Mulher doa 100 litros de leite para 350 crianças

Gildilene, 31 anos, doou 100 litros do próprio leite e ajudou 350 crianças

Gil 31 anos ainda doa leite e amamenta o filho | Arena
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Os mesmos seios que deram vida e força para Natália e Gabriel também ajudaram a alimentar outros 350 bebês muito prematuros, com doenças raras, filhos de mães portadoras do vírus HIV ou que, por qualquer outro motivo, não tiveram a chance de ter contato com o leite materno.

Gildilene Lopes Andrade dos Santos engravidou aos 19 anos de Natália, sua primeira filha. Logo percebeu que tinha leite em excesso e ficava de coração partido com o desperdício. Desde que era menina e brincava em Itororó, sua cidade natal na Bahia, sabia que a amamentação era a receita de maior sucesso para deixar as doenças afastadas das crianças. Veio morar em São Paulo, casou, recebeu a notícia que seria mãe e não conseguia dormir tranqüila enquanto ela não sabia o que fazer com o excesso e, ao mesmo tempo, eram muitos os filhos de outras não agraciados ?bela bênção do leite materno?.

Doze anos passaram para Gildilene ter a notícia de que Gabriel estava a caminho. Se o enredo se repetisse, ela teria leite de sobra e, mais uma vez, não iria ficar sossegada com o alimento que não usava.

Saiu pela vizinhança em Cidade Tiradentes, bairro do extremo leste da cidade de São Paulo, procurando informação. Na parede de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) encontrou a informação sobre os bancos de leite da capital. Virou cliente. Na verdade, tornou-se a cliente principal.

Em 10 meses, doou 100,3 litros do líquido considerado pela Sociedade Brasileira de Pediatria como o alimento mais completo e necessário para crianças até os seis meses de idade. Ganhou o título de principal doadora de leite materno de São Paulo e será homenageada nesta sexta-feira (01) o Dia Nacional da Doação de Leite Materno, evento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde.

?Um dos momentos mais deliciosos do contato entre mãe e filho é a amamentação. Viver isso e ainda saber que você pode ajudar outras pessoas deixa a sensação ainda mais saborosa?, fala Gildilene que para postergar o máximo de tempo na amamentação capricha na canjica e no cuscuz, já que diz a tradição popular que os alimentos derivados de milho dão um ?up? na produção de leite .

Gabriel já está com 1,2 meses. Ainda mama no peito e a possibilidade do desmame é mais dolorida, conta a mãe, por saber que mais crianças são beneficiadas com a sua doação. ?Vou doar o quanto puder. Tenho muito leite, mas se tivesse só um pouquinho já doaria. As enfermeiras me ensinaram que 350 ml doado já ajuda uma criança. Não tem preço isso.?



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