Marin é considerado culpado em seis acusações e vai para prisão

Juíza Pamela Chen determinou prisão imediata de José Maria Marin

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Pela primeira vez na história, um chefão do futebol brasileiro foi condenado pela Justiça. Não do Brasil, mas dos Estados Unidos. José Maria Marin, de 85 anos, presidente da CBF entre 2012 e 2015, foi considerado culpado de seis das sete acusações de crimes do "caso Fifa": inocentado de lavagem de dinheiro na Copa do Brasil, Marin acabou condenado por três crimes de fraude financeira (Copa América, Copa Libertadores, Copa do Brasil), dois de lavagem de dinheiro (Copa América e Libertadores) e um por conspirar/formar uma organização criminosa.

Ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan Angel Napout também foi condenado. Das cinco acusações, Napout foi inocentado em duas: lavagem de dinheiro na Libertadores e na Copa América.

A juíza Pamela Chen, do Tribunal de Nova York, determinou nesta sexta-feira a prisão imediata.

- Estamos muito decepcionados com o veredito. Mas veredito é veredito. Respeitamos. Só quero dizer que estamos falando de um senhor de 85 anos de idade, que já não está em suas melhores condições - disse Charles Stillman, advogado de Marin.

O brasileiro e o paraguaio não foram presos na frente do público. Os agentes estavam à paisana entre as pessoas, se aproximaram e depois a juíza pediu que todos saíssem do local. Emocionado, Napout entregou a aliança à esposa, na frente das filhas. Já Marin foi consolado pelos advogados.

Como se trata de decisão de primeira instância, Marin vai recorrer. A soma das penas por chegar a 120 anos, mas uma punição desse tamanho é tida como improvável. A maior investigação sobre corrupção na história do futebol foi conduzida pelos EUA porque foram usadas empresas e contas bancárias americanas para movimentar dinheiro.

Presidente afastado da CBF, Marco Polo Del Nero - suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa por 90 dias na última semana -, e o ex-presidente da confederação, Ricardo Teixeira, foram indiciados pelos mesmos sete crimes da acusação de Marin. Mas os dois estão no Brasil, país que não extradita seus cidadãos, e portanto estão longe do alcance das autoridades americanas. As acusações contra eles não serão retiradas.



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