Nos jornais: Ministro enrolado no TCU

O novo ministro da Integração Nacional, João Reis Santana Filho, é apontado pelo TCU como um dos responsáveis por irregularidades em obras

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Correio Braziliense

Ministro enrolado no TCU

O novo ministro da Integração Nacional, João Reis Santana Filho, é apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como um dos responsáveis pelas irregularidades nas obras da Barragem do Rio Arraias, no Tocantins. Segundo o órgão, o projeto, incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foi licitado sem licença ambiental prévia, houve restrição à competitividade e foram encontrados indícios de prática de sobrepreço, entre outros agravantes.

Ex-secretário de Infraestrutura Hídrica do ministério, Santana foi convocado no ano passado para explicar a ?liberação de recursos federais para a implantação do perímetro público de irrigação São João-TO, cujo custo global é manifestamente excessivo frente aos parâmetros existentes?. A previsão é que a barragem, cujas obras começaram em 2008, ficasse pronta até o fim deste ano, ao custo de R$ 56,3 milhões.

Santana está na pasta desde 2007. Foi convidado por seu antecessor, Geddel Vieira Lima, que deixou o ministério para concorrer ao governo da Bahia. Como secretário de Infraestrutura e depois no cargo de secretário executivo, comandou o processo licitatório das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional e o início das obras nos dois eixos, a partir do Lago de Itaparica, em Pernambuco.

?Rolo compressor? envolve votação do PDOT

Interpretadas como ameaças, as frases ditas por Durval Barbosa, durante depoimento à CPI da Codeplan na última terça-feira, estão mais para fatos consumados, alguns dos quais guardados ainda sob sigilo. Parte das denúncias que podem acionar o ?rolo compressor? mencionado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF já foi feita ao Ministério Público e à Polícia Federal, que investigam a veracidade dos depoimentos prestados pelo delator do esquema de corrupção que deu origem à Operação Caixa de Pandora.

As suspeitas que arrastaram mais distritais e ex-secretários para a lista de investigados pairam sobre as votações (nos dois turnos) do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot). Em dezembro do ano passado, depois de deflagrada a Caixa de Pandora, Durval prestou depoimento em São Paulo por medida de segurança. Na época, revelou que mais distritais estariam envolvidos no escândalo. Na época não detalhou as informações. Pediu tempo para reunir documentos e evidências que pudessem confirmar as declarações.

As pedras no caminho de Meirelles

Nem a vice de Dilma nem o sucessor no Banco Central. Nas conversas palacianas que manteve nos últimos dois dias para definir o seu futuro político, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não obteve do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o que mais desejava e ainda viu crescer o risco de não emplacar o diretor de Normas, Alexandre Tombini, como futuro presidente da instituição. Nas últimas 24 horas, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu a nomeação do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para a presidência do BC. Assim, sem a garantia de que Lula moveria montanhas para fazer dele, Meirelles, candidato a vice na chapa da petista à sucessão presidencial, e sem Tombini, Meirelles arremeteu a sua saída e vai aproveitar as próximas horas para tentar demover Lula de nomear Barbosa.

?Essa é uma decisão que envolve esta instituiçâo. O papel que esta instituição tem para o Brasil. Estamos conversando e avaliando. Meu tempo só termina à meia-noite (do dia 2, sexta-feira santa)?, afirmou Meirelles ao fim da solenidade de 45 anos do BC. Era a senha de que algo estava errado internamente (leia detalhes na página 3).

Obsessão em fazer o sucessor

Boa parte da indefinição manifestada ontem pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que adiou mais uma vez o anúncio de seus próximos passos, teve como causa a obsessão em preservar a alma da autoridade monetária. Meirelles, que enfrentou resistências dentro do próprio BC no início de sua gestão e sucessivos levantes da base aliada do governo, não abre mão de deixar em seu lugar ? caso decida sair ? alguém que dê continuidade às ações implantadas pelo banco desde 2003.

