Soraya Castello Branco celebra 20 anos de carreira e planeja DVD

Além de encantar o público com a música, Soraya Castelo Branco exerce o cargo de Ouvidora Geral do Estado, sendo uma ponte entre população e a gestão pública

A cantora Soraya de Carvalho Castello Branco tem 36 anos, é produtora, publicitária e servidora pública, nasceu em Parnaíba e teve uma infância saudável e uma relação muito afetuosa com toda sua família. Filha de mãe, também, cantora, Soraya está prestes a completar duas décadas de carreira profissional e possui no currículo participações em festivais no Piauí e em boa parte do Brasil.

A artista já participou de três seleções do extinto programa de competição musical nacional da Rede Globo, FAMA, o que segundo ela, foi um momento de troca de experiências importantes. Em 2009, ganhou o prêmio de melhor intérprete e melhor música no Festival Cantos do Piauí.


Uma das maiores intérpretes de MPB

Pela paixão, o jeito doce, e principalmente pela afinação com que interpreta as músicas, consolidou sua história como uma das maiores intérpretes de Música Popular Brasileira (MPB) do Piauí, segundo críticos e arranjadores musicais.

Em entrevista ao Jornal Meio Norte, a artista piauiense revelou os planos da gravação do seu primeiro DVD em comemoração aos 20 anos de carreira e nesse ressaltou como a música e a arte têm ajudado muitas pessoas a enfrentar com mais leveza esse período de quarentena pelo qual o Estado passa para evitar a disseminação do novo coronavírus.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


“"Falo sempre que sou uma cantora de shows, uma artista de projetos, de palco, eu gosto muito de estar me reinventando""
Soraya Castello Branco

JMN: Diante da pandemia da Covid-19, a música tem ajudado muitas pessoas a enfrentar esse momento. Qual sua avaliação sobre a importância de valorizar ainda mais o segmento cultural?

SCB: A arte tem ajudado bastante esses dias que estamos passando em isolamento social. É tão difícil, a gente liga a TV, abre o WhatsApp e consumimos as notícias ruins e é tão bom quando a gente disponibiliza uma live com show nas redes sociais e assiste aos humoristas e shows, ouve poesia, então é um momento realmente de ter empatia, de compartilhar esses momentos com os piauienses, com o Brasil e o mundo inteiro levando a arte, o amor e o pensamento positivo de que tudo isso vai passar. A cultura salva a gente, principalmente em dias difíceis como esses que temos passado

JMN: Como avalia a produção cultural e incentivo a trabalhos autorais no país?

SCB: O Brasil todo mundo sabe que vivencia uma crise financeira, uma crise política que também atrapalha bastante esse incentivo à arte, a cultura, é difícil também chegar aos estados menores como no Piauí, a gente não consegue participar de grandes festivais. Enfim, como em todos os setores há pessoas que agem de má fé e temos batalhado muito, a tecnologia tem ajudado bastante a disseminar a nossa arte, principalmente os artistas autorais, mas ainda é muito difícil em termos de Brasil conseguir viver só da música, conseguir bons incentivos para o trabalho autoral e em meio a essa crise a gente sabe que o poder público foca em outras áreas, como a segurança, saúde e educação, mas precisa ter gestores sensíveis para entender também que a arte trabalha junto com a educação e esse é o caminho. A civilização, o ser humano precisa da arte, precisa ter esse alimento cultural e a gente chega lá. Nós estamos em busca disso, já existem grupos culturais se reunindo como a Geleia Total, que estão colocando a arte piauiense como um todo e estão a todo vapor. Então assim, cada um no seu estado vem se mobilizando, mas a sistemática ainda é bem difícil.


JMN: Além de cantar, você desenvolve outra atividade?

SCB: Eu exerço outra atividade fora a música, estou desde 2015 à frente da Ouvidoria do Estado do Piauí e é muito gratificante participar do serviço público, de fazer essa ponte do Governo com o cidadão, é muito bacana passar essas informações, ser o elo entre população e Administração Pública. Para mim tem sido uma experiência única, tenho aprendido muito como funciona os serviços públicos e poder passar essas informações é um aprendizado gigantesco, pois passamos a aprender o funcionamento de cada órgão e é bem interessante.


JMN: Conte um pouco sobre a sua trajetória profissional?

SCB: Quem acompanha minha carreira sabe que não tenho muitos CDs gravados. Falo sempre que sou uma cantora de shows, uma artista de projetos, de palco, eu gosto muito de estar me reinventando. Às vezes, você grava um disco e tem que fazer uma turnê daquele disco por um ano inteiro e eu gosto muito de estar em vários projetos ao mesmo tempo e isso tomou tempo de estúdio, de gravar alguma coisa, de planejar. No momento estou no projeto "Melhor de Três", junto com João Cláudio Moreno e Flávio Moura, também estou no projeto Sol e Lua do Piauí, com a cantora Luana Campos, a gente faz um show só de música piauiense e também fiz diversos shows temáticos, desde samba, músicas internacionais, especial Marisa Monte, fui solista em um concerto com a Orquestra Sinfônica e gosto muito dessa inquietude de me reinventar, por isso digo que sou cantora de show e de vários projetos.


JMN: Quais são suas referenciais musicais? Qual a importância da música em sua vida?

SCB: Minhas referências musicais conheci a partir da minha mãe. Escutei muito Caetano Veloso, Gal Costa, Tim Jobim, Djvan, Marisa Monte, essas foram minhas referências e escuto bastante até hoje. A música é tudo para mim, é meu alimento, é meu combustível. Nesse mundo muito moderno venho tentado gravar um DVD, vamos esperar passar toda essa tempestade que o mundo está vivendo, mas temos planos para gravar esse projeto até o final do ano, pois em 2021 eu faço 20 anos de carreira e quero gravar esse trabalho e a oportunidade de comemorar esses 20 anos com alguns amigos convidados para celebrar esse aniversário.


Jornal Meio Norte: Quando iniciou sua relação com a música? Em que momento se descobriu cantora?

Soraya Castello Branco: Meu contato com a música foi desde quando nasci, minha mãe sempre gostou de cantar e tocar violão e isso até hoje. Sempre que temos a oportunidade de estarmos juntas porque ela mora em Parnaíba e eu em Teresina, cantamos juntas. Uma tia minha era professora de teclado e sempre havia encontros familiares regados a muita música. Na escola foi onde tudo começou de fato, onde eu cantava em eventos culturais e foi tudo aos poucos, mas tive o prazer de receber o convite da Fátima Castello Branco para participar do CD dela e foi minha primeira experiência profissional e me despertou esse desejo de seguir carreira e daí em diante passei realmente a encarar a música e a arte como profissão.


SEÇÕES