Acusações de injúria racial continuam “rondando” o futebol

Em entrevista após a partida, Gerson disse ter ouvido “Cala a boca, negro” do meia Ramírez

Gerson discute com Mano Menezes em Flamengo x Bahia | Jorge Rodrigues / Agência Estado
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O Bahia deu início, na manhã desta segunda-feira, ao processo de apuração interna sobre a acusação de injúria racial feita por Gerson, do Flamengo, contra o meia colombiano Juan Pablo Ramírez. O clube baiano enviou ofícios à Globo e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para solicitar imagens do jogo. A ideia do Tricolor é fazer um pente fino para averiguar a denúncia do meia flamenguista.

Em entrevista após a partida, Gerson disse ter ouvido "Cala a boca, negro" do meia Ramírez. No episódio, o atleta do Flamengo também discutiu com Mano Menezes no campo e pediu respeito ao técnico. Informações do site GloboEsportes.com

Gerson discute com Mano Menezes em Flamengo x Bahia

O Tricolor afirma que Ramírez negou veementemente as acusações, mas, ao mesmo tempo, afastou o meia até que a apuração do caso seja concluída.

Na súmula da partida, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza afirmou que não presenciou o ato descrito por Gerson.

- Aos 7 minutos do segundo tempo houve um conflito entre os jogadores sr. Gerson Santos da Silva, de número 8 da equipe do flamengo e do atleta da equipe do Bahia de número 15 sr. Juan Pablo Ramírez Velasquez, onde o jogador do flamengo alega ter sido chamado de "negro" por seu adversário mencionado. Informo que este suposto ato não foi percebido por nenhum membro da equipe de arbitragem no campo de jogo.

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai analisar a súmula do jogo e o vídeo da partida para verificar como agir no caso. Ainda não há definição sobre o que será feito por parte da Procuradoria, que pode pedir outras provas se julgar necessário. A documentação deve chegar da CBF entre segunda e terça-feira e, a partir daí, será analisada. Como o STJD estará de recesso entre os dias 22 de dezembro e 4 de janeiro, o julgamento - se houver - será apenas no ano que vem.

Segundo Ronaldo Piacente, procurador-geral do STJD, o momento é de cautela para que se analise as provas e tome a atitude correta. De acordo com ele, é necessário que o ato não fique sem punição caso seja comprovado, mas também é preciso tomar cuidado para não ser injusto.

- Precisa ver se há prova se esse fato ocorreu. Precisamos tomar muito cuidado para não deixar passar impune o ato, que é muito grave, como também não podemos cometer injustiça de punir alguém que, por ventura, possa não ter cometido o ato.



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