Símbolo de uma política econômica tida como conservadora e continuísta, Meirelles moldou o organograma do BC e sua atuação de forma cuidadosa. Ontem, enquanto jogava com a possibilidade de renunciar ao posto, parte do governo passou a patrocinar nomes que, para Meirelles, não são os mais adequados para chefiar o órgão responsável por guardar a moeda. Na bolsa de apostas, Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Nelson Barbosa, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, ganharam força. A ascensão de ambos não só preocupou Henrique Meirelles, como o motivou a intensificar o lobby para alçar o diretor de Normas, Alexandre Tombini ? seu preferido ? à Presidência.

Misticismo pré-campanha

Com uma claque formada por ex-assessores e colegas de governo, a pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) se despediu da Casa Civil ontem, durante cerimônia no Palácio do Itamaraty, com discurso emotivo e direito a uma revelação ?mística?. A previsão partiu de uma senhora que destoava dos engravatados e tailleurs próprios da Esplanada dos Ministérios. A cigana Mirian Stanescon, do clã Kalderash, buscou o holofote em meio aos microfones para cravar a volta da ministra ao Palácio do Planalto, dessa vez ao escritório principal, a partir do ano que vem. ?As previsões apontam para uma grande ascensão feminina no mundo inteiro?, afirmou Mirian. A confiança passada pela cigana foi compartilhada pela própria Dilma e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autores de discursos de autoexaltação e de críticas à oposição. A cerimônia marcou o início da campanha para 10 ministros que se desincompatibilizaram para concorrer no pleito de outubro.

Com discurso cada vez mais inspirado no chefe, Dilma Rousseff substituiu a fala técnica e econômica por uma mais emotiva e popular. Ainda na primeira frase, a pré-candidata do PT embargou a voz. Falando em nome de todos os ministros que deixaram o governo, ela elogiou o governo Lula e antecipou o que deve ser o mote de sua campanha: a comparação entre as gestões de Lula e de Fernando Henrique Cardoso. ?Não vamos perguntar por que eles não têm orgulho do governo que participaram, devem ter os seus motivos?, espetou Dilma, para logo depois completar: ?Eles não sabem o quê oferecer a um povo que hoje mudou e não aceita mais migalhas, não aceita parcelas, projetos inacabados?.

O Globo

Serra sai e condena "roubalheira"

Com um discurso recheado de críticas veladas ao governo federal, embora sem citar nomes ou se referir diretamente às eleições deste ano, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), de 68 anos, fez ontem um balanço de sua gestão que, segundo ele, não cultivou escândalos nem roubalheiras. Cercado de todo o secretariado, deputados, senadores, parentes e prefeitos de partidos aliados, Serra ? que amanhã deixa o cargo para se candidatar à Presidência da República ? afirmou que não adotou em seu governo o ?silêncio da cumplicidade?. E repudiou a ?espetacularização que alimenta mitologias?, frisando que governos, assim como pessoas, precisam ser honrados.

? Estou convencido de que o governo, assim como as pessoas, tem que ter honra. E assim falo não só porque aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito ? disse Serra, que, no entanto, não citou os casos de corrupção que marcaram a política nos últimos anos, como o mensalão.

Na despedida, prévia do clima eleitoral

Antes mesmo da chegada ao Palácio dos Bandeirantes, o trânsito na região do Morumbi já mostrava a grandiosidade do evento que marcou a despedida de José Serra do governo de São Paulo. Para tentar dar fluidez ao tráfego intenso ? causado principalmente pelos cem ônibus pagos pelo PSDB para levar convidados do interior do estado ?, agentes de trânsito abriram uma faixa no sentido contrário da avenida, que desemboca no portão principal do prédio.

Nem em dias de jogos no Estádio do Morumbi, que fica na vizinhança, há esquema tão rígido de engenharia de tráfego.

No jardim do palácio, as recepcionistas em tendas brancas davam as boasvindas às ?altas autoridades?, ?parlamentares?, ?corpo consular? e ?convidados em geral?, cada um na sua fila.

Petistas ironizam discurso de Serra

Enquanto tucanos celebraram o ?discurso de estadista? de despedida de José Serra, o PT ironizou a opção pela comparação de personalidades e estilos de gestão.

