Leandro Amaral chora ao chegar no Fla

Atacante lamenta descaso do Flu, mas prefere exaltar quem o apoiou

Leandro Amaral enxuga as lágrimas | Eduardo Peixoto
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Atualmente, não é difícil fazer Leandro Amaral se emocionar. Basta o atacante refletir sobre o último ano e lembrar de quem, nos piores momentos, esteve ao lado dele que as lágrimas escorrem. Na manhã desta terça-feira, foi assim quando ele falou da esposa, dos filhos fisioterapeuta Marcelo Rato, do preparador físico Daniel Jouvin e... de Zico.

O porto seguro para secá-las é o ombro da filha Valentina, que o acompanhou no treino no CFZ. Ao celebrar o acerto verbal com o Flamengo (o contrato será assinado até sexta-feira), o atacante fez um agradecimento especial ao diretor-executivo e ídolo do clube que passará a defender.

- O que o Zico e o Flamengo fizeram por mim é inesquecível. Quando estava por cima todo mundo batia nas minhas costas, mas só quando fiquei por baixo vi meus amigos de verdade. Uma pessoa dessa (Zico) não tem o carinho todo à toa. Dou muito valor às atitudes, até por ser um cara muito família ? disse.

Mais do que a recuperação de uma cirurgia no joelho direito, Leandro teve que lutar pela vida. No ano passado, ele foi submetido a uma artroscopia no joelho direito, cuja previsão inicial dos médicos era de retorno em cerca de um mês. Mas uma infecção causada por um fungo (Candida Albicans) complicou o tratamento, que durou seis meses (sendo dez dias de internação e seis semanas com um cateter para receber fortes antibióticos).

- Eu podia perder a vida se a bactéria se transformasse em infecção generalizada. Tomei remédios fortíssimos e emagreci muito. Quando eu levantava da cama e dava dois passos parecia que tinha disputado uma maratona ? relembrou o atacante, que completa 33 anos em agosto.

Incentivo dos filhos

Quando teve o problema, Leandro Amaral tinha contrato com o Fluminense. Ele lamenta a postura do clube, mas não guarda mágoa.

- Só o médico Victor Favilla foi me visitar no hospital. Quando ele me viu, pediu para eu esquecer o futebol e pensar na vida. O doutor Celso (Barros, presidente do patrocinador do Flu) me ligou algumas vezes. O Fluminense poderia ter me tratado de outra forma, mas passou. O importante é olhar para frente ? afirmou.

O horizonte dele tem uma cena prevista. Leandro quer entrar em campo com a camisa rubro-negra acompanhado dos filhos trigêmeos (Valentina, Filippo e Lorenzo), de cinco anos.

- Eles me motivaram nos piores momentos. Queriam voltar a me ver em campo. Às vezes, em uma hora qualquer, um deles chegava perto de mim e falava: ?Papai, você vai ficar bom?... ? disse, antes de esconder o rosto no ombro de Valentina e enxugar as lágrimas.

A previsão é de que Leandro volte aos campos daqui a três semanas. Preocupado com a pressão sobre o jogador, Zico avisou:

- Ele não pode ser tratado como solução. É um jogador que está parado há um ano e vai nos ajudar no que for possível.



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