Arthur Nory faz história e fatura o ouro no Mundial de Ginástica

Medalhista olímpico do solo faz grande apresentação para fechar competição em Stuttgart com o título mundial.

| Wolfgang Rattay/Reuters
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Arthur Nory explode em alegria ao cravar a saída. O medalhista olímpico do solo sabia que a série da barra fixa tinha sido próxima da perfeição e que estava perto seu primeiro pódio em um Mundial de ginástica artística. E a medalha inédita foi de ouro, levando o ginasta de 26 anos aos prantos. Nory voou em acrobacias de grande dificuldade para arrancar o título em Stuttgart com uma nota 14,900 pontos, deixando para trás o croata Tin Srbic (14,666) e o russo Artur Dalaloyan (14,533). As informações são do Globo Esporte.

- Foi incrível, não sei o que dizer. Só tenho a agradecer ao meu treinador e à minha equipe multidisciplinar. Só quem está comigo todo dia sabe o peso que foi conquistar esse título mundial. Fui quarto do mundo em 2015 e comecei a trabalhar bastante para evoluir. Isso é um trabalho a longo prazo, e o foco maior é Tóquio 2020 - disse o campeão do mundo.

Crédito: Wolfgang Rattay/Reuters

Bronze no solo da Olimpíada do Rio, Nory conquistou uma medalha em seu principal aparelho. Ele já havia sido quarto colocado no Mundial de Glasgow, em 2015, mas em um cenário totalmente diferente do de Stuttgart. Nory era azarão, com nota de dificuldade pelo menos meio ponto atrás dos medalhistas na Escócia. Na Alemanha, o brasileiro apresentou a série mais difícil, alinhada a uma precisão incrível. Uma receita de ouro.

Arthur Nory deixou para trás concorrentes de peso. Tin Srbic, prata neste domingo, foi campeão mundial em 2017. O americano Sam Mikulak foi vice no ano passado. O holandês Epke Zonderland, campeão olímpico de 2012 e maior nome da prova, nem pegou final depois de falhar na classificatória.

Crédito: Wolfgang Rattay/Reuters

O título foi um prêmio à dedicação de um ginasta que em maio descobriu ter um problema sem cura no joelho. A condromalácia é um desgaste crônico da cartilagem do joelho que o fez diminuir a carga de impacto no solo e no salto. Por outro lado, a lesão fez também Nory focar ainda mais na barra fixa. Foi assim que ele foi evoluindo a cada série no ano. Primeiro no Pan de Lima, quando ficou com a prata atrás apenas do companheiro de treino Francisco Barretto, que teve um dia iluminado. Depois no Mundial de Stuttgart, com uma série precisa na classificatória justo depois de duas falhas da equipe do Brasil no aparelho. Nory cresceu em execução até chegar bem perto da perfeição justamente na final do Mundial.

Arthur Nory entra para um seleto hall de brasileiros campeões mundiais, se juntando a Daiane dos Santos, Diego Hypolito e Arthur Zanetti - Jade Barbosa e Daniele Hypolito também têm medalhas em Mundiais, mas não foram campeãs. O título de Nory também mantém o Brasil no quadro de medalhas do Mundial de ginástica artística - Zanetti foi prata em 2018.

- Parece que é um filme que eu vi passando a semana inteira. Sempre sonhei em vir aqui dar entrevista como campeão do mundo. O caminho não foi fácil. Treinei muito, suportei dores no ombro, levei broncas do meu técnico (risos) e hoje estou aqui - comentou Arthur Nory.

Crédito: Ricardo Bufolin/Panamericana Press



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