Brasil: Entenda por que Tite muda defesa e mantém ataque que não rende

Técnico altera setor de maior sucesso no período pós-Copa do Mundo, mas acredita que até as mudanças na zaga podem fazer a Seleção atacar melhor nesta terça-feira.

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Depois da Copa do Mundo, a defesa brasileira sofreu apenas um gol em seis jogos e o ataque ainda não engrenou, com exceção da goleada por 5 a 0 sobre El Salvador. Mas para o amistoso desta terça-feira, contra a República Tcheca, em Praga, Tite mudou completamente o setor defensivo e manteve o ataque que naufragou diante do Panamá.

Por que mexer na defesa se o ataque não funciona?

O planejamento de Tite tem respostas. E, diga-se de passagem, já estava montado desde antes da má atuação de sábado e, portanto, não teve influência do resultado.

É mais fácil fazer substituições, durante a partida, no setor ofensivo do que no defensivo. Tite citou o amistoso contra Camarões, em novembro passado, quando preferiu não colocar Dedé, frio, para não prejudicar o zagueiro.

– Quando o erro acontece no campo de ataque, ele se dilui até chegar à defesa. É diferente.

Pedro Martins / MoWA Press

Dessa forma, ele pode usar mais jogadores ofensivos ao longo dos amistosos e preservar a formação da defesa intacta. Com exceção do goleiro Weverton, todos terão entrado em campo ao fim da data Fifa: os dois goleiros principais (Alisson e Ederson), os laterais (Danilo, Fagner, Alex Sandro e Alex Telles) e os zagueiros (Marquinhos, Thiago Silva, Militão e Miranda).

Quem ainda não jogou, entre os atacantes, foi David Neres, Há a expectativa que ele possa entrar no segundo tempo diante dos tchecos, mas a comissão técnica já deixou claro que a situação do jogo é que vai definir as substituições.

– A circunstância faz com que a gente oportunize – disse Tite.

O entrosamento, tão falado nesses últimos dias, também pesa. É coerente, na visão da comissão, permitir que Paquetá, Coutinho, Richarlison e Firmino tenham mais tempo juntos. Dessa vez, porém, o auxílio no meio-campo será de um jogador diferente: Allan, substituto de Arthur.

– O Allan tem agressividade maior; Arthur tem posse e passe de infiltração melhores – resumiu Casemiro, capitão que estará logo atrás para dar suporte à linha defensiva e iniciar a construção ofensiva.

Além de tudo, há um detalhe técnico e tático. Tite e seus auxiliares veem uma saída de bola mais qualificada com Marquinhos e Thiago Silva na zaga do que com Militão e Miranda. Os passes dos defensores do PSG são mais verticais e encontram meio-campistas entre as linhas de marcação, o que acelera a transição da defesa para o ataque.

Ou seja, é possível que uma mudança na zaga turbine a produção ofensiva.

Tudo isso será analisado, individual e coletivamente, com muitíssima atenção por Tite, que daqui a menos de dois meses terá de anunciar 23 jogadores para disputar o título da Copa América dentro de casa.

BRASIL x REPÚBLICA TCHECA

Local: Eden Arena, em Praga

Data e horário: terça-feira, às 16h45 (de Brasília)

BRASIL: Alisson, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro; Allan, Paquetá, Coutinho e Richarlison; Firmino. Técnico: Tite

Reservas: Ederson, Weverton, Fagner, Militão, Miranda, Alex Telles, Fabinho, Arthur, Felipe Anderson, Everton, David Neres e Gabriel Jesus

REPÚBLICA TCHECA: Pavlenka, Coufal, Celutska, Suchy e Selassie; Soucek; Pavelka, Masoput, Darida e Zmrhal; Schick. Técnico: Jaroslav Silhavy

Arbitragem: Ovidiu Hategan, auxiliado por Octavian Sovre e Sebastian Gheroghe, todos da Romênia



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES