Em dias de calmaria, Brasil chega a um mês do Copa como favorito

Em pouco mais de 18 meses, Felipão muda imagem de desacreditada da Seleção. Desde o fim das Confederações, confira o desempenho dos convocados

No Flu desde o fim das Confederações, Fred fez 28 jogos e marcou 13 gols | Agência EFE
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Michel Platini, Maradona, Vicente Del Bosque, Zico, Deco, Oscar Tabárez, Alejandro Sabella, Carlo Ancelotti, Clarence Seedorf, Figo, Zidane, Ballack, Jérôme Valcke, Carlos Alberto Torres, Beckenbauer, Cafu, Valderrama, Fabio Capello, Ronaldo, Marta, Usain Bolt... Além de serem pessoas de sucesso no mundo esportivo, todos eles têm outra coisa em comum: apontam o Brasil como favorito ou um dos na Copa.

O cenário contrasta com o que Felipão encontrou ao assumir a seleção brasileira em novembro de 2012. Em pouco mais de 18 meses, o treinador conseguiu mudar a imagem de sua equipe, com boas atuações e, principalmente, a conquista da Copa das Confederações. A exatamente um mês da abertura da Copa do Mundo, o brasileiro anda mais cético com a capacidade do país em receber o torneio do que propriamente com a Seleção.

Surpreendentemente, o grupo de Scolari vive dias de calmaria. De desacreditado, o Brasil ganhou credibilidade junto ao torcedor e status de favorito na opinião de especialistas. Deixou posições aquém no ranking da Fifa para chegar às vésperas do Mundial como quarto lugar.E isso sem disputar as eliminatórias da Copa do Mundo.

Os jogadores compraram o projeto da comissão técnica. A vontade é tamanha, que Felipão sabe que uma de suas missões nos próximos dias será conter o excesso de empolgação e um possível clima de oba-oba que pode tomar conta do país.

- Quero que eles cheguem empolgados. Mas temos que aconselhá-los e seguir o nosso planejamento. Nosso planejamento, muitas vezes, não vai agradar algumas pessoas. Tomaremos algumas atitudes para que os jogadores se sintam à vontade e protegidos. As pessoas sabem que estaremos na Granja Comary para treinar. E todos sabem que o acesso à Granja é muito difícil. Então, que as pessoas não caiam em histórias de que os treinos serão abertos ao público. Temos procurado também cuidar de uma série de detalhes junto a nossos patrocinadores. São detalhes e pequenas coisas que podem influenciar diretamente no rendimento de nossos jogadores em campo. Os atletas precisam ter tranquilidade para treinar. O resto vai ser fácil ? disse o treinador.

A comissão técnica considera o apoio popular fundamental, mas sabe que o favoritismo não pode contagiar o grupo. Scolari que seus jogadores com a faca nos dentes em busca do hexacampeonato. O retrospecto de chegar como favorito a Copas do Mundo não é favorável ao Brasil. Foi assim em 1966, 1974, 1982, 1998 e 2006, quando a seleção brasileira ficou pelo caminho quando era apontada como virtual campeã.

Por outro lado, quando chega desacreditado, o Brasil costuma surpreender. Felipão viveu isso em 2002. Carlos Alberto Parreira, em 1994.

- Se as coisas vão bem fora de campo, já é meio caminho andado para o Brasil ficar com o título. Mas sem dúvida, jogando em casa, nós somos os principais favoritos - disse Parreira, em entrevista.

Dos 23 convocados por Luiz Felipe Scolari, apenas o atacante Bernard não é titular absoluto no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Os outros 22 jogadores atuam constantemente por seus clubes espalhados pelo mundo. Destaque para Neymar, do Barcelona. Machucado, ele dificilmente vai voltar a atuar na temporada. Em 40 jogos, ele marcou 15 gols pelo time culé.

Oscar e David Luiz também tem oscilado sob o comando de José Mourinho no Chelsea. Ora eles são titulares, ora reservas. Mas na maioria das vezes estão sempre na equipe principal do comandante português. Enquanto o apoiador fez 46 jogos e marcou 11 gols, o defensor participou de 34 partidas e não balançou a rede dos rivais. Quem também teve altos e baixos foi o volante Paulinho, no Tottenham - 37 participações e oito gols.

O curioso do desempenho dos jogadores convocados por Luiz Felipe Scolari em seus clubes até o último domingo é a marca atingida por Fred e Jô, os "camisas 9" da Seleção. O atacante do Fluminense viveu perseguido por lesões no fim do ano passado e jogou pouco. Contando o jogo deste domingo, quando marcou um dos gols da vitória do tricolor por 2 a 0 sobre o Flamengo, pelo Brasileirão, ele participou de 28 partidas e fez 13 gols. Jô disputou 49 jogos e marcou 15.

Dos atacantes convocados por Felipão, Hulk foi quem teve o melhor desempenho na temporada até aqui. O jogador do Zenit fez 21 gols em 33 jogos. Quem menos entrou em campo no período foi o goleiro Julio César. Ele entrou em campo apenas oito vezes. Tudo por conta de ter sido preterido no Queens Park Rangers e pela transferência tardia para um novo clube. Atualmente, ele defende o Toronto F.C., da Major League Soccer.



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