Artilheiro Eduardo Ribeiro jogou na França e na Suíça

Depois de 12 anos na Europa, o atacante retornou ao futebol brasileiro e se tornou uma das estrelas do River-PI

O jogador piauiense Eduardo Ribeiro dos Santos foi revelado ainda aos 17 anos pelo Flamengo-PI e participou da geração que levou o Rubro-Negro à 3ª fase da Copa do Brasil, no ano de 2001.O atacante ainda passou pelo Joinville e logo foi transferido para o mercado europeu. A carreira construída na Suíça com a camisa do Grasshopper, entre 2001 e 2006, também chamou atenção de empresários na França.

Sua ida ao Guingamp marcou de vez a carreira do piauiense no futebol francês. Foi com a camisa do clube da Bretanha que Eduardo conquistou o título da Copa da França na temporada 2008/2009. Ainda na França, o atacante passou pelo Lens, Ajaccio e Metz.

Jogador faturou três títulos estaduais consecutivos

Depois de 12 anos na Europa, o atacante retornou ao futebol brasileiro e se tornou uma das estrelas do River-PI na conquista do acesso e do vice-campeonato brasileiro na Série D de 2015. Pelo clube piauiense, o jogador ainda faturou três títulos estaduais consecutivos. As últimas atuações do veterano foram pelo Flamengo-PI, Altos e Campinense.

Em 2019, Eduardo foi decisivo na conquista do Campeonato Piauiense  pelo River-PI e garantiu a equipe riverina de volta às competições nacionais, na Copa do Nordeste, do Brasil e Série D de 2020. O atacante de 38 anos foi eleito ainda o artilheiro da edição 2019. O jogador do Galo marcou oito gols, sendo o último na decisão e agora já repensa a possível aposentadoria que estava prevista para esse ano.

O atacante deve se reunir com a presidência do River-PI para definir os rumos da sua carreira. Em entrevista ao Jornal Meio Norte, o camisa 9 revelou que tem recebido alguns convites de clubes de outros estados, mas afirma que é no time piauiense que pretende encerrar sua carreira.



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““O Piauí tem muito potencial relacionado ao futebol. Precisa ter mais estrutura, precisar ter mais apoio e oportunidade. Está faltando apoio e esse é o alvo mais importante para que o futebol do Piauí cresça mais ainda”"
Eduardo Ribeiro dos Santos

JMN: O que costuma fazer fora dos campos?

ER: Eu gosto muito de estar com meus filhos, gosto de pegar eles na escola, vejo a alegria deles quando vou buscá-los. Outro hobby que tenho é o futevôlei, que é outra paixão. Todos os dias quando estou de folga eu estou no futevôlei com a galera e todos os meus filhos também gostam muito de esporte, todos eles praticam futebol e faço questão de acompanhar de perto. Vamos ver se futuramente eles vão seguir o mesmo caminho que segui.

JMN: Uma cena que chamou bastante atenção no jogo da conquista do título de campeão do Piauiense 2019 foi sua entrada com seus quatro filhos no início da partida. O que aquele momento representou para você?

ER: Foi um momento muito importante, porque eles já me acompanhavam quando eu jogava na Europa, presenciaram eu sendo campeão da França, mas o tempo passou eu tive uma recente surpresa com um novo filho e foi a primeira vez que eles estavam reunidos todos juntos. Foi um momento marcante no futebol e na minha carreira pelo título, mas também na vida pessoal por ver todos os meus filhos juntos.

JMN: Como você avalia o potencial do futebol piauiense?

ER: O Piauí tem muito potencial relacionado ao futebol. Precisa ter mais estrutura, precisar ter mais apoio e oportunidade. Está faltando apoio e esse é o alvo mais importante para que o futebol do Piauí cresça mais ainda e tem que ter alguém que olhe com amor para o futebol e o esporte como um todo para que possamos ter mais incentivos para ver o crescimento no nosso estado.

JMN: Existe a especulação da sua aposentaria em 2019 e ainda de uma possível saída do River. Quais são os seus reais planos?

