Pressão: Barbieri 'balança' no cargo diante da crise instalada no Vasco

O Vasco enfrenta sua primeira grande crise desde a transformação em SAF. O time se encontra na zona de rebaixamento do Brasileirão, ocupando a 18ª posição, e não vence há sete jogos, perdendo os últimos três consecutivamente. Essa sequência de resultados tem aumentado a pressão dentro do departamento de futebol, especialmente sobre o técnico Maurício Barbieri, cuja posição está instável.

Apesar das deficiências, acredita-se que o elenco tenha capacidade para render mais, especialmente levando em consideração o tempo disponível para treinamentos entre as rodadas. A exceção foi diante do Coritiba, o único disputado no meio da semana. 

Além disso, nenhum adversário enfrentou o Vasco após uma semana livre para treinamentos. No entanto, mesmo nessas circunstâncias favoráveis, o Cruz-Maltino não conseguiu tirar proveito da situação.

A ausência de um padrão de jogo também é motivo de preocupação, e a sensação é de que as coisas não irão melhorar. Como resultado, o ambiente no CT Moacyr Barbosa é de desânimo e desconfiança, apesar dos esforços de Abel Braga para aliviar a pressão. 

O diretor técnico tem desempenhado um papel fundamental em transmitir segurança e filtrar as cobranças direcionadas à equipe e à comissão técnica, mas essa tarefa tem sido árdua, especialmente porque ele recebe pouco respaldo.

Por outro lado, o diretor de futebol Paulo Bracks mantém uma relação mais distante com a comissão técnica e o elenco. Esse distanciamento dá a entender para muitos que o trabalho não está sendo avaliado de maneira positiva pelo dirigente. É importante ressaltar que Bracks e Barbieri já trabalharam juntos no América-MG, mas a parceria durou apenas dois meses. O treinador foi demitido após vencer apenas uma partida em sete rodadas na Série B de 2019.

"Não participei da contratação de Barbieri, mas ele é um treinador moderno, jovem, que teve boas experiências no Flamengo e no Goiás. Então, a contratação dele pelo América foi justificada. No entanto, não funcionou dentro de campo. Acredito que, quando não há uma total sintonia entre a comissão técnica e o elenco, os resultados não correspondem às expectativas. Não foi por falta de trabalho ou dedicação, mas, como dizem no jargão do futebol, as coisas não se encaixaram", relatou Bracks em uma entrevista em outubro de 2019.