Para o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccareza (PT-SP), Serra optou por se confrontar com o governo Lula: ? Serra entrou na campanha pela contramão. Com esses ataques que tentou fazer ao governo Lula, está se caracterizando como o candidato anti-Lula ? disse Vaccareza.

Já os aliados de Serra comemoraram o tom do discurso: ? Foi um discurso de estadista ? disseram em coro o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), e seus colegas no Senado Cícero Lucena (PB) e Flexa Ribeiro (PA).

? Com Serra presidente, o Brasil pode muito mais. Claro que temos que reconhecer o que foi feito, mas vamos mostrar nossa capacidade de fazer mais ainda ? disse Guerra, em alusão à frase final do discurso de Serra: ?Vamos juntos, o Brasil pode mais?.

Já para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), Serra não tem como se comparar à gestão do presidente Lula. Por isso, escolheu um movimento ?pendular?: elogia os feitos de Lula, para atrair votos do eleitorado da petista Dilma Rousseff, mas também critica Lula, para dialogar com seu próprio eleitorado.

Aécio deixa governo e não descarta ser vice de Serra

O tucano Aécio Neves (PSDB) deixou ontem o governo de Minas dando a entender que seu futuro político não está definido. Depois de já ter dito uma série de vezes que descarta a hipótese de ser candidato a vice numa chapa encabeçada pelo também tucano José Serra e dizer que pretende ser candidato ao Senado, Aécio ontem ressaltou em discurso que o ?destino? é que decidirá o que fará.

? Com emoção me despeço como governador para voltar ao meio de todos como cidadão e conterrâneo para os acompanhar e receber o que o destino me reservar ? declarou, com voz embargada, ao transferir o cargo para seu vice e agora governador do estado, Antônio Augusto Anastasia, que disputará a reeleição em outubro.

Dilma ataca "viúvos do Brasil que crescia pouco"

A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, de 62 anos, despediu-se ontem do governo Lula, depois de sete anos e três meses em postos-chaves na Esplanada dos Ministérios, com um discurso emocionado, de elogios ao presidente Lula e de ataques indiretos ao PSDB e a seu principal adversário nas eleições deste ano, o tucano José Serra. Ao passar o cargo na Casa Civil para sua principal auxiliar, Erenice Guerra ? acusada de ter elaborado o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique com cartão corporativo ?, Dilma, otimista, despediu-se dos colegas de ministério com um ?até breve?.

Embora sem citar PSDB e DEM, que estiveram no governo de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), Dilma foi contundente ao classificá-los como viúvos do poder: ? Aqueles que lamentam, os viúvos do Brasil que crescia pouco, (o Brasil) da estagnação, fingem ignorar que esta mudança é substancial. Têm medo.

Thomaz Bastos deve advogar para Dilma na campanha

A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos deverá ser o coordenador jurídico da campanha da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Dirigentes do PT e Thomaz Bastos começaram acertar os detalhes do contrato há uma semana. A cúpula petista resolveu buscar reforço jurídico por entender que a campanha deste ano será marcada por intensas batalhas na Justiça Eleitoral.

A providência coincidiu com uma nova postura da Justiça: nos últimos 15 dias o presidente Lula foi multado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda antecipada em favor de Dilma. Ele ainda recorre das multas, uma de R$ 5 mil e outra de R$ 10 mil.

Novo ministro da Previdência descarta aumento maior para aposentados

O novo ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, que tomou posse ontem na vaga deixada pelo petista José Pimentel, afirmou que não há espaço para nova negociação com as centrais sindicais e os parlamentares que garanta um aumento maior aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo. Deputados da base aliada pressionam o governo por um reajuste além dos 6,14% previstos na medida provisória que tramita na Casa. A tentativa é garantir um reajuste da inflação mais 80% do PIB dos dois últimos anos, que daria um índice de 7,9%, com um custo de cerca de R$ 2 bilhões a mais por ano nas contas da Previdência.

Gabas afirmou que as contas não suportam este impacto e pediu responsabilidade: ? Tudo foi feito com diálogo.

O governo está convencido de que atingiu seu limite (6,14%).

Meirelles adia decisão mais uma vez

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, adiou para hoje a decisão sobre se fica no cargo ou se sai para disputar as eleições de outubro.

