Jogador Carlos Alberto é condenado a um ano de suspensão por uso doping

Se fosse absolvido, o jogador tinha acordo encaminhado para defender o Fluminense até o fim desta temporada

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Em julgamento no início da tarde desta quinta-feira, no pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o meia Carlos Alberto, atualmente sem clube, foi condenado a um ano de suspensão por doping. Porém, haverá um abatimento de 77 dias da pena total - 30 dias da punição preventiva e outros 47 pela demora entre o recolhimento da amostra de urina e a divulgação do resultado do exame (2 de março a 18 de abril) - e o jogador será liberado para voltar a jogar em nove meses e meio. O auditor relator ainda vai constar o cálculo exato nos autos, mas o retorno deve ocorrer entre maio e junho de 2014.

Se fosse absolvido, o jogador tinha acordo encaminhado para defender o Fluminense até o fim desta temporada - o contrato dele com o Vasco acabou no último dia 2 e não foi renovado.

Ausente no tribunal, Carlos Alberto foi defendido pelo advogado Guilherme Rezende, irmão de Bernardinho, técnico da seleção brasileira masculina de vôlei. A tendência é que a defesa entre com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, a última instância.

Carlos Alberto foi julgado por doping ocorrido na partida entre Vasco e Fluminense, dia 2 de março, pelo Campeonato Carioca. A análise laboratorial identificou a presença de duas substâncias proibidas, que constam no código da Agência Mundial Antidoping como mascarantes - escondem a presença de anabolizantes, por exemplo.

O meia havia sido julgado - e absolvido - duas vezes no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ). Na ocasião, ele foi defendido pela advogada Luciana Lopes, que presta serviços ao Vasco no tribunal e é filha do presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes.

A batalha de Carlos Alberto para voltar a jogar, entretanto, aparentemente não terminou. O advogado Guilherme Rezende afirmou que deverá apresentar recurso na Suíça junto ao CAS, a última instância, para que a pena seja revista. Segundo ele, a punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva foi exagerada.

- Tenho para mim que os auditores não julgaram o caso embasados no artigo correto. Eles avaliaram uma pena de dois anos com redução por determinadas características do atleta, o que não é o caso. Nosso enquadramento é pena de advertência até dois anos de suspensão. E como ele é réu primário, esperávamos uma condenação não superior a seis meses.

Em seu provável recurso junto ao CAS, Guilherme Rezende explicou que o objetivo será fazer com que a pena de um ano de suspensão, mais o desconto de 77 dias, tenha início em 2 de março, data da coleta do exame de urina. Dessa forma, Carlos Alberto poderia voltar aos campos em janeiro de 2014.

- Se acharmos que existe base, vamos recorrer junto ao CAS. Esperamos ir à última instância, mas vamos analisar o caso junto ao jogador e à sua família.

Em sua explanação na semana passada, Guilherme Rezende citou o caso do atleta de vôlei de praia Pedro Solberg, também defendido por ele, que conseguiu provar sua inocência de doping por meio de um laudo de uma análise feita por um laboratório na Alemanha. O advogado, entretanto, disse ainda não tem ideia se Carlos Alberto vai adotar o mesmo procedimento.

- Creio que não existam mais condições físicas e técnicas de levar essa análise para fora. Pode ser que o material colhido para prova e contraprova não tenha sido retido e, então, deva ter sido descartado. Se houver essa possiblidade, será uma decisão do jogador. Mas é um procedimento muito custoso.



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