Muricy vira centro das atenções no clássico São Paulo x Palmeiras

O protagonista do Choque-Rei já disse que espera ser recebido com aplausos

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 O clássico entre São Paulo e Palmeiras será um antes e um depois da entrada triunfal de Muricy Ramalho no gramado do Morumbi, hoje à tarde. Passados o frisson causado pelo retorno do treinador à antiga casa e o apito inicial, aí sim, o jogo passará a ser analisado pelos passes, as faltas, as polêmicas com a arbitragem. Até lá, porém, as câmeras de TV e os torcedores focarão o rosto do técnico palmeirense, as reações, seu ritual pelo palco que, de segundo lar, transformou-se em campo inimigo.

O protagonista do Choque-Rei já disse que espera ser recebido com aplausos, pois, segundo o próprio, aconteceu assim em todos os clubes que dirigiu. Nunca, porém, a mudança de camisa havia sido tão polêmica. Da queda no São Paulo, no dia 19 de junho, até o anúncio de sua contratação pelo arquirrival Palmeiras, em 21 de julho, foram muitos os ruídos. Começaram exatamente na saída do clube pelo qual foi tricampeão nacional (2006-08).

A eliminação são-paulina da Libertadores foi a gota d"água para a relação que, internamente, já havia esmorecido. O sinal mais evidente desse desgaste foi dado antes mesmo de o time perder a segunda partida para o Cruzeiro nas quartas de final da competição. "Não adianta nada falar que você é artilheiro, que é decisivo e tirar. Mas quem tem que explicar isso não sou eu", disse um irado Borges, barrado do time titular no jogo do Mineirão. O assunto, classificado como "espinhoso" pelo presidente Juvenal Juvêncio, revelar-se-ia ainda mais explosivo após a saída do treinador, quando outros são-paulinos reclamaram publicamente do ex-comandante. Esse reencontro, aliás, será o segundo mais observado de amanhã. Como os desafetos reagirão quando observarem Muricy postado no banco ao lado? "Sempre fui bem tratado e leal a eles. Não estou convivendo, mas o relacionamento continua bom", diz o palmeirense.

Quem é mais político, como o goleiro Rogério, prefere baixar a bola sobre o assunto. "Já jogamos contra o Autuori, o Nelsinho... É normal reencontrá-los depois, em outros clubes. É a mesma coisa com o Muricy", afirma o capitão.

O fato é que desde sua estreia pelo Palmeiras, no Parque Antarctica, o homem que sempre foi ligado ao Morumbi passou a investir em uma nova imagem. Os tapas no braço, seu símbolo pessoal de raça, agora são desferidos no jaleco alviverde. "Parece que estou aqui há muito tempo", disse na primeira entrevista pós-jogo, cativando os novos fãs e despertando resmungos de ex-seguidores.

Até os traços ranzinzas de outros tempos figuram agora no CT vizinho. "Me incomoda porque não se fala do jogo, só do Muricy", esbravejou o técnico. Personagem que muda a cara deste duelo de candidatos à taça. Jogo que chega a soar mais um Muricy versus Muricy.



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