Pedro Gui: Talento para as artes plásticas aos 9 anos

Ele começou já aos dois anos de idade demonstrar que tinha gosto para a pintura e, foi aos poucos, que descobriu sua vocação para a arte. Hoje, aos nove, pinta como gente grande e suas obras chamam a atenção pela beleza

Waldelúcio Barbosa

Para o Nossa Gente

 

O talento para a arte do desenho e da pintura surgiu aos dois anos de idade, com o passar do tempo, aperfeiçoou o traço e aprendeu a harmonizar as cores. O pequeno artista piauiense, de 9 anos de idade, Pedro Gui é um exemplo de artista autodidata, que aprendeu sozinho a desenvolver habilidades artísticas. Nascido em 15 de julho de 2011 em Teresina, Piauí, Pedro Gui é piauiense e luso-brasileiro, seu avô paterno é português e fez questão que o neto artista também tivesse sua nacionalidade.

No início da pandemia, em abril de 2020, Pedro Gui começou a fazer retratos em tela como forma de distração, começou a publicar as obras em suas redes sociais ganhando destaque nacionalmente com a produção de suas obras desenvolvendo o estilo Pop Art. Participou de várias entrevistas em rede local, nacional e internacional, como o programa “Conversa com Bial”, transmitido pela Rede Globo de televisão, no qual teve a participação do artista Romero Britto, artista inspiração dos seus trabalhos.

Em um ano, pintou mais de 80 telas e tem suas obras na casa de grandes artistas brasileiros como Simone e Simaria, Mano Walter, o piauiense Winderson Nunes, dentre outros. Hoje, divide seu tempo com os estudos onde faz o 4º ano do ensino fundamental e a dedicação com a arte que considera a melhor hora do dia.


Jovem artista já produz obras sob encomenda

Pedro Gui já produz obras sob encomenda e tem uma vasta lista de admiradores em suas redes sociais que hoje somam 18 mil pessoas. Seus vídeos, onde aparece produzindo suas obras, alcançam 1 milhão de visualizações. Já fisgou os olhares de curadores internacionais e tem nos planos uma grande exposição prevista para outubro de 2021. Pedro mantém um portfólio com seus trabalhos em sua rede social monitorada pela mãe, Aline Fortes. Para conferir um pouco do trabalho dele no Instagram: @pedroguiart



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“"Os estudos sempre em primeiro lugar, depois que termino minhas obrigações da escola eu fico livre para brincar e criar minhas artes""
Pedro Gui

Jornal Meio Norte: Com quantos anos começou a fazer pinturas e como foi se descobrir artista?

Pedro Gui: Desde muito novo quando eu tinha uns dois anos sempre gostei muito de desenhar e pintar, fazia tudo no papel. Minha família fala que herdei o talento do meu avô materno Paulo Gui que era um artista autodidata. Seu hobby era fazer caricaturas dos amigos, infelizmente, eu não cheguei a conhecê-lo. Sempre gostei muito de passar horas desenhando diversas coisas, mas foi aos 8 anos, em 2019, que comecei a ter interesse em desenhar rostos de pessoas. Minha mãe sempre registrou tudo desde os meus primeiros desenhos, mas foi no início da pandemia, em março de 2020, que comecei a fazer esses rostos em telas. Então, me descobri realmente um artista.

JMN: Como foi fazer suas primeiras pinturas? Qual influência herdou de seu avô?

P.G: Comecei minhas primeiras pinturas, essas que vocês podem acompanhar hoje, assim que começou a pandemia, quando tudo parou e nós não tínhamos mais escola e nem pra onde ir. Minha mãe resolveu comprar umas telas para mim e meu irmão e nos incentivou a pintar. Comigo ela disse assim: Pedro porque você não tira esses lindos desenhos de rostos que você faz no papel e passar para tela? E foi exatamente isso que aconteceu, eu fiz a primeira tela retratando um desenho que eu tinha feito do Michael Jackson em uma folha de caderno, lembro como se fosse hoje que sentamos no chão do terraço de casa para pintar e tudo começou aí. Minha mãe publicou nas redes sociais e as pessoas começaram a gostar cada vez mais do que eu estava fazendo e isso me deixava mais empolgado. Nunca mais tive vontade de parar. Do meu avô, eu herdei o dom artístico e de criar coisas, me considero muito criativo e acho que isso é de família, meus tios e minha mãe também são muito criativos.

