Em dia de recorde de Rogério Ceni, São Paulo perde de virada para Once Caldas

O próximo compromisso do time paulista na Libertadores é contra o Nacional, no Paraguai,

São Paulo | Globo Esporte
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O São Paulo mostrou em campo no primeiro tempo que tinha mais qualidade técnica do que o anfitrião Once Caldas. Mas, na segunda etapa, o time comandado por Milton Cruz caiu de produção e foi derrotado pelo dono da casa, de virada, por 2 a 1, na noite desta quinta-feira, no estádio Palogrande, em Manizales, pela Taça Libertadores . Com o resultado, os colombianos, que seguem sem derrotas em casa em 18 jogos na história da competição continental, assumiram a liderança do Grupo 3, com seis pontos. O Tricolor segue com três somados, empatado com o Monterrey (MEX).

O próximo compromisso do time paulista na Libertadores é contra o Nacional, no Paraguai, no dia 11 de março. E o Once Caldas recebe o Monterrey no dia anterior.

A torcida do Once Caldas atendeu aos apelos da comissão técnica e compareceu em grande número ao estádio Palogrande. Empolgação não faltou no início: chuva de papel, cantos e muita, muita fumaça. O time, em campo, sentiu a vibração e foi para cima.

O técnico Juan Carlos Osorio surpreendeu na escalação ao montar o esquema com três volantes de marcação no meio e três atacantes fixos. Com Moreno, Uribe e Santoya na frente, a equipe da casa armou uma blitz e não deixou o Tricolor passar do meio-campo nos primeiros minutos. O primeiro lance de perigo colombiano aconteceu aos quatro minutos, quando Santoya avançou nas costas de Jorge Wagner pela esquerda e bateu cruzado. Rogério Ceni espalmou pela linha de fundo.

Aos poucos, a empolgação colombiana diminuiu e o Tricolor finalmente conseguiu sair para o jogo. E, quando teve espaços, ficou clara que a marcação do Once Caldas era deficiente. Aos dez minutos, em rápido contra-ataque, Washington deu passe açucarado para Cléber Santana que, foi travado no momento do chute. Na volta, Cicinho cruzou para Washington, que cabeceou por cima do gol adversário.

O tempo passava e o São Paulo controlava bem as ações do adversário. Fiel ao estilo da marcação forte e saída rápida para o ataque, o time ganhou jogada pelas duas pontas. Isso porque Milton Cruz mudou o posicionamento de Hernanes. O camisa 10 foi jogar bem aberto pela esquerda para fazer dupla com Jorge Wagner e aproveitar os avanços de Vélez. O mesmo aconteceu pela direita, com Cléber Santana aparecendo para o jogo e contando com a companhia de Cicinho. Com isso, Nuñez, que mostrava muita volúpia no começo da partida, passou a guardar posição.

O melhor futebol do São Paulo se refletiu em vantagem no marcador aos 33 minutos. Hernanes fez bela jogada pela esquerda e foi derrubado na entrada da área. Falta que Rogério Ceni cobrou rasteiro, no meio da barreira, que abriu. A bola desviou e enganou o goleiro Martinez, que pulou para o lado esquerdo, enquanto a bola entrou no lado direito. Festa para Ceni, que com o tento, tornou-se o maior artilheiro da história do São Paulo na Taça Libertadores, com 11 gols marcados.

O gol fez o estádio Palogrande se calar. E o São Paulo, no contra-ataque, quase fez o segundo gol. Marcelinho recebeu passe de Washington pela esquerda, cortou a marcação e bateu rasteiro, de pé direito. A bola saiu à direita do gol de Martinez, com perigo.

O Once Caldas, após alguns minutos perdidos, voltou ao ataque. E, antes do final do primeiro tempo, só não empatou a partida porque parou em Rogério Ceni. Aos 41, o goleiro defendeu em dois tempos uma cobrança de falta de longe de Valencia. E, já nos descontos, o camisa 1 fez grande defesa em chute cruzado de Moreno, após falha de Xandão pelo alto.

No segundo tempo, o técnico do Once Caldas resolveu partir para o tudo ou nada. Ele sacou o volante Castrillón para colocar o meia-atacante Cardenas. Logo aos três minutos, o time teve grande chance com Santoya, que recebeu passe açucarado de Moreno e chutou rasteiro, obrigando Rogério Ceni a fazer grande defesa. No minuto seguinte, saiu o gol de empate. Após cobrança de lateral, Marcelinho Paraíba foi tentar ajeitar de peito para Jorge Wagner e tocou fraco. Santoya aproveitou o vacilo e cruzou na cabeça de Uribe, que se antecipou a Xandão e testou firme, no canto direito de Rogério Ceni. O estádio Palogrande veio abaixo.

O São Paulo sentiu o golpe e, por muito pouco, não tomou o gol da virada logo depois. Cardenas fez bela jogada pela esquerda e, de pé direito, acertou o travessão de Rogério Ceni. Na volta, Santoya chutou em cima de Miranda.

O Once Caldas adiantou sua marcação e armou novamente uma blitz. Tinha o controle da partida. Estranhamente, o São Paulo mudou o posicionamento que havia dado certo no primeiro tempo. Hernanes, que havia ido muito bem pela esquerda, foi para a direita e Cléber Santana foi para a esquerda. E o time demorou a acertar o seu posicionamento. Quando acertou, teve uma grande chance para marcar. Aos 24, Cléber Santana, da entrada da área, deu passe açucarado para Washington que, cara a cara com Martinez, chutou em cima do goleiro, perdendo um gol inacreditável.

Já dizia o ditado popular que quem não faz toma. E foi exatamente o que aconteceu com o São Paulo. Dois minutos após Washington não fazer, Moreno marcou um golaço. Após falha de Jorge Wagner na esquerda, o camisa 17 arrancou do meio-campo, passou entre Jean e Miranda, invadiu a área e bateu cruzado, sem chances de defesa para Rogério Ceni. Festa para o atacante, que reestreava pelo time colombiano. Logo depois, o mesmo Moreno arriscou uma bomba de fora da área e o goleiro são-paulino fez um milagre e evitou o terceiro gol.

Irritado com o desempenho do time, Milton fez a primeira alteração. Ele sacou o apagado Marcelinho Paraíba e colocou Rodrigo Souto, que reestreou pelo Tricolor. Com isso, ele deu ainda mais liberdade para Cléber Santana e Hernanes encostarem em Washington. A tentativa, no entanto, não deu certo. Isso porque o time já não contava com o apoio dos laterais. Cansados, Cicinho e Jorge Wagner não passavam mais do meio-campo. O time só voltou a assustar Martinez aos 41, em lance de Cléber Santana pela esquerda. Ele avançou sobre a marcação adversária, cortou para o meio e bateu rasteiro. O goleiro colombiano rebateu como pode e, na sobra, a defesa colombiana afastou o perigo.

Ceni ainda precisou trabalhar antes do apito final, com algumas defesas simples. Mas certamente o goleiro deve ter deixado o campo com uma sensação de tristeza, mesmo no dia em que atingiu mais uma marca histórica. Ricardo Gomes, que se recupera de um sangramento cerebral e está de licença, também não deve ter gostado de ver o resultado negativo pela TV.



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