Libertadores: Da defesa ao ataque, Grêmio acumula erros e ouve vaias

Derrota por 1 a 0 para o Libertad complica situação dos gaúchos no Grupo H da Libertadores

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Renato Gaúcho usou uma de suas tiradas para explicar a derrota por 1 a 0 para o Libertad, na noite desta terça-feira: "tem dia que é noite". Com uma série de erros, alguns recorrentes ainda da estreia contra o Rosario Central, o próprio Grêmio foi responsável por criar esta realidade. Acabou vaiado em plena Arena e se complicou no Grupo H da Libertadores.

Como bem frisou o treinador após o jogo, a derrota não é o fim do mundo e bem tira o mérito da campanha da equipe no Gauchão. Mas um ponto em seis disputados na Libertadores não é uma conta comum de fazer para o Grêmio. Nos próximos quatro jogos, recai a obrigação de reação para os gremistas.

- O Grêmio perdeu, mas parece que o mundo acabará. Ninguém gosta de perder, ainda mais em uma Libertadores, mas não é o fim do mundo. Hoje foi o Grêmio. Não está tudo errado. Ao contrário, está tudo certo, mas hoje deu errado. Menos. Muita calma nessa hora. Jogamos mal, não merecemos a vitória. Mas confio plenamente nos jogadores - apontou o treinador.

Defesa desorganizada

A defesa esteve desorganizada em diversos momentos nestes dois jogos de Libertadores. Os dois gols tiveram origem no lado de Leonardo, substituto de Léo Moura.

Wesley Santos/Agência PressDigital

O lance definidor do jogo veio em contra-ataque do Libertad. Everton perdeu a bola no campo ofensivo e não conseguiu matar a jogada. Pelo lado esquerdo do ataque, Martínez dançou para cima de Geromel, no um contra um, e conseguiu cruzamento para Bareiro marcar. Na jogada, foram seis jogadores do Grêmio contra quatro do Libertad. Michel também não voltou a tempo de cortar, enquanto Leonardo recompôs por dentro da área.

- A defesa está um pouco desorganizada. A equipe é sempre muito organizada, o professor Renato nos orienta a errar o mínimo possível, mas em um lance bobo saiu o gol - comentou Paulo Victor.

Pode ser ainda resquício do início de temporada, mas o time também tem demonstrado erros de desatenção, como o de Cortez antes da chance perdida por Cardozo no início da partida. E também não repete alguns comportamentos comuns ao time. Por exemplo, pressionou pouco o jogador adversário com a posse da bola. O Libertad, por outro lado, abusou deste expediente para complicar a saída gremista. Luan sofreu com a intensidade da marcação.

- Deixamos eles jogarem às vezes, apertamos pouco. Fugimos um pouco da nossa força em casa. O Grêmio precisa voltar a ser o Grêmio que sempre foi - reconheceu Marinho.

Eduardo Moura

Peças abaixo

Renato disse que sabe quem são as peças que, segundo ele, estiveram abaixo na noite desta terça-feira. Sacou, por exemplo, o capitão Maicon, que saiu muito irritado de campo e nem cumprimentou o treinador. Luan também repetiu a atuação apagada da Argentina. Everton foi outro a não viver uma jornada boa. No lance do gol dos paraguaios, Geromel é driblado por Martínez, uma situação anormal no mano a mano.

- Quanto ao Luan, não venho aqui falar quem jogou bem ou mal. Sempre coloco o grupo. Sei as peças que não funcionaram bem. Conversarei com eles - disse Renato.

Criação prejudicada

Se em Rosário foram várias chances criadas e não aproveitadas, na Arena o Grêmio viu rarearem as oportunidades claras de gol. O paredão do Libertad, em momentos com cinco defensores alinhados, levou os gremistas aos erros de passe. A pontaria também não estava calibrada. Foram 24 arremates, mas só 12 certos. A primeira finalização no gol de Martín Silva só ocorreu depois de 60 minutos jogados.

- Acho que erramos nos últimos 10, 15 metros. Mas temos que continuar trabalhando. Todo mundo correu muito. Eles conseguiram em um contragolpe muito efetivo o gol. Depois o jogo foi quase todo nosso. Mas o futebol é assim - apontou Kannemann.

Wesley Santos/Agência PressDigital

Nervosismo gera mais erros

À medida que o relógio corria no segundo tempo, o Grêmio passou a ficar nervoso. Não só com a arbitragem, mas também para tomar decisões em campo. Por exemplo: Marinho sentiu câimbras e ficou caído no gramado. Era caso para troca quase imediata, pela circunstância dramática, mas ele voltou ao jogo. Só saiu cinco minutos depois, aos 23. Quando Michel sente também as mesmas dores, Renato ficou tão irritado que o esporro no volante foi ouvido na zona mista da Arena.

Situação difícil e vaias

Apesar da pressão desorganizada, o Grêmio ouviu vaias após o apito final. A atuação ruim gerou uma cobrança da torcida no estádio e uma situação complicada na tabela. Dependendo do resultado do duelo entre Universidad de Chile e Rosario Central, nesta quarta-feira, a classificação precisará de pitadas de heroísmo a partir de agora. Em caso de vitória dos argentinos, o Grêmio fica três pontos atrás e a cinco dos paraguaios.

O próximo jogo pela Libertadores será contra os chilenos, no dia 4, em Santiago. No domingo, o Tricolor encara o Gre-Nal, às 19h, na Arena.



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