Milton Nascimento diz que Elis Regina foi seu grande amor

Milton participou do quadro “O que vi da Vida” do Fantástico.

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O cantor e compositor Milton Nascimento foi o foco do quadro "O que vi da vida" no Fantástico (Globo) deste domingo (11). Discreto e sereno como sempre, Milton abriu o coração para expor algumas passagens importantes da sua trajetória - pessoal e profissional.

Nascido no Rio de Janeiro, mas mineiro de coração, o compositor contou que desde pequeno preferia a voz das mulheres no canto.

"Eu não gostava da voz dos homens, só das mulheres, porque elas cantavam com o coração. Eu imitava algumas delas", declarou Milton.

Quanto aos festivais de música? "Parecia que as pessoas queriam comer umas às outras. Música pra mim não é isso. Festival nunca mais!", afirmou o cantor que passou a ser conhecido nacionalmente ao classificar-se em segundo lugar no II FIC (Festival Internacional da Canção - 1967) - com "Travessia", dele e de Fernando Brant.

Tudo culpa do saudoso cantor Agostinho dos Santos, de quem Milton se confessa fã ardoroso. Agostinho teria inscrito suas músicas nos festivais à sua revelia.

Mas é ao falar da cantora Elis Regina que o grande compositor se emociona. "A Elis, tirando o meu pai e a minha mãe, foi o maior amor da minha vida!", confessa Milton Nascimento. "Desde que eu a conheci, não nos separamos mais. Todas as músicas que eu fiz naquela época, eu não fiz pra mim - eu fiz pra ela cantar!". Elis cantando Milton sempre será bom de ouvir.

Ao lembrar dos tempos da ditadura militar, o cantor se deixa abater um pouco. Todos os seus passos eram seguidos e ele foi proibido de vir a São Paulo ver a mulher e a filha. "Então eu fiquei sozinho e comecei a beber. Era só o que eu podia fazer", argumenta o compositor de tantas pérolas da MPB.

O que ele viu da vida? A amizade. "Cuidar da amizade é uma das coisas mais importantes da vida", declarou o grande cantor e compositor que já foi considerado um "xamã" (pessoa dotada de poderes especiais - "aquele que enxerga no escuro", na tradução literal).

"Eu não sou um xamã", assegurou Milton. Mas, depois de pensar melhor, acrescentou: "pode ser que eu seja um xamã através da música".



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES