Alzenir Porto: a regra, segundo ela, é desburocratizar

Presidente da Junta Comercial do Piauí conta sobre a trajetória de vida, seu trabalho e planos futuros para uma mulher que não pensa em aposentadoria

Lucrécio Arrais


Maria Alzenir Porto da Costa, a Alzenir Porto, é a atual presidente da Junta Comercial do Piauí (Jucepi). Ela já passou pela advocacia, Superintendência de Transporte e Trânsito de Teresina (Strans) e pela carreira empresarial, no ramo de autoescolas.

Na Junta, a palavra de ordem de Alzenir é: desburocratizar! Entendendo que o empresariado precisa de celeridade para tocar a economia em frente. A advogada trabalha incessantemente com sua equipe para reduzir a fila de espera para a abertura de empresas.

Já no trânsito, ela usou a expertise da própria carreira empresarial administrando autoescolas para construir um trânsito melhor na capital. Com a implementação da integração temporal, Alzenir revolucionou o transporte público na época.

Ela também tem carreira política. É a segunda suplente do Senador Elmano Férrer. No entanto, a carreira técnica acaba falando mais alto na vida de Alzenir, que também é apaixonada por mountain bike.

Para NOSSA GENTE, Alzenir Porto é um nome importante para o desenvolvimento da economia do Estado, em razão dos relevantes serviços prestados à frente da Jucepi.

Jornal Meio Norte: Por que a senhora escolheu o Direito?

Alzenir Porto: Eu sempre fui de questionar e buscar aquilo que eu achava que era correto, além de ajudar pessoas a buscar respostas. Então era o que mais se identificava comigo. Trabalhei durante um curto período, porque logo assumi outras atividades.



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“Não consigo me ver sem saber o que fazer. Eu adoro trabalhar! Começa aí. O trabalho é mais que renda, é satisfação e prazer de contribuir."
Alzenir Porto

JMN: Quais seus planos futuros?

AP: A certeza é que qualquer hora retorno para meu mundo de advogada e empresária. O que eu sempre vejo é que parar é impossível. Para mim, pelo meu sistema de ser. Não consigo me ver aposentada. Sou aposentada, mas continuo trabalhando. Não consigo me ver sem saber o que fazer. Eu adoro trabalhar! Começa aí. O trabalho é mais que renda, é satisfação e prazer de contribuir. No trabalho remoto, eu ficava agoniadinha. Também quero continuar pedalando muito, embora ainda leve uns tombos.

JMN: A senhora trata os empresários como clientes?


AP: Sim! Precisamos valorizar! O cliente que mais me preocupa é aquele que sai caladinho, que não reclama de nada. Esse não volta. O que reclama, reclama porque vai voltar, então tem como resolver. Nossa ideia é reduzir o tempo de espera, algo que ficou mais fácil porque temos o procedimento todo digital. Hoje ele não precisa nem vir aqui na Junta para abrir uma empresa. Basta ter acesso à internet.

JMN: E o trabalho na Junta Comercial do Piauí?


AP: As coisas foram acontecendo. Na época o Dr. Elmano Férrer me chamou para que eu viesse. Não era meu forte. Eu gostava da parte prática e operacional, mas aqui percebi que precisávamos de melhorias para cuidar melhor do empresário. Afinal, eles são fundamentais em nossas vidas. Muita gente olha como se fossem vilões, mas eles geram emprego e fazem a economia girar. No Brasil pensamos muito em direitos e pouco em deveres. Então quando chegamos tinham processos de três anos. Hoje me dia nós fazemos em até 3 dias, com a documentação já toda encaminhada. É preciso ver o contador e o empresário que vem aqui como um cliente. Além disso, mostrar os caminhos para resolver, não empecilhos.

JMN: Esse seu trabalho com trânsito acabou lhe levando à Strans?


AP: Sim! O empresário João Claudino me chamou e disse que o Dr. Elmano [Férrer] estaria como prefeito, e queria saber se eu tinha interesse em ajudar nessa parte de trânsito. Passei um período como diretora de transporte, até assumir a superintendência. Fizemos grandes mudanças, inclusive a integração, que é a temporal. Ela é associada à tecnologia. Hoje, grandes terminais são um problema. Nossos terminais vieram no período errado. Eles eram necessários quando não dava para controlar a bilhetagem. Mas hoje a tecnologia já está atrelada ao trânsito. Esses terminais são até um grande problema para a atual gestão, porque administrar tantas instalações como essa são complicados. As pessoas pediam paradas com conforto térmico. Mas sabemos que moramos em uma cidade quente e que devemos nos adaptar. Eu gosto da ideia de paradas como a da Praça do João Luís Ferreira, que tem uma adaptação para em casos de chuva e do sol. Acho que a integração deveria ter sido mantida como fizemos, não tem necessidade de terminais gigantescos.

JMN: A senhora também é apaixonada pelo ramo empresarial.


AP: Sim, é verdade. Eu comecei minha trajetória comercial em uma empresa de autoescola e emplacamentos. Agora estamos em um novo formato. A compra e legalização de veículos acontece dentro das revendas. Então estamos dentro das empresas. Muitos clientes compram carros e não sabem como são meus clientes. Também temos um escritório, que hoje está com meu filho. Essa parte empresarial sempre gostei muito de trabalhar. E formação de condutor sempre me encantou. Além de ser proprietária da empresa, eu também gostava de dar aula. Eu queria entregar pessoas preparadas para o trânsito.

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