Projeto aborda arquivo feito com fotografias jogadas no lixo

Trata-se de uma iniciativa idealizada por artistas e pesquisadores que tem o objetivo de reunir fotos vernaculares, descartadas e encontradas nas ruas

Catadores de lixo recolhem as fotos para serem usadas em projeto | Estefania Gavina
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Parece interessante pensar nas fotografias que vão para o lixo e podem virar arte. Um evento em São Paulo destaca o trabalho de um projeto pioneiro nesse sentido.

 A 12ª Edição do Festival Hercule Florence em Campinas realiza, na sexta-feira (18), uma live com a artista e fotógrafa que é argentina, mas está radicada em Campinas Estefania Gavina e a pesquisadora Fabiana Bruno. Elas falam sobre o ACHO (Arquivo Coleções de Histórias Ordinárias), arquivo de fotos jogadas no lixo, organizado por elas junto com Elaine Pessoa.

 O ACHO Arquivo - Coleções de Histórias Ordinárias é bem interessante. Trata-se de uma iniciativa idealizada por artistas e pesquisadores que tem o objetivo de reunir fotos vernaculares, descartadas e encontradas  nas ruas da cidade de Campinas.

Projeto reúne fotografias encontradas nas ruas pelos catadores de lixo/ Estefania Gavina

Catadores de lixo

Os responsáveis por essa coleta são catadores de lixo que integram o projeto como participantes na categoria simbólica de ‘garimpeiros de imagens’. A finalidade da iniciativa é criar e manter um arquivo aberto a pesquisas e produções artísticas

"O acervo é composto por fotografias em formatos diversos, a maioria no formato 10cmx15cm coloridas, mas também por polaroides, 3×4, cartões-postais, álbuns e negativos. A maioria encontra-se em boas condições de preservação, mas há também algumas que estão picadas, rasgadas e manchadas, entretanto, ainda assim são acolhidas e armazenadas", explica Estefania.

Construção

O processo de construção deste projeto teve início em 2014 a partir do contato da fotógrafa com catadores de lixo. O elo entre a fotógrafa e os catadores se deu pelo hábito da artista em colecionar achados esquecidos nas ruas, fotografar casas em processo de demolição na área urbana de Campinas e depois devolver a recriação voluntariamente nas ruas ou oferecer retratos aos seus interlocutores. 

"Como fazer sobreviver as imagens amadoras que invadiram o mundo e nos desafiam em um oceano de saturação das imagens nos dias de hoje?", questiona ela. A live pode ser acompanhada no site do Festival.



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