O prazo final para deixar o cargo, se quiser concorrer, é sábado, dia 3. Depois de uma tentativa frustrada de conversar com o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, ontem à tarde, Meirelles participou da comemoração dos 45 anos do BC, quando avisou que ainda não tinha se decidido. Carvalho estava na posse da irmã Márcia Lopes no Ministério do Desenvolvimento Social.

? Ainda não há uma decisão tomada. Estamos conversando, porque é uma decisão de muita responsabilidade. A decisão de ficar ou sair do Banco Central não é apenas uma questão de foro íntimo. É uma decisão que afeta essa instituição e o papel que ela representa para o Brasil ? disse Meirelles.

Bolsa em Família: irmã de Carvalho vira ministra

nova ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Helena Carvalho Lopes, é a única dos dez ministros empossados ontem que não ocupava cargo no governo federal. Irmã do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, Márcia vai comandar o programa Bolsa Família, principal vitrine do governo Lula na área social, e terá interlocução direta com o gabinete presidencial.

Aos 52 anos, ela trocou uma candidatura a deputada estadual pelo PT do Paraná para dar continuidade ao trabalho do agora ex-ministro Patrus Ananias. Com ela, tomaram posse nove ministros ? a maioria ainda desconhecidos dos brasileiros.

? Ministro Patrus, tenha certeza que continuarei sendo a sua fiel escudeira.

Marina visita terra de Lula, em Pernambuco

A pré-candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva, aproveitou o segundo dia de sua visita a Pernambuco para uma incursão à região onde nasceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela esteve em Garanhuns, a 230 quilômetros da capital, e reuniu-se com lideranças políticas do agreste, plantou árvores num colégio presbiteriano e prometeu que o PV vai se esforçar para ter candidaturas próprias na maioria dos estados brasileiros.

Mostrou, no entanto, que o partido não está disposto a abdicar dos seus preceitos em nome de alianças eleitorais.

Folha de S.Paulo

Comissão de Ética vê conflito de interesse de novo ministro

O novo ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, tem conflito de interesse para exercer o cargo, no entendimento de membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. A mulher dele, Patrícia Neves Moreira Leite, é proprietária da rádio Sucesso FM, de Barbacena (MG), quando cabe ao ministério o controle da radiodifusão.

A rádio pertenceu ao senador e ex-ministro das Comunicações Hélio Costa até março de 2006, quando ele vendeu suas quotas, por orientação da comissão, pelo mesmo conflito.

O novo ministro, segundo a Folha apurou, será cobrado a agir da mesma forma, e a tirar a mulher do quadro societário da emissora. Os dois são casados em comunhão parcial de bens, ou seja, a rádio é dele também.

Dilma e Serra antecipam a artilharia da campanha

Os dois candidatos que disputam a liderança na corrida ao Palácio do Planalto, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), anteciparam ontem a munição que deverão usar na campanha durante os discursos em que se despediram, respectivamente, do governo de São Paulo e a Casa Civil da Presidência da República.

Serra disse que seu governo não "cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira" nem incentiva o "silêncio da cumplicidade", numa referência indireta aos escândalos do governo Lula, como o mensalão, de 2005.

Já Dilma louvou programas e os índices econômicos de Lula, a quem chamou de "um dos líderes mais populares" do país. Ela criticou os "viúvos do Brasil que crescia pouco, da estagnação", numa menção, também velada, aos tucanos. "Eles não sabem o que oferecer a um povo que tem certeza que sua vida mudou."

Com 43%, Marta lidera corrida pelo Senado em São Paulo

A primeira pesquisa de intenção de voto para senador em São Paulo realizada pelo Datafolha mostra a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) na liderança, com grande vantagem em relação aos principais adversários apresentados.

No levantamento, Marta aparece com 43% das intenções de voto. A seguir, com 25%, vem o senador Romeu Tuma (PTB), que concorre à reeleição. Logo após estão o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), com 22%, e o vereador e cantor Netinho de Paula (PC do B), com 19%. A ex-vereadora Soninha (PPS) se destaca em quinto lugar, com 18%.

