Sarkozy e Carla Bruni votam no primeiro turno das eleições regionais na França

Casal foi juntos, após boatos de traição.

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Os franceses começaram a votar neste domingo (14) no primeiro turno das eleições regionais que, segundo as pesquisas, devem representar uma dura derrota para o presidente Nicolas Sarkozy, que está na metade do mandato.

Os locais de votação abriram às 8h (4h de Brasília) para 44,2 milhões de eleitores, que escolherão os conselheiros das assembleias de 26 regiões na França e nos departamentos de ultramar

votação deve acabar às 20h (16h de Brasília), horário em que a imprensa deve anunciar as estimativas dos institutos de pesquisas.

Nos últimos dias, a imprensa e os institutos de pesquisas projetaram uma derrota considerável do partido do presidente Sarkozy (UMP), que deve ser amplamente superado pelas listas de esquerda e do Verdes.

Segundo as pesquisas, a UMP deve obter quase 30% dos votos, mesmo percentual do Partido Socialista (PS), a principal formação da oposição.

Mas o PS deve se beneficiar de alianças com outros partidos de esquerda para o segundo turno, no dia 21 de março. As listas dos Verdes devem receber de 12% a 15% dos votos.

O presidente "pode continuar reformando, pondo remendos em seus programas, mas é mais difícil com um nível de impopularidade ampliado por uma séria derrota nas urnas", advertiu o cientista político Jerome Fourquet.

A campanha, sem muito conteúdo ou debate, foi marcada por pesquisas e ataques mútuos, de costas às consequências da crise econômica na França, onde o desemprego atinge 2,7 milhões de pessoas (quase 10%).

Uma vitória socialista dará novo impulso a Martine Aubry no PS e a suas aspirações de ser candidata à presidência em 2012, embora também dependa da magnitude da vitória de sua eterna rival, Segolène Royal, que aspira à reeleição à frente da região de Poitou Charentes (centro) e mantém suas aspirações presidenciais.

Estas regionais poderiam transformar definitivamente o partido Europa-Ecologia no terceiro partido político da França. Sobretudo em virtude do seu resultado em Ile de France, que inclui Paris e arredores, a região mais rica da Europa nas mãos dos socialistas.

Passarão ao segundo turno de 21 de março as listas que conquistarem pelo menos 10% dos votos neste domingo, depois do que terão início árduas negociações. As listas que registrarem entre 5% e 10% poderão fundir-se com as que conseguirem mais votos.

A taxa de participação, que se prevê próxima de 50% (em comparação com os 65% de 2004), poderia prejudicar a direita e Sarkozy, que está no meio do seu mandato.

"Nicolas Sarkozy tem motivos para se preocupar. A falta de resultados frente ao desemprego, a melhora do poder aquisitivo e inclusive a segurança vacinaram o eleitorado, que agora não acredita nos milagres do voluntarismo sarkozysta", disse, esta semana, Paul Quinio, ao "Libération".

Embora Sarkozy tenha assegurado nestes dias que "as consequências" destas eleições não repercutirão ao nível nacional, o analista antes sentenciava: "as regionais, isto é certo, marcarão o fim do "sarkozysmo" triunfalista".



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