JMN: Tem o incentivo da família para as suas produções?

P.G: Tenho sim, minha mãe é minha maior incentivadora e me apoia muito além de me orientar em tudo que preciso fazer para levar a arte, a infância e os estudos de forma correta onde eu não me prejudique em nenhuma dessas coisas. Minha família toda tem muito orgulho de mim, eu acho né.

JMN: Como administra o tempo entre os estudos e as pinturas ? Como é sua rotina?

P.G: Bom, minha mãe organiza tudo isso e também a hora de brincar. Os estudos sempre em primeiro lugar, depois que termino minhas obrigações da escola eu fico livre para brincar e criar minhas artes. Hoje já faço telas sob encomenda e então tudo precisa ficar bem organizado.

JMN: Você pretende seguir carreira como artista plástico ou seguir como um hobby no futuro?

P.G: Sim, eu pretendo sim com certeza! Pretendo ter uma carreira como artista e ser reconhecido mundialmente pela minha arte, mas também quero fazer um curso que tenha um pouco a ver com isso, sabe? Penso em fazer engenharia ou arquitetura, mas acho que ainda tenho um tempinho para pensar nisso.

JMN: De que forma surgiu a ideia de fazer uma homenagem aos participantes do BBB?

P.G Bom, eu sempre gosto de fazer homenagens aos nordestinos, para destacar minhas raízes para o mundo e foi assim que fiz Whindersson Nunes, Luís Gonzaga. No BBB tem uma nordestina que é muito querida pelo povo, eu não assisto o programa pois minha mãe não deixa, mas comecei a ver nas redes sociais que a Juliette era muito querida. Então resolvi que fazer ela seria muito legal, e foi uma surpresa muito positiva pois a equipe dela viu e o vídeo onde estou fazendo a pintura dela já teve mais de 600 mil visualizações, depois fiz as duas pessoas que eram mais próximas dela Gilberto e Sarah e todo mundo adorou o resultado

JMN: Quantas telas você já pintou? Como se sente em já ter seu trabalho reconhecido e sendo exibido em exposições locais?

P.G: Bom, eu pintei mais de 80 telas, uma parte está comigo e outras foram encomendas, estão espalhadas aí pelo Brasil e já vou enviar umas para Portugal e EUA. Eu sinto muito orgulho de mim mesmo, por isso, estou pesquisando muito e fazendo estudos sobre a arte para que eu seja cada vez melhor, ter minha arte exposta em um dos eventos que conta com grandes artistas piauienses foi muito importante pra mim e me senti muito feliz mesmo, sinal que estou no caminho certo.

JMN: Quais são suas maiores referências no meio artístico? Como é seu processo criativo?

P.G: Minha maior referência está no sangue, vinda do meu avô materno. Depois veio Romero Britto com o estilo pop art, mas comecei a pesquisar muito e fiquei bastante impressionado com Andy Warhol que fez pinturas incríveis no estilo pop arte, inclusive, eu fiz uma Marilyn Monroe. Uma das minhas primeiras telas e depois vi que foi uma das obras do Andy, mais famosas no mundo todo. Esse universo da arte é muito legal e fico cada vez mais curioso e interessado. Meu processo criativo sempre começa através de pessoas legais e marcantes no Brasil e no mundo. Busco saber de suas histórias e então tenho vontade de fazer a pintura, mas já estou me arriscando a fazer coisas diferentes junto com a imagem da pessoa. Vocês podem acompanhar meus trabalhos no meu Instagram @pedroguiart.

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