Médico critica quem não está suspendendo campeonatos

Moisés Cohen diz que a suspensão de tem o intuito de minimizar o ápice de contágio do coronavírus

| Divulgação/ Instituto Cohen / Estadão
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Estadão Esporte Clube conversou com o Dr. Moisés Cohen, diretor médico da Federação Paulista de Futebol (FPF), sobre as decisões tomadas pela entidade em meio ao crescente número de casos do novo coronavírus, denominado como COVID-19, em São Paulo. Informações dos site Terra

Na última segunda-feira (16), a FPF suspendeu, por tempo indeterminado, o Campeonato Paulista. Cohen afirmou que a decisão segue medidas preventivas do Ministério da Saúde e que foi pensada com o intuito de amenizar a taxa de pico da doença."Nossa conduta foi sempre seguir rigorosamente o que o Ministério da Saúde determina. É ele quem consegue acompanhar os números e a velocidade da disseminação."

O médico ressaltou que os países que enfrentam, ou enfrentaram, o ápice de contágio do novo coronavírus devem ser tidos como exemplo para a tomada decisões no Brasil.

"Temos uma história natural do que acontecerá aqui [tendo em vista o que já aconteceu nos outros países], com um aspecto de que não temos evidências de como esse vírus irá se comportar num país tropical. Temos que pensar naquilo que é fato e é em cima disso que estamos tomando conduta", disse.

Cohen ainda alertou que o motivo principal para a suspensão do Campeonato Paulista não gira entorno dos jogadores, mas sim, as consequências geradas em cadeia por uma partida de futebol.

"O problema não é o atleta propriamente dito. Se ele contrair coronavírus é provável que ele tenha um processo gripal corriqueiro. Contudo, o indivíduo [que vence a partida] vai comemorar o resultado, vai numa balada, vai num bar fechado, vai dar um beijo em seus avós, nos pais e, assim, ele irá se tornar um vetor, um disseminador do coronavírus. O problema não é o jogo, o que nos preocupa, é o entorno", revelou.

Apesar das recomendações dos órgãos estaduais e federais, não foram todas as federações futebolísticas que suspenderam seus campeonatos. Até o momento, sete entidades regionais estão com o calendário mantido e com a presença de torcidas nos jogos, são elas: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins. Cohen acredita que manter o calendário, nesse momento, é um ato de inconsequência.

"Esses lugares que estão mantendo campeonatos estão sendo no mínimo inconsequentes. O momento ruim não chegou ainda. Essa é a hora de cada um parar, ir para sua casa e ficar quieto. Daqui a 15, 20 dias é esperado o pico do coronavírus no nosso meio. Esses Estados precisam parar também, para que a conta não chegue mais cara consequentemente", alertou o médico.

Além do Paulista,também estão suspensos os campeonatos Mineiro, Carioca e Gaúcho. A nível nacional, A CBF paralisou por tempo indeterminado todas as competições que organiza e que estavam em andamento, são elas: Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro Feminino A1 e A2, Campeonato Brasileiro Sub-17 e Copa do Brasil Sub-20.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES