Jane Haddad: uma voz que grita pelos direitos dos animais

Com um trabalho brilhante com a Apipa, Jane Haddad tem um legado inquestionável na defesa dos seres vivos e pelo seu bem estar



Lucrécio Arrais

Do Mais

Jane Maria Araújo Ferreira, conhecida por muitos como Jane Haddad, é uma batalhadora aguerrida pelos direitos dos animais. Junto à Associação Piauiense de Amor e Proteção aos Animais (Apipa), ela esteve na linha de frente de combate aos maus tratos dos animais durante 14 anos.

Agora ela cuida dos pais em Parnaíba, cidade onde nasceu no dia 3 de maio de 1963. Mas a missão de vida em cuidar "daqueles que não têm voz" fez com que Jane abdicasse da carreira como gerente comercial para ser uma salvadora de cães, gatos e outros animais em apuros. Ela grita por direitos. 

Com uma história de vida marcada pela resiliência, força e muito trabalho, Jane é uma pessoa admirada por muitos. Junto com Roseli Pizzgatti Kleim e Isabel Moura, elas fizeram da Apipa uma referência nacional.

Mostrando a força da sociedade civil organizada, a Apipa faz um trabalho brilhante que deveria ser oferecido pelo poder público. A força dos militantes da causa animal, assim como Jane, movem uma corrente do bem que já salvou milhares de animais ao longo dos quase 15 anos do abrigo.

Com muita história para contar e uma vida marcada por desafios causados pela função que assumiu, Jane Haddad é uma inspiração para Nossa Gente. Os animais precisam de respeito cada vez mais para a efetiva eliminação do especismo.

Jornal Meio Norte: Você sempre amou os animais?

Jane Hadddad: Sim, desde criança. Meu pai já tinha vários animais em casa. Principalmente cães, eram 36. Eles tinham raças diferentes, pois papai os criava com todo amor.



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“Não tenho em mente quantas vidas salvamos, mas foram milhares durante todos esses anos! Fizemos muitas adoções cheia de amor, onde podemos ver que super valeu a pena se doar a esses seres inocentes! A felicidade é enorme."
Jane Haddad

JMN: Quais seus planos futuros?

JH: Em relação a ONG Apipa, eu quero que nosso Centro Cirúrgico funcione o mais breve possível, ajudando os animais com castrações solidárias. Terá um valor simbólico para que possamos manter os insumos e pagar os médicos parceiros. Quanto a minha pessoa, estou no momento cuidando dos meus pais que já são idosos e precisam de mim. Mas minha luta continuará sempre pelos que não tem voz.

JMN: A pandemia afetou os animais?


JH: Afetou muito. Causou inúmeros abandonos, muitos por informações errôneas onde achavam que os animais transmitiam a Covid-19. Tudo fake. Muitos por perderem seus empregos e não ter como cuidar, pois infelizmente os animais são sempre as vítimas, os humanos descartam como se não sofressem fome, medo, tristeza. Eles sempre são as vítimas dos humanos.

JMN: Na sua opinião, o que deve ser feito com urgência pelo poder público para os animais de Teresina?

JH: Digo que não só o poder Público! Presidente, governantes de todo Estado, prefeitos de toda capital, devem fazer funcionar as leis para quem maltrata animais funcionar de verdade. Hospital para animais gratuitos, campanhas para castrações solidárias. Além de locais apropriados para o lazer.

JMN: Qual o seu balanço dos 14 anos de serviço na linha de frente da instituição?

JH: Super positivo, não tenho em mente quantas vidas salvamos, mas foram milhares durante todos esses anos! Fizemos muitas adoções cheia de amor, onde podemos ver que super valeu a pena se doar a esses seres inocentes! A felicidade é enorme.

JMN: Sua vida mudou?

JH: Na época eu era representante de empresas do ramo de refrigerantes e energéticos. Com a necessidade que o abrigo tinha de ter uma pessoa ativa lá dentro, aceitei o convite, e, confesso, foi a melhor coisa que fiz na minha vida! Fiz vários cursos de auxiliar de veterinária para melhor atender aos resgatados e vítimas de maus tratos. São inúmeras histórias tristes, muitas com um final feliz, outras tristes de falar! Faria tudo de novo!

JMN: Quando decidiu que deveria fazer a diferença na vida de bichos em risco?

JH: Em 2007 recebi um convite para fazer parte de uma ONG em Teresina, ainda sem fundação. Dia 10 de dezembro de 2007, através da Dra. Roseli Pizzgatti Kleim, Isabel Moura, que foi uma das fundadoras também, veio um convite para que eu fizesse parte dessa maravilhosa ONG, a APIPA. Desde então, com as reuniões e trabalhos voluntários, consegui ver o quanto os animais são seres sencientes. Isso me comoveu muito. Para quem já tinha amor por eles foi a melhor decisão.


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