Santos arranca empate, 2 x 2 com Atlético-GO

Dragão abre 2 a 0 no primeiro tempo e mostra força no Pacaembu, mas o estreante Patito Rodriguez e Miralles evitam o revés na etapa final

Santos 2 x 2 Atlético-GO | Leonardo Soares/UOL
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O técnico Muricy Ramalho, do Santos, já havia avisado sobre a eficiência do Atlético-GO. Contra o Corinthians na última rodada, o Dragão também mostrou valor e complicou a partida no Pacaembu, empatando por 1 a 1 com o atual campeão brasileiro. Neste sábado, no mesmo palco, a equipe goiana novamente apresentou boa atuação. Abriu 2 a 0 sobre o Peixe na etapa inicial, mas não conseguiu manter o resultado. Tudo porque os argentinos Patricio Rodriguez e Miralles entraram no segundo tempo e salvaram o Peixe da derrota, marcando um gol cada e decretando o empate por 2 a 2, pela 16ª rodada do Brasileirão.

Com o resultado, o Santos vai a 17 pontos e vai se afastando da zona de rebaixamento. Já o Atlético, com 11, segue em último lugar.

O Peixe volta a campo na próxima quinta-feira, contra o Figueirense, às 21h, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Na quarta, às 20h30m, o Dragão recebe o embalado Atlético-MG, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. As duas partidas são válidas pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Blitz e Dragão na frente

"O Pacaembu é meu". Foi como se o Atlético-GO entrasse em campo na noite deste sábado passando essa mensagem ao Santos, mandante. Ao menos durante os cinco minutos iniciais, o Dragão "alugou" o estádio, tomou conta da posse de bola e não saiu do campo de ataque até conseguir marcar.

Foram quatro ataques seguidos sem dar chance para o Alvinegro respirar. No primeiro, uma confusão entre Patric e Gustavo impediu a bola na rede. No segundo e terceiro, lances iguais: escanteio da esquerda do ataque do Dragão na direção de Reniê, que assustou o goleiro Aranha. Na quarta tentativa, não teve jeito para o Peixe. Após bela troca de passes, Marino enfiou Patric e o centroavante finalizou cruzado, sem chances para Aranha. Tudo isso com apenas quatro minutos de jogo.

Só então o Santos acordou, mas sem coordenação. Adriano e Bill até tentaram chutes, mas sem eficiência. O responsável por levantar a torcida santista pela primeira vez foi Leandrinho, meia de 18 anos revelado pela base alvinegra. Com uma bomba de fora da área que exigiu bela defesa de Márcio, outro destaque do Dragão, aos 13 minutos. Logo em seguida, Bruno Rodrigo de cabeça também assustou.

Daí em diante as ações se equilibraram, ora com o Peixe levando perigo, ora o Dragão. O bom volante Dodó, com liberdade para chegar de surpresa, avançava com liberdade. Em uma das estocadas, quase faz um golaço de fora da área. O Santos até respondeu com Felipe Anderson, em cobrança de falta, e outra bela finalização de Leandrinho, responsável pelos lances mais agudos do time, mas foi o Atlético-GO quem novamente marcou.

Em bonita tabela pela direita do ataque, Diogo Campos e Wesley fizeram o famoso "um dois" e enganaram a marcação de Léo com facilidade. Livre, Wesley, camisa 10 canhoto habilidoso do Dragão, recebeu na área, ajeitou o corpo e fuzilou cruzado, no canto direito de Aranha, aos 36 minutos.

A resposta imediata dos santistas ao apito final do primeiro tempo não poderia ser outra: muitas vaias, além de críticas ao presidente Luis Alvaro Ribeiro vindas dos fanáticos nas cadeiras.

Patito incendeia e Peixe empata

A torcida do Santos ganhou injeção de ânimo na volta para o segundo tempo: a entrada do argentino Patricio Rodriguez, o Patito, meia-atacante de 22 anos, no lugar de Leandrinho, provavelmente o melhor jogador do Alvinegro na etapa inicial. Destaque nos treinamentos do Peixe, o atleta, enfim, pôde estrear depois de longa novela para liberação da sua documentação.

O franzino e rápido argentino pareceu ter contagiado o time, que voltou bem diferente. Nitidamente os papéis da etapa inicial se inverteram, com o Peixe na blitz e o Atlético-GO assustado atrás. A consequência da postura medrosa foi o gol do Santos.

Antes de marcar, o Peixe já havia chegado muito perto em cruzamento de lateral para lateral: de Bruno Peres para Léo, de cabeça, aos dez. Na sequência do mesmo minuto, Patito arrancou pelo meio e rolou para Felipe Anderson. O camisa 10 soltou a bomba e Márcio fez boa defesa, mas espalmou forte o suficiente para que o argentino desse arrancada incrível e aproveitasse o rebote.

O gol deu mais ânimo ao Alvinegro, que seguiu pressionando o improdutivo Dragão. Atordoada, a equipe goiana não saía da defesa. Patito quase fez o seu segundo, o de empate, ao aproveitar cruzamento em escanteio de Felipe Anderson, mas o argentino acabou finalizando desequilibrado, aos 18 minutos. Victor Andrade também obrigou Márcio a fazer nova boa defesa, mas o lance que tirou a paciência da torcida foi a demora de Bill para concluir ótimo passe dado por Adriano.

Foi a senha para Muricy Ramalho substituir o camisa 9 pelo argentino Miralles, atendendo aos pedidos dos fanáticos. O Atlético-GO só foi dar o ar da graça no segundo tempo aos 27 minutos. Em ótimo contra-ataque, Rayllan invadiu a área pela esquerda e cruzou para Patric, mas Aranha afastou na hora exata. Por muito pouco o Dragão não definiu o placar.

A resposta do Santos foi arrebatadora. Melhor durante todo o segundo tempo, o time enfim conseguiu o empate aos 35 minutos, depois de muito martelar. Miralles recebeu dentro da área e foi derrubado por Gustavo. Pênalti convertido pelo próprio argentino. Logo em seguida, quase a virada com Patito, em bela finalização de fora da área, que só não entrou porque novamente as mãos de Márcio estavam no lugar certo, aos 40 minutos.

Empate amargo para o Santos, que martelou durante todo o segundo tempo, e também para o Atlético-GO, que abriu 2 a 0 mas permitiu a igualdade. O Pacaembu trouxe bons fluídos para os dois lados.



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