iphan lança campanha de fomento ao Patrimônio Cultural Imaterial

Em parceria com comunidades detentoras, a ação visa promover bens registrados e produtos associados. A chamada pública para adesão segue aberta.

Teatro de Bonecos Popular do Nordeste (CE, DF) | Divulgação Iphan
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Teatro de Bonecos Popular do Nordeste (CE, DF) - Divulgação Iphan

Mestres e mestras do carimbó, produtores da viola-de-cocho e grupos do teatro de bonecos popular do Nordeste são alguns dos participantes da ação “Conectando Patrimônios: redes de artes e sabores”, lançada nesta quinta-feira, 18 de fevereiro. Realizada a partir da parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e comunidades detentoras, a campanha visa à promoção do Patrimônio Cultural Imaterial, estimulando a venda de produtos relacionados a bens registrados em todo o Brasil. 

Diante da situação de emergência em saúde pública decorrente da pandemia do novo coronavírus, shows, apresentações e todo tipo de evento tiveram de ser adiados. Isto impactou o cotidiano de festas e rituais realizados por grupos detentores de bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil. Neste cenário, essas comunidades buscaram alternativas para lidar com o isolamento social. O Ciclo do Marabaixo (AP), por exemplo, foi realizado por meio de lives; bailes do Fandango Caiçara tiveram transmissão on-line; e, em São Luís (MA), grupos do Bumba-meu-boi realizaram carreatas pela cidade.

Com o objetivo de criar um espaço de visibilidade para detentores e suas respectivas manifestações culturais, a ação vai apresentar coletivos de detentores de vários estados com os seus respectivos contatos de telefone e redes sociais, que ficarão reunidos no site da campanha. Quem se interessar, poderá entrar nas páginas virtuais dos coletivos e adquirir produtos desses grupos, como gêneros alimentícios e biojóias produzidas por indígenas do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM) e os livretos de artistas da Literatura de Cordel (DF). A compra, o pagamento e a entrega dos artigos são realizadas diretamente entre o detentor e o comprador. 

“O Iphan entendeu a necessidade de ações emergenciais, dentro da política de salvaguarda, para promover e visibilizar o Patrimônio Cultural Imaterial. Nesse projeto, somos mediadores entre detentores e o público em geral”, explicou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Dar visibilidade a práticas e saberes de mestres de todo o Brasil é, também, garantir a preservação do Patrimônio Cultural e, principalmente nesse momento de pandemia, estimular a qualidade de vida e a inclusão social.”

Tambor de Crioula (MA)Visando promover a sustentabilidade de bens registrados como Patrimônio Cultural, a campanha é uma ação de salvaguarda inserida no Programa Nacional do Patrimônio Imaterial que, em 2020, completou 20 anos de criação. 

“É uma ação que, ao reunir detentores, promove saberes e práticas realizadas em todo o Brasil. E mostra à sociedade a importância da herança cultural intangível”, avalia o diretor do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI), Tassos Lycurgo. “Uma das principais dimensões da campanha é apoiar a sustentabilidade das manifestações. Falamos do fortalecimento socioeconômico das comunidades para garantir a continuidade daquilo que é a história, a cultura e a identidade brasileiras.”

Para viabilizar o Conectando Patrimônios, as superintendências do Iphan nos estados mobilizaram coletivos de detentores que participam da ação. Mas a chamada continua. Os grupos que tiverem interesse em participar devem entrar em contato com a superintendência do Iphan no seu estado, que dará os detalhes sobre como aderir à ação. 

Serviço:

Ação “Conectando Patrimônios: redes de artes e sabores”

Lançamento: 18 de fevereiro de 2021

Endereço: portal.iphan.gov.br/conectapatrimonios



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES