Consultor da CBC avalia projeto da pista olímpica de BMX e Teresina poderá receber seleções para treinar para os Jogos do Rio

Cotrim é ex-atleta profissional, fez parte da seleção brasileira de BMX e atuou por vários anos na Europa como atleta e também como treinador de atletas e consultor de projetos de pistas oficiais

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Um dos coordenadores do projeto de criação de pistas olímpicas de bicicross ou BMX da Confederação Brasileira de Ciclismo – CBC, o paranaense Paulo Cotrim está em Teresina visitando o terreno, o projeto, conversando com engenheiros e arquitetos que irão construir a única pista olímpica do Nordeste, que começará a ser construída em breve em Teresina. Cotrim é ex-atleta profissional, fez parte da seleção brasileira de BMX e atuou por vários anos na Europa como atleta e também como treinador de atletas e consultor de projetos de pistas oficiais da modalidade, e por isso, tornou-se um especialista no assunto. Consultor da CBC, ele também terá a missão de começar a formar uma nova geração de atletas do esporte aqui em Teresina. Com a pista olímpica, o Piauí poderá receber seleções de outros países, que deverão treinar e se adaptar ao clima brasileiro, visando os Jogos Rio-2016. A visita de Cotrim a Teresina será o pontapé para ser aberto o processo licitatório para contratação de empresas para iniciarem as obras.

No Brasil, ainda não existe nenhuma pista olímpica, com padrões internacionais para a prática desse esporte novo, criado nos Estados Unidos, na década de 1960. A escolha do Piauí para ser a única cidade do Nordeste a contar com essa pista de bicicross e supercross se deu, principalmente, pelo prestígio que o Piauí conquistou junto à CBC, sendo um dos Estados que mais evoluíram no aumento de atletas federados, na realização de etapas estaduais e regionais muito bem organizadas, além dos atletas terem conquistado melhores resultados em provas Brasil afora. Para se ter uma ideia, há dois anos, o Piauí aparecia em 27º no ranking nacional em número de atletas confederados e hoje oscila entre 5º e 6º lugar no ranking nacional; por esse salto no ranking, conquistou o direito de ser sede de quatro campeonatos oficiais da CBC, como a Copa Nordeste de Ciclismo de Estada, realizada no ano passado, em Teresina. O presidente da Federação de Ciclismo do Piauí – FCP, George Rodrigues, afirmou que o Piauí é o segundo estado do país em retorno de mídia para a CBC, só atrás de Minas Gerais.

O secretário municipal de Esporte e Lazer de Teresina, Galba Coelho, afirmou que a Federação de Ciclismo do Piauí – FCP, é a federação que mais cresceu no Piauí e o Piauí, de dois anos para cá criou uma cultura importante do uso da bicicleta para passeio, trabalho, para a prática de esporte e principalmente para lazer e busca de qualidade de vida. “Com a criação e ampliação de ciclovias, principalmente as das avenidas Raul Lopes e Marechal Castelo Branco, as pessoas têm voltado a utilizar a magrela na capital. A evolução da federação de ciclismo local e por Teresina ser a única capital nordestina equidistante das demais, com uma geometria plana, ideal para a prática do ciclismo foram preponderantes para a conquista desse grande legado olímpico”.

Legado olímpico, é assim que está sendo considerado a construção das seis pistas olímpicas de BMX e Supercross Brasil afora, além do Piauí, os outros estados a terem pistas olímpicas são Paraná, onde está sendo construída já e deverá ser a primeira a ficar pronta, São Paulo, Rio de Janeiro (sede das Olimpíadas do próximo ano), Minas Gerais e Tocantins. Em Teresina, o projeto inteiro custará cerca de R$ 1,4 milhão, sendo R$ 1,1 milhão liberados pelo Governo Federal e cerca de R$ 320 mil de contrapartida da Prefeitura Municipal de Teresina. Desse montante, cerca de R$ 900 mil já estão depositados em conta na Caixa Econômica Federal. A previsão, segundo a Semel, é que a obra comece no dia 10 de julho e seja concluída em dezembro deste ano. Caso esse cronograma seja cumprido, Teresina poderá receber seleções olímpicas que virão treinar e se aclimatar para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O terreno da pista de Teresina foi liberado pela Prefeitura Municipal e tem uma área de 170m de comprimento por 80m de largura e está localizado no bairro Frei Damião, zona sudeste de Teresina, próximo à região das hortas públicas. Segundo o gestor da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, a Semel, o projeto prevê a criação de um polo de esporte no entorno da pista, beneficiando a população da região, com um polo de turismo.

Paulo Cotrim morou por 12 anos em Londres, na Inglaterra, onde atuou como ciclista e também coordenou um projeto de consultoria para o Legado Olímpico, pós olimpíada, com a construção de pistas e formação de atletas, tudo financiado pela loteria inglesa. Por isso, foi repatriado pela CBC para acompanhar e vistoriar a construção das pistas de BMX olímpicas no Brasil.

O BMX – Esporte que surgiu graças à admiração dos norte-americanos pelo motocross, modalidade com manobras radicais sobre moto, que nem todos poderiam adquirir, assim começou-se a imitar o esporte em bicicletas em pistas de terra. Em 1981, surgiu a Federação Internacional de BMX. Um ano depois ocorreu o primeiro Campeonato Mundial da categoria, disputado em Dayton, nos Estados Unidos. Em 1993, a União Ciclística Internacional (UCI) passou a regular o esporte. O BMX teve sua estreia nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, com disputas tanto no masculino quanto no feminino. No Rio de Janeiro-2016 será a terceira vez que a modalidade distribuirá medalhas. As provas do BMX são disputadas em baterias com oito atletas cada, até se chegar à final. A prova dura cerca de 40 segundos em um circuito bem radical, cheio de saltos, rampas, curvas velozes. A pista tem uma pequena diferença de extensão: é de 470 metros para homens e 430 para mulheres. “O Brasil praticamente não tem a prática e nem muitos destaques nesse esporte, exatamente por falta de estrutura. Com essa pista em Teresina, certamente receberemos atletas de várias regiões que passarão a treinar com futuros destaques daqui e aí o Piauí passará a ser celeiro de campeões. Essa é nossa meta”, afirmou George Rodrigues.





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