Saiba o que fazer com quando a progressiva começa a “vencer”

Depois de analisar a fibra capilar o profissional elimina a parte realmente danificada.

FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Cansadas dos cabelos artificialmente lisos com progressiva ou outros métodos de alisamento, muitas mulheres querem se livrar da química excessiva e deixar os cabelos ao natural de novo. No entanto, a questão é: como sobreviver a esse período de transição? Em que os cabelos têm duas texturas, a ondulada ou crespa na raiz e os fios alisados no comprimento. Para começar, é preciso saber que não existe cosmético que anule o alisamento, o que se pode fazer é minimizar o efeito dessa fase de "retorno à textura original". O cabeleireiro Júlio Crepaldi, do Salão Galeria, de São Paulo, explica que depois da progressiva os fios ficam sem movimento, já que o formol ? mesmo quando em baixa concentração - age como uma capa que impermeabiliza e enrigesse os fios. "E é pior ainda para quem repetiu muitas vezes o processo. A química é cumulativa e vai danificando cada vez mais o fio, que fica muito poroso e fragilizado", diz. Em outras palavras, o único jeito de ter o antigo cabelo de volta é esperando crescer. Enquanto isso não acontece, o jeito é recorrer a algumas maneiras de passar por essa fase sem traumas.

Corte ? um grande aliado

Para o cabeleireiro Wilson Eliodorio, de São Paulo, existe um jeito prático de resolver o problema: "jogar fora o cabelo velho alisado". Ele defende a teoria de que depois de analisar a fibra capilar o profissional elimina a parte realmente danificada. "Em 40cm de comprimento de fio talvez apenas 10cm da ponta estejam muito ruins", explica. Outra opção é fazer um corte mais radical e ainda seguir a tendência do momento: "O comprimento da temporada vai do curto ao semilongo, o limite é altura do ombro", diz Viktor I, cabeleireiro e proprietário do Vimax Art Hair Beauty, de Curitiba e São Paulo. Quanto ao design de corte, Crepaldi é a favor dos mais retos, sem camadas ou degradés. "O chanel é bem prático nessa fase porque disfarça a rigidez", diz. Para Eliodorio não há regras: "O que vale é a harmonia visual e uma postura positiva da mulher diante do problema. Ela pode aproveitar que quer mudar a textura do cabelo e tentar um corte também diferente, desde que se sinta bem, claro", opina.

Transição menos radical

Quem quiser uma mudança mais leve pode promover, gradativamente, um alisamento suave na raiz e assim ir reduzindo a diferença de texturas nos fios. Júlio Crepaldi sugere um relaxamento de ondas feito à base de hidróxido de sódio, desde que o processo seja bem suave com aplicação e massagem por dez minutos no máximo. "O método solta um pouco mais o cacho e não deixa a diferença tão gritante", ressalta. Eliodorio prefere usar a própria química da progressiva, porém muito mais diluída, para produzir a textura intermidiária entre a raiz e as pontas. "O segredo está na diluição e na base feita com veículos com bálsamos e ação termoprotetora para poupar ao máximo o fio", justifica.

Tratamento imediato

Nesse período de transição é importante que os cuidados sejam acompanhados de perto por um bom profissional. Assim, veja o que os especialistas consultados por UOL Mulher consideram importante fazer.

? A parte danificada que não é eliminada com o corte exige tratamento intenso para melhorar sua aparência. Viktor I sugere que, antes de qualquer coisa, se faça um detox capilar, isto é, uma desintoxicação com um potente antirresíduo para tirar o máximo que for possível do produto químico da progressiva. É um tratamento de choque mesmo.

? Geralmente deve-se fazer um tratamento no salão a cada 15 ou 20 dias. O que fazer será decidido depois de uma análise capilar, o importante é que um cabeleireiro acompanhe as condições do fio.

? Como os fios ficam fragilizados e porosos, é preciso uma hidratação permanente e, em alguns casos, profunda, para repor a água perdida pela ação da química. Mas cada cabelo tem uma necessidade. Converse com o seu cabeleireiro, é ele quem vai determinar a frequência com que se deve ir ao salão para hidratar.

? Fazer uma reposição de nutrientes, como proteínas e vitaminas, ou mesmo uma cauterização para repor aminoácidos, também pode ser útil para a força e resistência dos fios.

? Júlio Crepaldi ressalta a importância nesse momento dos produtos à base de óleos, que ajudam na nutrição e devolvem o brilho do fio.

Cuidados em casa

Saiba o que fazer em casa para tornar essa transição, do fio alisado para o natural, mais amena, preservando a saúde dos cabelos.

- Faça hidratações semanais em casa com máscaras e finalizadores específicos para o seu cabelo. Peça uma opinião para o seu cabeleireiro sobre o produto mais indicado para o seu caso.

- Dos produtos disponíveis no mercado, as linhas que oferecem nutrição e reparação total para os fios com química são muito eficazes.

- Abuse dos finalizadores, eles são fundamentais no processo de equilíbro, saúde e aparência dos fios. "O leave in na raiz deve ser um antifrizz e nas pontas um ativador de cachos", sugere Viktor I.

- Por fim, jamais utilize secador ou chapinha sem antes aplicar um produto termoativado, assim os fios já fragilizados ficam menos vulneráveis ao calor e ao movimento mecânico da secagem.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES