Arsenal perde a cabeça depois de goleada do Atlético, enfrenta Polícia e jogadores são detidos

Mais calmos, atletas do time argentino foram ouvidos na delegacia do Independência

Em campo, Ronaldinho Gaúcho foi o destaque da partida, com dois gols | Gazeta Press
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Após a goleada do Atlético-MG sobre o Arsenal-ARG, por 5 a 2, no Independência, os argentinos se envolveram em uma enorme confusão com a Polícia Militar de Minas Gerais. Assim que soou o apito final, os atletas foram para cima do trio de arbitragem, e os policiais que trabalhavam na partida imediatamente cercaram os árbitros. A tentativa de evitar que eles fossem agredidos gerou uma enorme briga com os jogadores da equipe argentina. De ambos os lados, muita violência com chutes e socos.

A reação foi imediata. Com escudos e cassetetes, além de espingardas com balas de borracha, os policiais acuaram os jogadores nos vestiários do Independência. O espaço restrito e acanhado do estádio apenas aumentou a tensão. Cadeiras voaram de dentro dos vestiários e atingiram policiais e profissionais de imprensa.

Detidos, os jogadores ficaram no vestiário e depois seguirarm para a delegacia que fica dentro do próprio Independência. Cinco deles, Ortiz, Pérez, Seliz, Nervo e Benedetto, foram prestar depoimento e fazer boletim de ocorrência. A confusão foi observada à distância pelo presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, que defendeu os policiais.

- A polícia está aqui para proteger, está aqui para isso. Não pode ser desrespeitada. Ela está aqui para proteger todo mundo. Mas não está aqui para ser agredida. Em nenhum lugar do mundo vão agredir a polícia e sair impunes. Nosso time está no vestiário, tranquilo. O que estamos fazendo é assistir a isso aqui. Tomaram de cinco e estão reclamando. Se somar, perderam de dez. Apanharam do Atlético-MG e apanharam da polícia. Têm que ser eliminados, como foram.

O tenente-coronel Cícero, responsável pelo policiamento no Independência, disse que ainda investiga as causas de toda a confusão e que requisitará as imagens à TV. A primeira intenção era a de encaminhar toda a delegação do Arsenal-ARG para a delegacia, onde deveria ser registrado um boletim de ocorrência. Porém, os atletas acabaram sendo ouvidos ainda no estádio. A juíza Patrícia Froes já está no local para ouvir os envolvidos.

- Foi uma conduta criminosa, fora do âmbito do jogo de futebol. Podem ser presos - afirmou o tenente-coronel Cícero.

A coronel Cláudia, que também estava no tumulto, relatou que recebeu um tapa na cabeça.

- Vamos solicitar imagens para individualizar os autores. Cinco já foram identificados. Será feito um boletim de ocorrência. O perito e o médico-legista já foram acionados. Assim que a ocorrência for lavrada, será entregue ao delegado.

Kalil ainda falou sobre a atitude que o Atlético-MG poderá tomar.

- Vamos ter o comportamento que todos esperam termos. O delegado do jogo assistiu a tudo. Temos que ver qual a providência que a polícia vai tomar. O que houve foi uma agressão à Polícia Militar de Minas Gerais. Aprendi isso muito novo. Em polícia não se bate.

Helber Gurgel, administrador do estádio, disse que algumas cadeiras e um pequeno pedaço do revestimento do teto do vestiário foram quebrados. O assessor do Arsenal-ARG, Juan Carlos Salvatierra, informou que a delegação tinha planejado sair do estádio, jantar no hotel e seguir para o aeroporto de Confins. O voo fretado não tem permissão para decolar no período das 3h às 6h. A intenção, agora, é embarcar às 6h, se forem liberados.



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