“Virei um garoto de programa”, afirma ator Vladimir Brichta

Com “Tapas & Beijos”, ator comemora sua quarta série na TV

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Com o sorriso aberto e esbanjando simpatia, Vladimir Brichta brinca que virou um "garoto de programa". E, a julgar pelos rumos que sua carreira tomou nos últimos três anos na televisão, a afirmação não é exagerada. Na pele do malandro Armane de Tapas & Beijos, o ator emplaca sua quarta série na tevê, depois de se destacar como o taxista Oswaldir de Faça Sua História, o indeciso Agnaldo de Separação?! e o abandonado Ary de Amor em 4 Atos. E, pelo menos por enquanto, demonstra não sentir falta de atuar em novelas. "Não quero soar pedante, mas acho que em uma novela eu faria algo que vários atores por aí poderiam fazer. Já para esse tipo de humor que eu tenho feito, não há tantas pessoas com experiência e com meu perfil", justifica.

No seriado de Cláudio Paiva, Armane é o dono de uma importadora que mantém como amante a vendedora Fátima, vivida por Fernanda Torres. Mesmo sendo casado e com filhos. "Sempre tive a sorte de trabalhar com grandes atrizes. Já dividi cena com Adriana Esteves, Ângela Vieira, Carla Marins, Júlia Lemmertz e Débora Bloch, entre outras. Atuar com a Fernanda Torres era uma vontade minha, quase um sonho até", valoriza ele, que também contracena com Andréa Beltrão, Flávio Migliaccio e Érico Brás.

Vladimir não descarta a ideia de voltar a trabalhar em novelas. Segundo ele, desde 2006, quando interpretou o vaidoso Narciso de Belíssima, todas as propostas de personagens mais interessantes que recebeu na tevê estavam em séries. E o ator garante que não foi uma rotina menos intensa de gravações o que chamou sua atenção. Até porque, segundo ele, não foi tão diferente assim. "Faça sua História e Separação?! ficaram no ar o mesmo tempo - ou até mais - que algumas novelas. E Tapas & Beijos era um projeto para terminar no fim do ano", argumenta.

Mas Vladimir não esconde que seu último trabalho em novelas, em Belíssima, ficou aquém de suas expectativas. E não se trata de qualquer queixa da equipe, mas sim de uma avaliação sobre seu próprio trabalho. "Fiz menos do que me sinto capaz de fazer. Não vingou", lamenta ele, que aproveitou melhor uma oportunidade recente de mostrar uma atuação completamente fora do humor, sua aparente zona de conforto na televisão. Em Amor em 4 Atos, contracenou com Camila Morgado e Alinne Moraes nos episódios Folhetim e Vitrines, mesmo tendo todos os motivos para não aceitar o trabalho. "Eu estava avisado sobre a possibilidade de Tapas & Beijos entrar na grade e havia uma expectativa de voltarem com o Separação?!, que eu tinha gravado o ano inteiro, estava em cartaz no teatro, comprometido com um filme, produzindo outro espetáculo, enfim, não seria nada demais dizer "não", explica o ator, que aceitou o trabalho por uma questão artística.

Vladimir achou que desperdiçar a oportunidade de fazer drama depois de uma coleção de papéis cômicos seria um grande erro. E não se arrepende da escolha. "Coloquei todo o meu desgaste pessoal de lado e entrei para valer. Foi bom para mim, para o público e para a minha carreira. Quem acompanha teatro sabe que eu tenho uma pegada que não é de humor. Mas quase não tive chance de mostrá-la na tevê", lamenta.

Toda essa experiência no humor acabou aproximando o público de Vladimir. Nas ruas, segundo o ator, as manifestações são quase sempre em tom de brincadeira e intimidade. Mas o ator não esconde que nem todo mundo o aborda para falar exatamente de seu atual trabalho. "Até hoje, muita gente fala do Faça Sua História. Primeiro, porque fez bastante sucesso. Mas também porque eu era o protagonista ali, é claro que marca mais. Separação?! também, mas o Oswaldir caiu mesmo nas graças", analisa ele, que garante que ouve várias vezes pedidos para que a série do taxista Oswaldir volte ao ar. Mas o ator mesmo não pensa nessa possibilidade. "Acho muito improvável. E curto fazer coisas novas", desconversa.

Dedicação mirim

Nascido em Diamantina, no interior de Minas Gerais, Vladimir Brichta sempre se interessou pelas artes. Ainda criança, enquanto morava na Alemanha - o ator viveu lá do primeiro ano até o quarto aniversário em função do doutorado do pai -, costumava brincar introduzindo nomes de pessoas famosas ao seu na hora de se apresentar. "Como aqueles meninos pequenos que dizem que se chamam Pedro Neymar, só porque são fãs do jogador de futebol", exemplifica. Mas foi em Salvador, aos 6 anos, que ele começou a estudar Teatro. De brincadeira, em um curso na própria escola, participou do grupo amador Fantasia. Uma experiência que avançou até seus 16 anos. "Cheguei a me afastar por uma fase, mas voltei. Fui um dos que se encantou pelos palcos naquela brincadeira toda", lembra.

A estreia na tevê veio a partir do sucesso do espetáculo A Máquina, de João Falcão e Adriana Falcão. Muitos nomes da classe artística assistiram à peça e, graças à atuação elogiada, Vladimir foi chamado para um teste na Globo. Antes mesmo que a temporada acabasse, já estava contratado pela emissora para integrar o elenco de Porto dos Milagres. Além de Vladimir, A Máquina revelou também Lázaro Ramos e Wagner Moura, que iniciaram a partir de então uma carreira de sucesso no cinema. "Acho que tudo foi uma questão de oportunidade. Quando os convites para filmes apareceram, eu já estava comprometido com a novela. Mas não me arrependo. Hoje, ocupo o lugar em que eu gostaria de estar", garante.



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