Sambódromo do Rio de Janeiro terá um camarote gay

Idealizadores do camarote gay já venderam maioria dos ingressos

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A primeira impressão de quem chegava ao Baile de Gala da Cidade do Rio de Janeiro, quinta-feira, no Cais do Porto era um enorme ponto de interrogação: "onde é que eu vim amarrar a minha mula?". Afinal, não tem gala ou glamour que resistam a uma fila interminável, que desembocava num ponto de ônibus, que só então levaria os convidados ao salão em si. Mas nem sempre é a primeira que fica, pois, ao chegar à festa, as pessoas se extasiavam com a belíssima decoração em homenagem a Burle Marx, ícone da beleza carioca, e, tal e qual um jardim do grande mestre, não faltaram ali flores e alegria. O Gala veio em boa hora para o Rio, que andava muito carente de festas divertidas no circuito off-bloco e Sambódromo.

Se a ideia era retomar o glamour dos bailes de outrora, a lista ficou bem balanceada: ao lado de legítimos representantes daqueles tempos, via-se também a nova geração de estrelas da cidade, como Jesus Luz, Lise Grendene, Daniella e Flávio Sarahyba (ela, de diabinha), entre tantos. Lá pelas tantas chegou um bloco de beldades paulistanas escalado por Fernandinha Barbosa. "Estou muito feliz. O Carnaval do Rio foi aberto em grande estilo com esse baile: organização impecável, banheiros limpos, ar-condicionado na medida certa, nenhuma confusão", disse à coluna o prefeito Eduardo Paes.

O alcaide, aliás, era um dos mais animados e protagonizou dancinhas a bordo de um charmoso chapéu panamá. Eis que de repente, todos os olhos se voltam para uma senhora distinta, que foi recebida na entrada do espaço vip com todas as honras e que a grande maioria achou que fosse ninguém menos que Dilma Rousseff. Flashes espocavam, os seguranças não sabiam o que fazer, mas não era Sua Excelência, e sim Hilneth Correia, colunista de Natal que é a ca-ra de Dilma. "Nossa, parece mesmo", atestou Paes. "Todo mundo me diz isso. Quando faço o cabelo, como hoje, acho que fico mesmo parecida com ela", divertia-se Hilneth, que em seguida pediu uma foto com o prefeito e foi atendida na hora.

A mesma sorte não teve Ariadna, a transex e ex- BBB, ao pedir a um fotógrafo que perguntasse a Roberta Close se poderia fazer um clique ao lado dela. La Close não quis e saiu de fininho.

O traje pedido era branco, mas muita gente foi fantasiada, o que contribuiu para deixar o salão incrível. Algumas lulus estavam vestidas de bailarinas - é o efeito Cisne Negro lançando tendência. A mais-mais era a da repórter da TV Globo Monica Sanches, que arrasou num tutu armadíssimo ."Pouca gente sabe, mas fui bailarina por nove anos", contava ela.

No quesito originalidade, Vik Muniz levou o prêmio. O artista plástico estava irreconhecível de Andy Warhol, com direito a peruca branca e câmera. Completamente avesso à ideologia do rei da pop art, ele passou incógnito, sem os seus 15 minutos de fama.

Também de peruca estava Carmen D´Alessio, que era parada a todo instante por amigos preocupados com a recuperação de sua mão, cortada por uma taça depois de um tombo na festa de Réveillon de Henrique Pinto. "Estou bem e adorei que aqui as taças são de plástico", brincava ela.

Lá pelas tantas, um boato dava conta de que Alinne Moraes circulava despercebida com uma máscara ao lado da amiga Lise Grendene. Os fotógrafos de celebridades começaram uma caçada implacável em busca da mascarada, mas não era Alinne. "É lenda, gente, ela não veio não", esclarecia Lise.

Bela também estava Adriana Alves de Oliveira, nome da época de miss, que resolveu resgatar, depois que uma numeróloga disse que 2011 era o seu ano. A ex-Cacciola levou o charuto, companheiro inseparável, para a festa, mas ficou discreta. Só fez pose e respeitou a etiqueta "não fume". Adriana acaba de chegar de Dubai, onde exerce sua nova profissão: alugar apartamentos deluxe para turistas.

O neo-solteiro Luís Felipe Reif, ex- noivo da atriz Isis Valverde, foi o guapo mais assediado. Depois de engatar conversas ao pé do ouvido, o bonitón deixou a festa com uma bela morena.

Se alguém ainda duvidava, chegou a hora da verdade: o jogador de pólo João Paulo Ganon e Lívia Torres, embaixadora do pólo feminino no Rio e ex-mulher de Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, estão mesmo juntos. Ela, vestida de mulher das galáxias, definição da própria, passou o baile inteiro junto de Ganon, com direito a mãos dadas, dancinhas marcadas no maior clima. Será amor de Carnaval? Só o tempo dirá...

Camarote gay

Pela primeira vez, o Sambódromo vai ganhar um camarote exclusivamente gay. É o da Candy Box, no Setor 2.

Os idealizadores Guilherme Barros, Mickael Noah e Marcela Souza, do escritório Super QG, colocaram à disposição 100 ingressos desde outubro e, no meio de janeiro, estavam sem nada. A ideia foi divulgada num site internacional e 40% dos compradores foram gringos.

O primeiro lote de convites saiu a R$ 3.500 e o último, a R$ 4.900 por pessoa, cada dia. As bees poderosas terão mimos à altura, como transporte até o local, bebida e comida à vontade, DJs, ar-condicionado potente, um lounge, três linhas telefônicas para atender aos turistas, incluindo Brasil, EUA e Inglaterra, e funcionários bilíngues, que foram treinados e contratados só depois de responderem positivamente à pergunta: "você é gay friendly?".

"Queremos dar um atendimento que não é comum para um evento gay no Rio. Não existem opções de luxo para esse público na Avenida", diz Guilherme, que convidou muita gente para se misturar à farra pink, como Eduardo Paes, Sérgio Cabral, Fernanda Paes Leme, entre tantos.



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