ER: Eu tenho contrato com o River até dezembro, se for para sair tenho que ter uma conversa com eles. Eu estava pensando em parar, mas estou vendo que ainda dá para jogar, estou jogando bem, em um ritmo bom. Está aparecendo várias propostas e estou analisando tudo para decidir qual a melhor decisão a ser tomada, mas posso dizer que sou feliz no River, pois tive uma identificação muito boa, conquistei títulos, tenho o carinho da torcida, mas tenho que pensar bem porque se for para eu continuar a jogar, tenho que ver o que é melhor para minha carreira como atleta, tenho que deixar todas as portas abertas, mas, com certeza, vou encerrar minha carreira no River e no Piauí.

JMN: Como você avalia a vitória do Campeonato Piauiense 2019 e o título de artilheiro da competição?

ER: Foi uma temporada difícil, a gente passou por momento complicado, não foi só glória. No começo da competição a gente foi muito criticado, teve mudança de treinadores, inclusive, um treinador deu uma declaração muito pesada em relação ao nosso grupo, que no time poucos jogadores prestavam e isso serviu também para dá força e unir mais ainda a equipe. Depois dessa declaração e a chegada do Flávio Araújo a equipe passou a ter um futebol diferente, mais aguerrido e de lá para cá foi só vitórias. Nós jogamos 11 partidas sem perder nenhuma, conseguir marcar oito gols, inclusive no jogo da classificação.

JMN: É verdade que o convite para o retorno ao River-PI aconteceu durante uma entrevista na Rádio Jornal Meio Norte (90.3 FM)?

ER: Sim. O presidente do River-PI, Genivaldo Campelo, estava concedendo uma entrevista para o Ivan Lima e Daiton Mereiles e disse que tinha vontade de me convidar para voltar ao River-PI, quando o Daiton me ligou e o presidente me fez esse convite ao vivo e eu aceitei. Eu estava no Campinense e foi quando recebi esse convite.

JMN: Como foi sua volta para o futebol piauiense?

ER: Em 2014 meu pai faleceu, decidi voltar para o Piauí para ficar perto da minha família e vim jogar no River. Em 2015 tivemos o acesso, pela primeira vez na história do futebol piauiense que um clube teve acesso para a Série C, depois disso ainda joguei no Fortaleza, no Flamengo-PI, no Altos, Campinense e agora estou de volta ao River de novo e o futuro ao Deus pertence.

JMN: Após esse início, você teve a oportunidade de jogar fora do país, como foi essa experiência?

ER: Exatamente, depois do Flamengo recebi uma proposta primeiro para ir para Joinville, era um empresário suíço e quando fui, ele já estava acertando minha transferência para Suíça e lá fiquei durante 6 anos, depois fui transferido para a França, onde fiquei mais 7 anos. Foi uma experiência muito boa, aprendi e cresci muito. Realizei um sonho que a maioria dos jogadores de futebol querem realizar, que é jogar na Europa. Eu tive a oportunidade de ir muito novo para lá e construí basicamente toda minha carreira na Europa e aprendi muito da parte tática dos europeus, fui campeão também e tive uma história bonita por lá.

Jornal Meio Norte: Em que momento da vida inicia o seu envolvimento com o futebol?

Eduardo Ribeiro: Sou de São João do Piauí, saí da minha cidade com 14 anos, no ano de 1994. Meus pais vieram morar em Teresina e todo mundo veio junto e futebol está presente na minha vida desde criança. Meu pai já era envolvido, meu avô fundou o primeiro clube de futebol de São João do Piauí, então eu cresci no mundo do futebol, amador, mas era futebol e envolve muita coisa, faz você sonhar muito e sempre gostei, na escola sempre me destacava e quando cheguei em Teresina meu pai correu muito atrás para colocar em escolinha até que comecei a jogar no Flamengo em 1998, onde eu já estava jogando no amador e passei a jogar no profissional e aí começou a minha carreira.

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