Corinthians e São Paulo empatam e ajudam Palmeiras

Diante dos objetivos de cada um, o resultado não foi nada satisfatório

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Os holofotes estavam em cima dos camisas 10 Defederico e Hernanes. Sobre o argentino por ser sua estreia pelo Corinthians, e no outro por retornar ao São Paulo após se recuperar de lesão no joelho direito. Porém, os protagonistas do clássico foram aqueles que vestem a 9: Ronaldo e Washington. Os dois balançaram as redes e foram os responsáveis pelo empate por 1 a 1, no Morumbi, pela 26ª rodada do Brasileirão.

Diante dos objetivos de cada um, o resultado não foi nada satisfatório. Para o Timão pelo menos, ajudou a manter um tabu que já dura desde 11 de fevereiro de 2007, data da última vitória do time do Morumbi sobre o rival. De lá para cá, as duas equipes duelaram oito vezes, com quatro empates e quatro triunfos do Corinthians. Outro ponto a se destacar é o rótulo de carrasco do São Paulo que carrega Ronaldo.

Especialmente quando joga no Morumbi. Neste ano, nos cincos clássicos entre as equipes, Ronaldo não perdeu nenhum. E mais: anotou dois gols no estádio do adversário. O primeiro deles na segunda semifinal do Campeonato Paulista.

Com o empate deste domingo, o São Paulo de Ricardo Gomes cai para a terceira colocação e vê a diferença para o líder Palmeiras aumentar para cinco pontos. Já o Timão de Mano Menezes vai a 38 e pula uma posição: agora é o oitavo.

Em jogo isolado da 27ª rodada, o São Paulo volta a campo na quarta-feira, às 21h50m, para encarar o Náutico, no estádio dos Aflitos, no Recife. O Corinthians, por sua vez, recebe o Atlético-PR no sábado, às 18h30m, no Pacaembu, em São Paulo.

Ronaldo, o carrasco

O pré-jogo foi agitado no Morumbi. O veto de Chicão foi confirmado, Richarlyson escalado, Rogério Ceni virou desfalque ao sentir a coxa esquerda e o goleiro Felipe foi impedido de aquecer no gramado. Com a bola rolando, os primeiros minutos foram de um São Paulo mais ligado e de um Corinthians tentando se achar em campo.

Ainda se adaptando ao futebol brasileiro, o estreante Matías Defederico foi recebido com um cartão de boas vindas. Na cor amarela. Tudo por conta de uma entrada mais dura em Renato Silva, logo aos três minutos. Pouco depois, o Tricolor chegou ao ataque com perigo. Hernanes cruzou e Jorge Wagner cabeceou para defesa de Felipe.

Após um período de marasmo no clássico, quem começou a aparecer aos 12 minutos foi o árbitro Ricardo Marques Ribeiro. E quando juiz ganha destaque, na maioria das vezes é negativamente. E assim foi. Primeiro ele não viu falta clara de William em Richarlyson. Depois uma entrada bastante dura de Renato Silva em Dentinho.

Aos 14, enfim, um lance que fez o torcedor se mexer na arquibancada. Depois de cobrança de escanteio de Marcinho, Paulo André apareceu bem para cabecear e obrigar Bosco a grande defesa. A resposta tricolor veio aos 16, com chute de Hernanes de fora da área, que passou à direita do gol defendido por Felipe.

Em tarde pouco inspirada, o árbitro voltou a dar seu show ao ignorar falta violenta de Renato Silva em Dentinho. O zagueiro são-paulino pisou no tornozelo do atacante corintiano. Após atendimento fora do gramado, o camisa 31 pediu para voltar, e Ricardo Marques Ribeiro autorizou. Justamente no momento de um passe para Jean.

O ala são-paulino estava de costas, não viu Dentinho e perdeu a bola. Pior para o Tricolor e ótimo para o Timão. Tudo porque André Dias e Bosco se atrapalharam na sequência. E vacilar na frente de Ronaldo é fatal. O camisa 3 dos anfitriões tentou recuar, o goleiro não pegou, e o Fenômeno, sem marcação, abriu o placar aos 20.

Foi então que o clássico ficou quente mesmo. Até o final do primeiro tempo teve bola na trave de Hernanes, aos 25, impedimentos mal marcados de Dagoberto, aos 28, e de Ronaldo, aos 31, após lindo lance de Defederico em cima de Renato Silva, e provocações entre Junior Cesar e Jorge Henrique.

Reação tricolor

As duas equipes voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações. O curioso é que o Corinthians esperou o São Paulo retornar ao gramado para decidir o que faria. Para isso, o técnico Mano Menezes deixou o auxiliar técnica Sidnei Lobo em campo para avisar como estaria o rival assim que subisse para o segundo tempo.

Embora não tenha mudado nada, o Tricolor iniciou a etapa complementar de maneira mais organizada. Apostando na troca de passes entre Dagoberto, Hernanes e Borges, os donos da casa tentavam chegar ao gol de empate, mas ao mesmo tempo o Timão tinha mais espaço para os contra-ataques. As defesas, porém, estavam bem postadas.

Aos 17 minutos, em uma das jogadas rápidas do Timão, o segundo gol saiu, mas não foi validado. Ronaldo ganhou de Renato Silva na corrida e a bola sobrou para Dentinho marcar. Só que o árbitro entendeu falta do Fenômeno no zagueiro. Apesar do susto, o São Paulo tinha mais posse de bola. O problema era que não conseguia finalizar.

Perigo mesmo quem criava era o Corinthians. E sempre com Ronaldo. Aos 22 minutos, após vacilo de Richarlyson, o camisa 9 avançou livre até a grande área. Só não contava que o volante são-paulino iria se recuperar e impedir o chute. Mais tarde, aos 25, a defesa alvinegra teve de engolir Washington. Impedido, ele aproveitou bom cruzamento de Dagoberto e tocou na saída de Felipe: 1 a 1.

Depois do gol de empate do Tricolor, o Timão tentou ir para cima em busca da vitória, mas não obteve sucesso. Já os donos da casa não desistiram também do triunfo, mas esbarraram na forte marcação do rival e também na falta de pontaria. O São Paulo ainda se complicaria aos 45, quando Washington levou o segundo amarelo, dessa vez por reclamação, e foi expulso.



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