Foram pesquisados também os nomes do vereador Gabriel Chalita (PSB), que tem 8% das intenções de voto, do chefe da Casa Civil do governo José Serra, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), com 6%, e de Ricardo Young (PV), presidente do Instituto Ethos, com 3%.

Cotado para vice de Mercadante, prefeito do PDT ficará no cargo

A direção do PDT em São Paulo reiterou ontem, em nota, que apoia a candidatura do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo do Estado e que pretende indicar, neste mês, um nome para compor a chapa com o petista. O prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, um dos cotados para a vaga, anunciou ontem que não vai se desincompatibilizar do cargo.

Correntes petistas cogitam o nome de Paulo Skaf (PSB), presidente da Fiesp, para compor a chapa com Mercadante. O PDT estadual, porém, já anunciou que rejeita uma aliança do PT com Skaf. Skaf, por sua vez, mantém a pré-candidatura.

PT rejeita aliança local com PMDB em torno de Roseana

Três delegados do PT do Maranhão apresentaram recursos à Executiva Nacional do partido pedindo para anular a votação que rejeitou a aliança com o PMDB da governadora Roseana Sarney.

Os recursos estão em fase de análise e só depois de aceitos serão encaminhados à cúpula do partido. Foi questionada a substituição de uma delegada na votação e a suposta invasão do plenário, que teria inibido e pressionado os delegados do partido.

A decisão do PT-MA contraria a orientação do diretório nacional do partido, que defende uma aproximação com o PMDB nos Estados.

Rol de "fichas-suja" não tem políticos de peso

Políticos de expressão nacional e grandes empresas não fazem parte do "rol de culpados" por improbidade administrativa criado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O arquivo reúne 2.000 condenações judiciais definitivas (em última instância ou em que não cabe mais recurso) contra réus que atualmente cumprem penas.

Levantamento feito pela Folha na última semana no Cadastro de Condenações Cíveis por Improbidade Administrativa do CNJ apontou que, das 2.002 sentenças registradas, 720 alcançaram prefeitos e vice-prefeitos de cidades pequenas e médias- 35% do total. Há ainda condenações contra 361 servidores públicos, 202 vereadores, 432 não-titulares de cargos políticos ou públicos e 139 pessoas jurídicas- a maioria pequenas empresas.

Sarney afirma sofrer "perseguição política" do Ministério Público

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou ontem ser vítima de "discriminação e perseguição política" do Ministério Público, que pede a devolução aos cofres públicos de recursos recebidos pelo senador nos últimos cinco anos que fizeram seus rendimentos ultrapassarem o teto salarial do funcionalismo público, hoje, em R$ 26.723.

Em nota, Sarney diz que não é beneficiário de nenhum privilégio e cita um acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) que permite o acúmulo de rendimentos, já que não existe lei que regulamente o fato. "Por não ser beneficiário de qualquer privilégio, repudio a discriminação e perseguição política de que sou vítima."

Congressistas adiantam folga de Páscoa e esvaziam sessões

Vazio, o Congresso Nacional antecipou a folga de Páscoa. Nenhum projeto de relevância foi votado no plenário durante toda a semana.

Entre os 513 deputados, apenas 281 registraram presença ontem. No Senado, o painel de presença chegou a registrar 43 senadores, mas menos de uma dezena se revezava na tribuna.

A maioria dos congressistas viaja a Brasília apenas para não ter o salário descontado, mas deputados e senadores voltam aos seus Estados de origem ainda pela manhã. Para ganhar pelo dia trabalhado, basta o registro no painel, o que não dura mais do que dez minutos.

O Estado de S.Paulo

Dilma deixa governo com ataque a FHC

Transformada em mestre de cerimônias da despedida dos dez ministros que deixaram o governo para se candidatar às eleições de outubro, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, voltou a insistir numa eleição plebiscitária.

Ela atacou o governo de Fernando Henrique Cardoso, chamando os tucanos e partidos de oposição de "viúvos da estagnação, do Brasil que crescia pouco".

