Palhaço Leleco: há 40 anos animando gerações

Desde 1979, Leleco é uma referência no segmento e revela ter muito gás daqui para frente. O palhaço comemora a trajetória do primeiro animador de festas de Teresina

O Palhaço Leleco é um grande sucesso. Pioneiro no que faz, sendo considerado o primeiro palhaço animador de festas de Teresina, ele trouxe as inspirações da avó, do circo que viu nas férias e do teatro propriamente dito para se transformar no “ás” da palhaçada. Desde 1979, Leleco é uma referência no segmento e revela ter muito gás daqui para frente.

Nascido em Teresina e criado no bairro Matinha, na zona Norte de Teresina, o então José Fábio Costa veio ao mundo no dia 28 de maio de 1956. Daí até se transformar em Leleco foi um grande processo. Nos meios de comunicação, o sucesso começou ainda na década de 80. Mas somente em 2012 que Leleco afirma ter chegado ao “ápice”, ao integrar o time de estrelas da Rede Meio Norte.


Programa Teleleco valoriza cultura regional

São quatro décadas de um trabalho desenvolvido com responsabilidade e talento. Buscando explorar o lado lúdico da criançada, o Programa Teleleco valoriza a cultura regional e sedimenta valores culturais nas crianças, que passam a ter curiosidade pelas lendas tradicionais e demais manifestações.

Do gosto pelo humor teatral ao ofício de fazer rir, Leleco comenta a responsabilidade de provocar o riso, algo que ele não julga ser algo fácil. Entre os desafios, no entanto, a delícia do carinho das crianças e do público que o acompanha ao longo de gerações.

Para NOSSA GENTE, Leleco é um exemplo de pioneirismo e de valorização da cultura regional através da produção de conteúdo multiplataforma, que versa sobre a formação educativa das crianças, além da diversão e o entretenimento.



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“O Programa Teleleco valoriza a cultura regional e sedimenta valores culturais nas crianças, que passam a ter curiosidade pelas lendas"
Leleco

JMN: Quais seus planos a partir de agora?

PL: Continuar fazendo palhaçada! Palhaço não tem idade. Não penso em me aposentar agora. O melhor de tudo isso, ao longo dos 40 anos, é ver o pai que me assistiu criança trazer o filho. É o Leleco animando gerações...

JMN: O senhor faz um programa educativo…

PL: Sim! Tem quadros que estimulam a memória, além do aspecto cultural, nosso folclore, lendas. É uma interface de lazer e cultura. Além do programa ser um palco aberto para todas as crianças de todas as escolas, é um programa democrático para a criançada.


JMN: Você tem algum caso engraçado?

PL: Eu estava animando um aniversário com um cara fazendo a Galinha Pintadinha. Ele era fumante e foi tirar a cabeça escondido para fumar um cigarro. As crianças viram e acabou para ele. Chamaram ele de homem feio que fuma cigarro. Elas são muito verdadeiras.


JMN: O que significa ser palhaço?

PL: Uma profissão muito gratificante, mas muito difícil. Você tem a responsabilidade de fazer rir e isso não é fácil. Às vezes chego numa rádio para uma entrevista e pedem uma piada para o povo rir. Mas trabalhar com o universo infantil é extremamente gratificante.

JMN: E o carinho da criançada?

PL: Fantástico! Criança é muito verdadeira, cheia de amor e carinho. É preciso saber chegar e lidar com ela para fazer uma troca positiva. Conseguimos uma boa relação com o universo infantil.


JMN: E como é fazer o Teleleco?

PL: Fazer o Teleleco é muito gratificante. Tivemos algumas fases. Estreei na TV Clube, aos sábados pela manhã, um programa de 30 minutos. Teleleco é a fusão de televisão com Leleco. Ficou bom, né? Estreei em 1986, depois passei dois anos na Antena 10, depois estive na Antares até receber o convite do Wrias Moura de estrear na TV Meio Norte, em 2012. Foi o ápice do Leleco. Nesses seis anos que estamos na TV Meio Norte, temos uma grande audiência. Somos o segundo lugar em audiência pela manhã. Estamos em 30% das televisões ligadas.


JMN: O senhor lembra da primeira vez que esteve em um palco?

PL: Na época da reforma do ensino, fui passar férias em Água Branca, porque eu era amigo do filho do prefeito. Tinha um circo na cidade e toda noite eu ia assistir, inclusive porque tinha uns dramas no final. Quando voltei para escola, resolvi fazer teatro lá. Então juntei a turma, contava como era a história e a gente fazia. Então as primeiras vezes que fui ator e diretor foi na escola.


JMN: Quem influenciou sua guinada aos palcos?

PL: Veio da minha avó, Eulália Pimentel Stambowsky, que era casada com um russo, gostava muito de arte e de cultura. Ela tocava sanfona, piano e escrevia para teatro. Eu, lobinho dos escotistas, e a avó era a balu, avó dos lobinhos. Ela tocava piano e cantávamos. Começou essa minha paixão. Depois fui ser professor de educação artística.


JMN: Como surgiu o Leleco?

PL: Eu tinha um grande amigo que viu em outra cidade um rapaz animando uma festa de aniversário. Isso não existia em Teresina na década de 70. Fui o pioneiro. Aqui tinha um senhor chamado Chiquita, que usava uma bata branca e nariz de palhaço, tinha um carrinho de pipoca e distribuía para as crianças. Mas ele não era um palhaço animador. Então fui o primeiro. Nos primeiros momentos, o palhaço não tinha nome. Então uma amiga minha, Vera Leite, casada com o Lauro Leite, que tinha um programa na Rádio Pioneira chamado Reino Alegre do Leleco, tinha acabado de fazer o trabalho e ofereceu o nome, que é fácil das crianças aprenderem e também fácil de escrever. Então ficou Leleco.

Jornal Meio Norte: Você sempre gostou de fazer palhaçada?

Palhaço Leleco: Sempre. Sou o ator de teatro, comecei minha carreira lá, e sempre gostei de comédia. O humor me levou a ser palhaço.


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