"Essas pessoas fingem ignorar que as mudanças no Brasil são substanciais porque têm medo", afirmou Dilma, que deixou o ministério ontem. "Não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso, tem certeza que sua vida mudou e não aceita mais migalhas, parcelas e projetos inacabados." Segundo a ex-ministra, no governo de Lula o povo não é coadjuvante. "É o centro das nossas atenções."

Deputado chama novo ministro de "bandido"

Enquanto o novo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, tomava posse em solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Itamaraty, a poucos metros dali, do outro lado da rua, no plenário da Câmara, o deputado Fernando Chiarelli (PDT-SP) chamava o novo titular da pasta de "bandido" em um discurso inflamado.

"É uma dor de morte que se abate sobre a alma deste brasileiro ao ver empossar-se em um ministério de tamanha importância, quanto é o Ministério da Agricultura, um bandido público, um honorável bandido como o senhor Wagner Rossi, que já saqueou o Banco do Estado em São Paulo, que já saqueou o Baneser em São Paulo, que já saqueou o Porto de Santos", disse Chiarelli. O deputado é alvo de uma queixa encaminhada pelo novo ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Por apoio à ministra, Lula privilegia PMDB

Ao escolher os sucessores dos dez ministros que saíram para disputar as eleições, o presidente Lula levou em conta a necessidade de assegurar apoio do PMDB à petista Dilma Rousseff.

Lula optou, por exemplo, por substituir Reinhold Stephanes, da Agricultura, pelo ex-deputado do PMDB paulista Wagner Rossi. Com ele, o presidente enfia uma cunha na trincheira do ex-governador Orestes Quércia, aliado do tucano José Serra. Depois de ouvir o presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer (SP), Lula acredita que, com Rossi, racha a legenda em São Paulo.

O substituto de Hélio Costa no Ministério das Comunicações também seguiu os mesmos passos. O PMDB ouviu Costa e apostou em José Artur Filardi Leite, que era o chefe de gabinete do agora senador, candidato ao governo de Minas Gerais com o apoio de Lula.

Filardi e Costa são amigos. Ao assumir o ministério, Costa transferiu para Patrícia Leite, mulher de Filardis, o comando da Rádio Sucesso FM de Barbacena, líder em audiência do município de pouco mais de 125 mil habitantes. Em relação aos outros sete ministros, Lula optou por escolher os secretários executivos.

DF mantém empresas citadas por propina

Quatro meses após a revelação do "mensalão do DEM" no Distrito Federal, empresas citadas no inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda operam em Brasília. Assinam contratos sem licitação, prorrogam outros até 2011 ou recebem aditivos milionários por serviços prestados ao governo dirigido, interinamente, pelo deputado Wilson Lima (PR).

A suspeita não inibiu a permanência no governo de empresas como Link Net, Politec Tecnologia, Uni Repro, Adler Assessoria, Manchester Serviços e Juiz de Fora Serviços Gerais, entre outras citadas na investigação. Ontem, o Diário Oficial do Distrito Federal publicou, por exemplo, a prorrogação, até 2011, de um contrato entre a Secretaria de Estado de Governo e a Adler Assessoramento e Representações Ltda. Em três anos, a Adler recebeu, pelo menos, R$ 26,5 milhões do governo, dos quais R$ 9 milhões oriundos dessa secretaria.

Wilson Lima é candidato nas eleições indiretas que vão escolher dia 17 de abril o sucessor de José Roberto Arruda, preso na Polícia Federal e cassado por infidelidade partidária.

Inquérito apontará Arruda como chefe do esquema

O ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) deverá ser relacionado em cerca de oito condutas criminosas e apontado como "cabeça da quadrilha", investigada pela Operação Caixa de Pandora, no relatório que a Polícia Federal começa a fechar hoje para entregar à Justiça até a próxima quinta-feira, fim do prazo para conclusão do inquérito.

A PF informou que o delegado Alfredo Junqueira, encarregado do inquérito, usará o dia de hoje para análise das provas e definição de todos os artigos do Código Penal violados pelos acusados. Os depoimentos finais, determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), serão tomados na segunda e terça-feira.

Os crimes atribuídos ao grupo incluem corrupção ativa e passiva, peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação, crime eleitoral, sonegação tributária e improbidade administrativa.



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